Ser o poder ou ter o poder

Ser o poder ou ter o poder
Autor Teresa Cristina Pascotto - [email protected]
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Existe uma grande diferença nisso. O ego quer ter o poder que a alma carrega para ser o senhor soberano de sua existência e o grande dominador “do mundo”, provando a todos a sua superioridade, sua excelência e sua supremacia.

Supremacia seria ser e ter o poder dos poderes, ser aquele ser supremo que domina todas as forças e todas as potencialidades sagradas. Este é o desejo de todos os egos, quer a pessoa tenha consciência disso ou não.

Aquele que tentar se enganar dizendo que não deseja isso, está se condenando ao sofrimento, pois a negação de uma realidade interna só traz desequilíbrios, perturbação e sofrimento. Portanto, seria muito favorável se todos tentassem entrar na humildade e tentassem aceitar o fato de que seu ego é igual a todos os outros e, principalmente, seu ego é tudo aquilo que você odeia, critica e abomina nos outros. Enquanto tentar somente olhar para os defeitos dos outros de forma crítica, exigente e com arrogância – se você vive identificando o defeito dos outros, acreditando que é diferente deles, que não tem esse mesmo defeito e, por isso, se acha superior a eles, obviamente que você é o pior dos arrogantes. Aceite isso, seja humilde. Sem nunca tentar olhar para dentro, na intenção verdadeira de conhecer seu lado oculto, seu lado sombrio, você nunca conseguirá ser feliz e se sentir satisfeito com sua vida. A negação é o mal mais poderoso que alguém pode cometer contra si mesmo. Ao contrário do que o ego acredita, que negando, ele se esquiva de responsabilidades e evita ser visto como realmente é, tudo o que ele atrai para si é sempre o pior, tudo o que ele mais teme é sempre o que sua vida lhe traz. Portanto, se você deseja sair dessa vida de sofrimento e começar a escrever uma historia de satisfação, atraindo para sua vida todas as bênçãos que sua alma deseja te trazer, então comece urgentemente a assumir que você é igual a todos os outros seres humanos, falhos, defeituosos, malignos, prepotentes, arrogantes, pretensiosos, falsos, dissimulados e tudo mais, tudo aquilo que a condição humana carrega em si.

Todo ego quer Ter o poder supremo, para ser superior a todos e provar sua divindade a todos. Esta é a base do desejo de TODOS os egos. Somente aqueles que se propõe a um caminho profundo e verdadeiro de autoconhecimento, que vai muito além da busca para se curar de suas dores e males, entrando nos caminhos da autorresponsabilidade é que começam então a conhecer esse lado sombrio e aceitá-lo, o que conduz naturalmente a uma comunhão saudável com estes aspectos sombrios, que se tornam então forças sagradas para a jornada consciente da pessoa. Aqueles que se propõe a conhecer-se um pouco mais profundamente, tomando consciência de seu lado sombrio, conhecendo seus “monstros internos”, sem negação, mas que escolhem ficar chocados e impactados, sofrendo por achar que então são monstros incorrigíveis, também não estão escolhendo uma forma saudável de lidar com estas verdades. Não é fácil conhecer o lado sombrio, mas quando há a aceitação e a real intenção de conduzir seus aspectos “malignos” a uma condição saudável que, na dualidade, não significa exorcizar o mal de dentro de si, mas sim aceitar, integrar e “usar” esse mal de forma sábia e sagrada, de acordo com os planos da alma, então a vida da pessoa começa a florescer e a evoluir.

Agora acho que podemos prosseguir, já que você – se não desistiu de ler o texto -, talvez tenha decidido tirar a máscara diante de si mesmo, para se enxergar na totalidade de seu ser.

Ter o poder não é o mesmo que ser o poder. Ter o poder é uma condição, ou melhor, uma intenção do ego. Ser o poder é uma condição de alma, somente a alma pode assumir a vida da pessoa e se expressar e se manifestar com todo o poder que É e que carrega em sua essência. Ser o poder é o mesmo que ser a manifestação suave e saudável daquilo que uma alma é em essência e em verdade, sendo uma benção em sua própria vida e na vida dos outros. Ser o poder, vibrando enquanto alma, é ser humilde e não precisar fazer alarde disso, é sentir, saber e perceber que dentro de você, a partir de você e em “todo você”, existe uma força, uma inteligência sagrada que simplesmente É e se expressa.

Alcançar este estado é algo sublime, mas extremamente difícil, pois neste caminho, na busca por esta condição, o ego sempre permite que tudo flua, mas somente para que, ao conseguir acessar o poder da alma, ele então possa “pegar esse poder em suas mãos”, para usar esse poder para fazer a magia em sua vida. Por isso, durante a jornada em busca de assumir-se como alma existindo em um ser humano, o ego facilitará e bloqueará o caminho, de várias maneiras e inúmeras vezes, tanto para  deixar o poder fluir e então “roubar” o poder da alma, quanto para interceptar ou bloquear o fluxo quando se sentir ameaçado, por perceber que não está conseguido pegar o poder e que este está se manifestando intensamente e  sendo ancorado pela alma e na alma. Sempre que o ego corre o risco de ver esse poder sagrado ser manifestado pela expressão da alma, o que significa que ele não terá mais poder sobre a vida da pessoa, ele sabota e destrói todas as forças da pessoa, pois entra em pânico por conta disso e nesse momento vale tudo para não ter que ser um simples serviçal da alma. Mesmo que isto signifique deixar a pessoa perdida, perturbada, em sofrimento, sem forças, desorientada, desesperada e sem esperanças. O ego prefere este enfraquecimento geral da pessoa, a ter que se ver sob o domínio da alma. O enfraquecimento geral da pessoa impossibilita que a alma seja o poder, pois ela precisa encontrar uma condição mínima na pessoa, de força, consciência e aceitação, para que possa realmente se expressar em força, poder e inteligência sagrada. Sem isso, é impossível ancorar as forças da alma.

Quando o ego percebe que está fora do perigo do poder da alma, após este enfraquecimento que gerou, ele permite que a pessoa se reequilibre. É quando ele entende que é hora de se fortalecer novamente, para dar curso aos seus planos secretos de ter o poder da alma. A esta altura, para os buscadores avançados, o ego já está obcecado por este tesouro. Ele já viveu muitas coisas e já se desiludiu – finalmente! – com relação “às curas milagrosas” que ele tanto buscou e com as quais tanto se decepcionou, o que significa que está mais consciente de que o caminho das ilusões só destrói, portanto está empenhado em seguir o caminho do desenvolvimento real, que implica em confrontar suas verdades ocultas. Ele não está interessado em evoluir e se tornar um ser consciente e sagrado, ele somente está interessado em ser poderoso. Ele agora está ativado em sua cobiça e em sua ganância por poder, ele não quer nada menos do que o Poder Supremo. Isto não é algo saudável, mas isto é tudo o que a alma da pessoa tem para conseguir o que deseja, que é Ser o Poder na vida da pessoa. Se o ego não tiver a cobiça e a ganância, ele desistirá de se empenhar em prosseguir na jornada. O que a alma deseja é prosseguir, assim, como ela ainda está dominada e bloqueada pelo ego, ela se vale desse recurso e deixa o ego prosseguir.

Precisamos lembrar que toda alma planeja a vida que viverá e, portanto, planeja o tipo de ego que se formará, por isso, “está tudo certo” mesmo percebendo que estas condições gerais do ego são insanas e doentias. A alma planeja uma vida humana, que implica em carregar aspectos sombrios e destrutivos.

Ser o poder, enquanto alma livre para se manifestar é algo divino e sagrado. Porém, a humanidade não está preparada para viver dessa forma e muito menos para aceitar pessoas que queiram e consigam viver dessa forma. Aqui está mais uma grande dificuldade a ser enfrentada por todos aqueles que, por um forte impulso de suas almas, se empenham em avançar em suas jornadas com este propósito de se tornarem “almas se expressando e vivendo uma vida humana” – e não mais egos usando suas almas para serem o que nunca serão. Não basta ter que lidar com seu ego sabotador, esses corajosos buscadores tem que enfrentar a força contrária do inconsciente coletivo. Ser o poder pela alma é o caminho de cura para toda a humanidade, para que possamos alcançar um estado de luz para todos. Porém, nestes tempos atuais, o inconsciente coletivo ainda opera rígida e cruelmente contra aqueles que assumem os riscos de se assumirem enquanto almas. Se estes corajosos seres desistirem de fazer o possível – dentro de todas as impossibilidades - para alcançarem este novo estado de ser, mesmo com todas as dificuldades, nunca poderemos ter essa realidade no planeta novamente. Assim, é preciso perseverança mesmo quando tudo parece desmoronar de novo e de novo na vida destas pessoas. A cada desmoronamento estas pessoas sofrem muito, mas aqueles que entendem o significado disto e perseveram, retomando as forças e “fazendo de novo”, mesmo que desmorone de novo, estão criando uma força maior, a força da sagrada perseverança, que começa a gerar uma egrégora, ajudando a todos a se fortalecerem com esta perseverança sagrada, para que todos tentem novamente, aceitem os desmoronamentos e entendam que a cada tentativa, construindo novamente o que desmoronou, nunca estão construindo os mesmos alicerces e patamares, pois, sem perceber, cada desmoronamento é uma nova oportunidade para fazerem aparentemente o mesmo de antes, porém, sutil e poderosamente, estão sempre usando novas forças e novos recursos internos a cada nova tentativa em construírem uma nova condição de força e poder.

Enquanto eles desmoronam, o inconsciente coletivo – vou usar IC - entende que “está tudo sob controle” novamente e então relaxa as forças contrárias. Vou usar outra linguagem. Seria o mesmo que dizer que cada ser corajoso e empenhado em prosseguir em sua jornada se torna um titã – como um ser saudável e poderoso - e que ser um titã é “proibido” no planeta. Assim, cada vez que nasce um titã, o inconsciente coletivo o destrói, acreditando que o matou. O titã então se recolhe, ferido ou até mesmo morto, e este recolhimento relaxa o IC que acredita ter se livrado do problema. Após isto, o titã se recupera ou ressuscita e se ergue ou renasce novamente. A cada “morte”, o titã se renova em força e poder, enquanto o inconsciente coletivo acredita que morreu. A cada renascimento ele se ergue com mais conhecimento, mais sabedoria e mais recursos sagrados. Agora ele sabe também o que “fez” anteriormente que chamou tanto a atenção do IC, o que faz com que planeje melhor seus próximos movimentos, para não ser farejado imediatamente pelo IC ou para se esquivar o mais possível dos próximos golpes. Aprende também a usar a dissimulação como uma força sagrada, usada de forma saudável, seria o mesmo que dizer que renasce em força e poder, mas “se finge de morto”, para não vibrar seu poder de forma a ser descoberto. E então, tenta novamente, constrói seu caminho novamente, mas sua força sagrada se intensificará, o que significa que o IC logo o descobrirá novamente e o matará novamente. Ele então, já sabendo disso e entendendo que por enquanto não conseguiu construir uma força que o ajude a sustentar as forças que gerou, aceita a morte, sabendo que renascerá mais fortalecido e mais sábio para criar mais forças para que aos poucos possa sustentar melhor suas conquistas e “morrer menos” ou então parar de morrer, mas somente ser abatido e bloqueado. Qualquer pequena mudança neste cenário, já é um grande poder que o titã conquista.

Enquanto este processo ocorre, a cada renascimento em força e poder, mesmo com o IC matando-o sempre, o próprio IC começa a se adaptar mais com cada nova frequência de força e poder que o titã manifesta e vibra, o que significa que haverá um maior condicionamento, menos sensibilidade com relação a essas frequências, mais tolerância e até mesmo um embotamento do IC a essas novas frequências. O que não existia, em termos de força e poder sagrados, quando começa a existir, rapidamente é percebido pelos sensores ativos e aguçados do IC, porém, à medida que este “vai e vem” neste processo do titã em construção foi ocorrendo, tanto o titã foi se fortalecendo e se adaptando com sua nova força, quanto o IC foi se tornando tolerante e menos sensível ao seu maior poder, até mesmo o IC está mais adaptado, o que significa que o titã conseguirá, em algum momento, se firmar em um poder ancorado e assumido e não mais será abatido e morto, nem mesmo será bloqueado. Seria no momento em que o IC ficaria sem recursos ou sem armas para lidar com um Poder novo, o IC tem armas para matar inimigos que ele reconhece, que existem em seus arquivos de referência, mas não tem armas para matar algo novo, que não existe em seus arquivos.

É aqui que o titã poderá ganhar espaço para se fortalecer ainda mais, até que esteja mais capacitado para manter a ancoragem da força sagrada, mesmo quando o IC tiver então criado uma nova arma para matar um novo poder, o novo titã, pois a esta altura, o titã já não se deixará destruir, até mesmo porque já conhece os movimentos do IC e aprendeu a “jogar” melhor, sabendo o que evitar, quando dissimular, quando se expressar, quando se impor, sem que precise lutar. O Poder, quando É e quando é assumido com coragem e consciência, se torna a verdadeira força do titã, e então nada o detém.

O IC poderá continuar tentando destruir o titã e este poderá ser afetado muito ou pouco, dependendo do momento de desenvolvimento do titã. Até o ponto em que o titã finalmente se assume e ancora as forças e poderes sagrados a partir da expressão de sua alma. Aqui então o IC constatará que não tem forças para derrubar o titã poderoso e então passará a se resignar (não aceitará, mas terá que “engolir” o titã) à sua presença magna, mas nunca desistirá de o destruir. Assim, o titã terá mais força e coragem para prosseguir, porém, sempre lidando com o inconsciente coletivo que relaxou e parou de lutar tão intensamente, mas nunca de verdade deixará o titã em paz para SER,  pois o IC não aceitou verdadeiramente o titã.

Neste fortalecimento, lidando melhor com o IC, o titã terá ainda que lidar com seu ego, que será sempre o seu maior inimigo, até que o titã consiga “dominar” saudavelmente seu ego e o conduza ao seu estado real, de condutor e protetor amoroso da alma.

Este é o caminho de todos, mas esta condição é extremamente difícil de alcançar e praticamente impossível para a maioria da humanidade neste momento atual. Algumas almas escolheram encarnar justamente para serem aquelas que “vem para” começar este novo processo de cura real para a humanidade, escolheram viver essas dificuldades extremas de serem estes titãs, despertando primeiro o titã interior, para depois serem aquelas que deixam o exemplo para que a humanidade possa despertar o titã interior aos poucos. Um dia todos serão poderosos titãs desde seu nascimento, mas isto ainda demorará muito “tempo” para acontecer no planeta. Se não começarmos em algum momento, mesmo com resultados tão fracos inicialmente e mesmo parecendo utopia, nunca teremos a chance de viver esta realidade.

Como se percebe, este é um Poder Sagrado que não pode ser assumido pelo ego, ele não pode ter o poder do titã em suas mãos, mas ele pode permitir que a alma Seja esse Poder, seja esse titã manifestando-se livremente para realizar sua missão de vida.

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
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