No alto, a visão se alarga!

No alto, a visão se alarga!
Autor Flávio Bastos - [email protected]
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O homem, desde o seu surgimento há milhares de anos, por uma questão de sobrevivência, é condicionado a enxergar a vida pelo ângulo sensorial, ou seja, a olhar para baixo e ao seu redor, pois olhar para cima sempre incutiu-lhe medo e sentimento de inferioridade. Olhar para o que é familiar, nos passa a sensação de segurança e poder sobre aquilo que conhecemos. O cotidiano de nossas vidas não é repleto de acontecimentos que se restringem a uma visão periférica de nossa realidade existencial?

A visão descendente ou retilínea, incorporou-se de tal forma no nosso dia-a-dia, que olhar para o alto ocorre, geralmente, em situações específicas como observar as condições do tempo ou visualizar algo no céu que chame-nos a atenção.

O olhar que abrange a dimensão que conhecemos tem sido responsável por grandes descobertas científicas. Na Astronomia, porém, apenas descobrimos planetas e estrelas que servem como base de estudos para novas observações e pesquisas, o que revela que somos o reflexo de um conjunto de crenças que se enquadra no ângulo da visão materialista.

No entanto, à medida que experimentamos a sensação de subir, seja um alto prédio na grande cidade, uma montanha ou dentro de um avião, percebemos que a nossa visão se alarga ao acompanhar os horizontes da superfície terrestre. Muitas vezes nos extasiamos com a inédita experiência. Outras vezes, nos surpreendemos reflexivos nesses momentos especiais, ou seja, saímos da rotina de uma visão limitada para atingir um olhar que provoca-nos reflexão e sensação de impotência.

Talvez, o maior desafio do homem do século vinte e um seja alterar o seu olhar diante da vida, mesmo vivendo em permanente contato com a superfície terrestre. E o autoconhecimento surge no alvorecer do milênio como uma opção de olhar para dentro de si e compreender que "altos e baixos" são apenas níveis de percepção que relacionam-se à forma condicionada de vermos a realidade material à nossa volta, e que a expansão da consciência independe de onde estivermos, mas de como percebemos a "realidade" multi e interdimensional a qual estamos profundamente inseridos.

Na superfície terrestre, a visão humana se nivela. Porém, encontrando-se no alto de uma montanha, a percepção humana altera-se. Esse é o sentido simbólico para aquele que deseja, mesmo vivendo entre semelhantes, adquirir um novo olhar sobre si mesmo, o outrem e a vida.

Sem nos sentirmos superiores nem inferiores a ninguém. Sem permanente sensação de medo, insegurança ou excesso de autoconfiança ou onipotência, incorporamos qualidades quando o olhar está voltado para o que é essencial: a descoberta de valores que transcendem a visão meramente retilínea e superficial da vida. E o autodescobrimento, baseado em valores de nossa natureza espiritual, nos proporciona um olhar que expande horizontes e identifica-nos como cidadãos do universo em transição pelo planeta Terra.

Experienciamos a verdadeira sensação de liberdade, à medida que compreendemos os motivos de estarmos no "aqui-agora" e a necessidade de evoluirmos pelo autoconhecimento.

Por que a altura, paradoxalmente, nos fascina e nos provoca medo? Porque a superfície é mais cômoda e proporciona-nos segurança psicológica. Por outro lado, vivemos um desafio genuínamente humano ao associar superfície e altura sem medo de encontrar a felicidade possível...

Os antigos navegadores de "além-mar", perderam o medo do desconhecido depois de o enfrentarem e ter a certeza de que os oceanos e mares não eram povoados por horrorosas criaturas que afundavam embarcações.

Os primeiros astronautas americanos e russos, sentiram-se mais seguros depois de enfrentarem o desconhecido universo e verificar que o mesmo não era repleto de seres alienígenas e suas naves ameaçadoras.

No alto, a visão se alarga! Indígenas americanos subiam montanhas para renderem homenagens ao deuses do céu. Russos e americanos extasiaram-se com o que viam há milhares de km da Terra. Os descobridores de novos continentes ficavam eufóricos ao gritarem do alto de suas caravelas "terra à vista". Alpinistas e aviadores, apesar do risco das funções às quais se dedicam, relatam em livros, jornais ou revistas, impressionantes experiências que tiveram no alto.

Enfim, somos o que sintonizamos, e embora sobrevivamos em um mundo em lento processo de regeneração espiritual, está conosco o poder de decidir qual tipo de olhar queremos para a nossa vida.

Psicoterapeuta Interdimensional.

flaviobastos 

Texto revisado



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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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