Prometa dizer a verdade

Prometa dizer a verdade
Autor Andrea Pavlo - [email protected]
Facebook   E-mail   Whatsapp


Sabe aqueles filmes americanos de julgamento? Quando o réu senta na cadeira, mãos sobre uma bíblia e alguém repete “Jura dizer a verdade, somente a verdade, nada mais do que a verdade? ”? E o réu (ou até a testemunha), olha assustado e diz que jura. E dali para frente, no interrogatório, cada vez que o juiz acha que ele está mentindo ele repete “Lembre-se de que você está sob julgamento”? Então, é sobre isso que eu quero falar hoje.

Não gosto de promessas. Sei lá, não acho que somos tão capazes de cumpri-las. Desde que Freud percebeu que não somos tão senhores do nosso destino assim, e que somos é guiados por uma infinidade de mecanismos inconscientes que falam por nós mesmos, que promessas não fazem sentido. Como você promete que vai amar alguém para sempre? E amanhã, e depois? E se daqui a 20 anos você não amar mais a pessoa? É complicado.
Mas enfim, podemos não fazer promessas mas temos uma obrigação com a gente mesmo: dizer a verdade. E não, não estou falando de não contar mentiras senão você não vai entrar no reino dos céus, eu estou falando daquelas mentiras que contamos para nós mesmos.
Às vezes nem são mentiras, são só a ocultação da verdade. Sabe quando você diz que não vai contar alguma coisa para alguém para poupar o sofrimento da pessoa? Pois é, é exatamente por isso que mentimos para nós mesmos.

Não dá para ser muito sincero com a gente em algumas situações, mas cada vez que somos ficamos muito livres. Se você se olhar no espelho e pensar “Poxa, engordei mesmo”, poderá tomar uma providência a respeito ou somente entender que precisa de calças maiores. Mas se você olha para o espelho e fala que na verdade está inchada ou que as pessoas não estão reparando mesmo, aí é mentira.

Mentimos para não ficarmos mal. Mentimos para nos proteger. Mas nos protegendo só estragamos mais as coisas. Existem pessoas que têm medo de olhar no espelho, na balança, na conta bancária. É meio aquela coisa de “se eu não souber, não existe”. Mas vai continuar existindo. Não adianta deixar a conta do cartão de crédito em cima da mesa para sempre. Uma hora alguém ou alguma coisa (mesmo que seja tentar passar o cartão num almoço, por exemplo) vai lembrar que você andou abusando. É um mecanismo infantil, imaturo, mas que insistimos em usar com a gente mesmo.
Na boa, mentir para o outro, nesse caso, é o menos dos pecados.

Como diria Renato Russo “Mentir par si mesmo é sempre a pior mentira”. Que tal tomarmos conta da nossa vida assim, de verdade. Parar de ficar reparando na calça jeans da vizinha e olhar para os nossos armários, nossas coisas, nossa vida? Pare de inventar desculpas para aquilo que você é, se é assuma! Ou muda! Mas saia da mesmice de repetir as atitudes de crianças. É libertador! E vai resolver boa parte da sua vida. Eu garanto.

Texto Revisado

Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 12



Compartilhe Facebook   E-mail   Whatsapp
foto-autor
Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.



© Copyright 2024 ClubeSTUM - O conteúdo desta página é de exclusiva responsabilidade do Participante do Clube. O site não se responsabiliza por quaisquer prestações de serviços oferecidos pelos associados do Clube, conforme termo de uso.