Seu ego só quer ser um iluminado pensador

Seu ego só quer ser um iluminado pensador
Autor Teresa Cristina Pascotto - [email protected]
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Aqueles que realmente buscam recursos de autoconhecimento e são comprometidos com esta escolha, com certeza chegam a um ponto em que constatam uma “triste” realidade: seu ego nada quer daquilo que diz querer. Ele só quer brincar de faz de conta...

Tudo o que o ego quer é ter desejos, interesses e objetivos. Ao sentir vontade de conquistar algo, o ego então vive seus impulsos insanos e ignorantes, numa busca desenfreada para conquistar esse algo. Para isso, vive no mundo da mente, elaborando planos milagrosos e poderosos, cria estratégias para partir em busca de sua tão “desejada” conquista, mas nunca consegue conquistar o que diz querer, ou nunca consegue da forma exata como quer, se e quando conquista.

Enquanto você não conseguir alcançar seu objetivo, seu ego tem a garantia do potente querer que ele inventou. Ele só quer querer e só quer viver, na mente, as ilusões e fantasias a respeito desse determinado querer. Não conquistar é uma condição para ele, ou se conquista (para disfarçar), a frustração na conquista é também uma condição, pois se a conquista vier simples e fácil, ele terá perdido o interesse por algo. O ego não sobrevive sem algum interesse ilusório que o leve ao delírio, às obsessões e às compulsões. O ego somente gosta de viver nesse mecanismo suicida, de um comportamento obsessivo-compulsivo, em que ele acorda e dorme, todos os dias, pensando, envolvido com a questão principal deste momento de sua vida, como um grande pensador.

Querer... querer... querer... é o sonho único do ego. Alcançar e conquistar? Jamais, se possível. Ou, quando ele precisa provar que quer de verdade conquistar aquilo que jura desejar, então ele até se entrega à conquista de um determinado (e vazio) objetivo se este nada interferir em sua vida limitada e nada mudar em seu jogo viciante das buscas insanas dentro de seu mecanismo obsessivo-compulsivo.

O ego acredita que é o senhor soberano de nossa vida, ele acredita que É a nossa real identidade “divina” (doce ilusão) e vive de acordo com seus limitadíssimos conhecimentos e distorções sobre a realidade da vida. Ele de verdade não suporta o sofrimento e, quando em suas condições limitadas e insanas, nos leva ao sofrimento, obviamente que faz de tudo para se livrar dele. Porém, como o sofrimento somente se dissipa quando abrimos mão das ilusões e enfrentamos a verdade real sobre a vida, ele nunca encontra um meio de se livrar do sofrimento, então, se acostuma a ele e cria novos mecanismos para se anestesiar e se iludir ainda mais. O resultado é que na idade adulta todos nós deparamos com as constatações das consequências de uma vida liderada e comandada pelo ego: percebemos que nossa vida não faz sentido.

É quando a alma se aproveita para nos impulsionar a buscar algo real e é quando muitos acabam buscando o caminho do autoconhecimento. Dependendo do empenho, da coragem e da determinação da pessoa, ela chegará a um ponto em que inevitavelmente, em sua jornada neste caminho, irá deparar com a verdade dolorosa de que seu ego nada quer de verdade e que a única coisa que ele quer, é viver em paz, sem avanços, sem compromissos e responsabilidades de alma.

Aqui, a pessoa fica chocada com essa constatação, pois em seus impulsos nesta jornada, passou a acessar estados internos de mais elevação e mais expansão de consciência e isso a fez desejar de verdade viver de forma plena, viver com consciência de sua humanidade, aceitando sua vida terrena, ao mesmo tempo em que aceita sua vida superior, em comunhão com esta. O desejo é de alma e, neste plano, é real. Porém, o ego, que acaba participando parcialmente destes momentos sublimes, acaba gostando do estado de paz que alcança, mas ele não tem a mínima intenção de viver a plenitude de vida a partir do domínio da alma, sendo guiado e conduzido a novas experiências por ela. Ele quer é continuar vivendo sua vidinha limitada, porém com elementos de luz e poder da alma, ele quer se dar bem em seus planos ilusórios, que nunca o levarão a uma vida de mais satisfação e conquistas reais, que o levarão a um desenvolvimento “superior”, num lugar onde ele nada controla.

Na jornada do autoconhecimento, ele “esbarrou” nas experiências e verdades espirituais e passou a ver neste caminho uma condição de superioridade, ele passou a viver a vaidade espiritual. Ele nada quer no sentido de elevação através da alma, ele quer “puxar para baixo” e inserir no seu mundinho limitado as forças de luz e poder da alma. Ele gosta de “passear” nos divinos lugares de luz, para copiar o modelo e fazer acontecer em sua vidinha medíocre a mesma condição de luz que vislumbra em suas aventuras meditativas e de expansão. Quando a alma permite que o ego vislumbre esses lugares de luz e todos os potenciais divinos que ele é capaz de perceber, é apenas para lhe aguçar o desejo, pois o ego é ganancioso por poder e como durante toda a sua vida não conseguiu ser poderoso e provar seu poder para os outros, ao deparar com tamanho poder da alma ele simplesmente acha que agora pode capturar essas frequências da alma e “engolir” e passar a “ser essa expressão”. O ego não é e nunca será a expressão divina da alma, ele sempre será um receptáculo que dá continente e apoio à alma. Seria como dizer que o ego é o automóvel e a alma é a motorista. O ego quer ser o motorista e quer colocar a alma, quando muito, como copiloto ou, se a alma for muito ativa e ameaçadora para ele, ele então a “amarra numa cordinha e a pendura fora do automóvel”, já que ele não pode se livrar dela.

Enfim, quando então o ego vivencia novas experiências de luz, ele passa a desejar “ser O iluminado”, chega a ser hilário imaginar o ego em sua pretensão de ser o que nunca será! Este estado de SER LUZ é unicamente um estado da ALMA. O ego, se aceita seu lugar de “ajudante” da alma, poderá com certeza se beneficiar e se tornar mais cheio de luz, porém, iluminado pela luz da alma.

Só que o ego continua agora em sua ilusória e fantasiosa busca por se iluminar. Agora que ele experimentou as experiências divinas ele quer mais disso e isto é muito bom, pois antes ele fugia disso e para a alma é fundamental que o ego se movimente de encontro à luz e ela se aproveita deste orgulho e vaidade do ego que agora se acha “o” espiritualizado em busca da iluminação, e faz disso sua força de apoio, estimulando o ego vaidoso a prosseguir nos caminhos de luz. Tudo isto traz um grande e poderoso apoio para a alma que vai então ganhando mais força e poder em nossa vida. Porém, ela ainda terá muito que lidar com o ego, que jamais abrirá mão do controle.

O ego é um pensador compulsivo, tudo o que ele vive é no mundo da mente. O corpo físico é apenas um robô que ele usa para alcançar os objetivos na vida, o corpo emocional é um corpo que o ego odeia, pois ele enfraquece o ego, quando ele não consegue controlar tudo em nossa vida e as experiências, que ele mesmo cria, acabam nos trazendo dor e muitos sentimentos que ele sempre tenta bloquear e negar durante toda a nossa vida. Quando algumas situações saem de seu controle – praticamente todas as situações saem do controle do ego -, nossas emoções eclodem intensamente e ele não consegue frear, e é aqui que temos a chance de tomar consciência de coisas e condições de vida – interna e externa - que normalmente nem percebemos, pois sempre estamos muito envolvidos nos domínios da mente ativamente pensante. Enquanto pensamos ininterruptamente evitamos o sentir. Mas quando situações difíceis de lidar pegam o ego desprevenido, então nosso corpo emocional aproveita a chance e libera uma grande carga de dor esmagadora que ele é sempre obrigado a conter. O ego pensante nunca quer ter que parar para lidar com este tipo de condições, ele despreza nosso sentir e acha perda de tempo parar para “olhar para nossos sentimentos”, ele acha que isso é coisa de criança e ele tem muito que pensar, planejar, inventar e criar em nossa vida, para ter que se prejudicar pelos impulsos das emoções e sentimentos. Sempre que estas manifestações emocionais eclodem, ele entra em “surto”, não somente porque sofre com as dores manifestadas, mas porque não consegue controlar e, principalmente, porque em seus pensamentos rigorosos e compulsivos, ele não consegue racionalizar uma solução imediata para estancar esse fluxo “sangrento de emoções”. Aí então ele fica louco, pois ele hiper ativa a mente para que ela pense, pense e pense insanamente até encontrar a solução. Tudo vira uma “bola de neve”, pois quanto mais ele nega as emoções e mais tenta bloquea-las com pensamentos, mais desequilíbrios ele gera. Isto sempre leva o ego à exaustão, pois ele movimenta uma enorme quantidade de energia para tentar controlar o incontrolável. Toda esta energia gasta, esvazia também as forças do corpo físico, que literalmente fica exausto e cheio de dores, pois a luta do ego é tão intensa que afeta o físico de verdade. A pessoa sente como se tivesse sofrido de verdade uma grave violência, que foi espancada e, em casos graves, sente que foi também “esquartejada”, dilacerada e mutilada, tamanha é a violência do ego dominador e tirano que obriga a pessoa a se recuperar e a ter imediato controle, na (pseudo) força do pensamento, como um soldado que não tem a permissão de sentir medo e muito menos de paralisar de medo. O ego se torna um general tirano, que pune a própria pessoa em todos os seus corpos, e até mesmo o corpo espiritual se abala e enfraquece quando um ego chega a este nível de insanidade em seus impulsos de controle pela mente pensante.

Tudo o que o ego deseja é ser um ilustre pensador, um exímio estrategista e, agora que ele experimentou estes “passeios espirituais” e adentrou o mundo do poder real, ele passa a querer estes poderes de luz, para iluminar seu corpo mental, para então poder ser este pensador obsessivo-compulsivo (ele não percebe esta condição como algo doentio, ele se envaidece de ser este excessivo e compulsivo pensador), mas de forma sublime, ele quer ter o poder da clareza mental, o poder dos pensamentos divinos. Ele quer continuar no seu mundinho limitado, fazendo “planos de luz”, para ter esse seu mundinho cheio de poderes. Ele agora jura que quer ter uma vida iluminada, ele passa a acreditar nas verdades elevadas que agora conhece, ele realmente cria a ilusão de que terá uma vida de plenitude de alma, conforme ele entende em todos os conhecimentos superiores que acessa. Então o ego faz “planos de luz” para a vida e, logicamente, se envolve com estratégias, pensando e pensando, para conquistar a vida de luz que diz querer ter.

Em alguns momentos mais poderosos, em que a alma deixa o ego participar – parcialmente, claro, e somente através de vislumbres de percepções e não uma experiência real, pois o ego não vibra numa frequência sutil o suficiente para de verdade adentrar outros níveis e dimensões mais elevados – de experiências elevadas, pois ela sente que ele está mais disposto a observar e perceber a força e poder que existem nestes níveis de luz, o ego realmente consegue sentir e saber que a vida, se vivida pelos influxos divinos da essência da alma e pelos impulsos manifestados pela alma, é divina e poderosa; naquele momento único, o ego é capaz sim, de sentir o poder desta verdade, e consegue também perceber que ele, o ego, é um bloqueio para alma, e é capaz de perceber o quão limitado e ignorante ele é, aqui ele é tomado pela força da humildade e percebe claramente que a alma é tudo, quando o poder da vida lhe é oferecido e ele, ego, não é nada, quando acredita que é o “dono” de nossa vida. Sim, para algumas pessoas – uma possibilidade para todos, se houver empenho real – é possível sim experimentar este tipo de vivência sagrada, em que o ego se eleva ao nível máximo que lhe é possível por sua frequência e “vê, sente, sabe e percebe” as verdades divinas que lhe são mostradas em sua essência sagrada. Este é um momento divino e o ego fica impactado com a força destas verdades e nem ousa questionar. Nesta experiência o ego – neste exato e único momento - é tomado por uma força que o  faz de verdade querer ser um humilde parceiro da alma, ele aqui quer de verdade sair do controle e sair do caminho da alma, ele quer de verdade parar de lutar contra, pois ele sente o quão sofrido e cansado está por querer dominar a alma, bloqueando seu fluxo natural.

Esta experiência “mexe profundamente” com o ego e ele tem a oportunidade de rever todas as suas intenções limitadas e medíocres, e sente e sabe que soltar o controle é tudo o que ele precisa fazer, para deixar a alma ser a única verdade e consciência real em sua vida e que este é o milagre poderosamente sagrado que ele tanto busca.

Ao viver este tipo de experiência, o ego começa realmente a se questionar e a pensar (aqui saudavelmente) sobre a sua vida e todas as frustrações que vive, quando ele é o dominador. Ele passa a saber que a sua vida nunca será de conquistas reais, mas sim de eternas frustrações, e se horroriza diante desta constatação, passando então a querer de verdade deixar fluir e permitir que a alma “ancore” suas energias e seja a força que guia e conduz amorosamente sua vida.

Porém, à medida que o ego vai voltando da experiência e se “encaixando” na densidade da dualidade, tudo volta ao “normal” e ele, apesar de estar consciente do quão divino poderia ser a vida conduzida pela alma, ao olhar à sua volta e ao pensar sobre sua vida humana limitada e densa, ele não vê saídas e soluções para seus problemas, como sempre, e sabe que a alma nada sabe sobre “ralar como humano” e então deixa de lado seus fracos desejos de ter “uma vida de luz de verdade”, e volta a ser o pensador estrategista, olhando apenas limitadamente para sua vida, porém agora querendo usar as forças de luz que vislumbrou, para ser um pensador ainda mais iluminado.

Ele volta ao velho estado de somente pensar e pensar, e todas estas jornadas elevadas que ele vivencia, apenas fazem com que acredite que quer uma vida de luz real (em certo nível ele quer de verdade), acredite que está bolando estratégias mágicas e poderosas para alcançar este possibilidade de vida de luz, quando na verdade, só quer ter estes pensamentos sobre uma vida de luz. Ele só quer PENSAR de forma mais iluminada, pensar que quer uma nova vida, pensar que está em busca desta nova vida, pensar que está desejando realmente conquistar esta vida de luz. Mas como ele não quer de verdade uma vida de luz, então ao mesmo tempo em que até tem o desejo real de ter uma vida de luz, ele também cria condições sabotadoras que lhe garantam bloqueios e impossibilidades para jamais alcançar esta condição de vida de luz. Alcançar e conquistar esta condição seria o “fim da vida” para o ego. Ele somente quer o impossível, jurando que vai pensar em possibilidades que tornem o impossível possível. Sei que tudo isto parece muito louco e contraditório, mas infelizmente, é assim que o ego funciona.

Se então em sua sabotagem ele quebra, estraga e joga fora tudo o que ele estava conseguindo gerar de “boas vibrações de luz” em sua vida – o que levaria a uma vida de luz -, ao perder a condição mais equilibrada e agradável em que estava vivendo, ele cai novamente ao cansaço, prostração e tristeza – é ruim de verdade para ele, perder tudo isso, mas se ele não quer de verdade, tem que jogar fora -, e ao se sentir tão mal assim, obviamente que ele deseja voltar ao estado de mais equilíbrio que alcançou, e então, ele retoma o jogo dos pensamentos, para agora pensar sobre como voltar para aquele estado. A esta altura o ego somente quer pensar com maestria e se ele cai novamente na dor e no sofrimento, quando ele pensa em voltar ao equilíbrio e pensa sobre como voltar e gera condições, pelo pensamento, que o levam a recuperar o equilíbrio, então ele se sente forte e poderoso como o pensador iluminado que acredita ser. O ego nada quer de verdade e nenhuma conquista divina faz parte de seus planos. Ao vislumbrar os potenciais sagrados de uma vida de luz guiada pela alma, apesar de uma mínima parte do ego desejar viver isso, isto não significa que ele terá a coragem de deixar isso acontecer. Reforço que é apenas o pensamento que lhe interessa e, neste caso, ele gosta de pensar que quer viver esta vida de luz e pensar que de verdade está fazendo o possível para isso ocorrer, e pensar que quando cai em desequilíbrio novamente, não foi porque ele não quis alcançar e se sabotou, mas sim, por condições da vida densa que o tiraram do equilíbrio. Ele quer manter o pensamento de que quer esta vida de luz e manter o pensamento de que de verdade sofre quando, ao invés de alcançar esse objetivo divino, tudo o que tem é desilusão, desequilíbrio e frustração.

E então isto o move para mais pensamentos...

Acho que já ficou bastante clara a ideia que quero transmitir sobre o ego só querer ter no que pensar. A repetição da mesma ideia de várias formas foi justamente para forçar o ego a prestar atenção e até mesmo “se incomodar ou se irritar”, para não ter como dissimular e te enganar. Esta condição é tão natural e normal para seu ego, que ele não deixará você perceber a gravidade disto e, mesmo lendo sobre isto, se eu não insistisse em apontar estas verdades, ele apenas “passaria os olhos” pela leitura e isto não lhe chamaria a devida atenção que esta gravíssima condição doentia merece. Seja bondoso consigo mesmo e preste bastante atenção a estas informações, releia e reflita sobre tudo isto.

Se você ficou exausto com esta leitura sobre o ego pensador compulsivo, informo que isto é uma excelente reação, pois tudo isto foi justamente para te mostrar o quão inconscientemente exausto e impotente você está devido aos excessos de pensamentos nos quais se perde. Seu ego sempre o distrai e o faz pensar que os pensamentos são os seus únicos poderes e que, portanto, não são seus excessivos, obsessivos e compulsivos pensamentos que te destroem e te deixam exauridos, mas sim a vida, que o mantém prisioneiro de impossibilidades e limitações, te vitimando com as injustiças gerais.

Se você ficou irritado, alheio ou em qualquer outro estado “diferente” ao ler este texto, sugiro que mantenha-se neste estado e apenas respire e se observe, para se perceber profundamente. Este texto apenas “cutucou” esta questão no seu ego e trouxe estas condições à tona para que você pudesse sentir, perceber e tomar consciência de uma realidade interna que você vive e na qual está aprisionado, se enganando e se iludindo com inúmeras fantasias, que sempre o levam a um desfecho de desilusões e frustrações. Isto tudo é SEU, fique com isso e trabalhe isso em sua vida.



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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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