Devo dizer que n�o tenho, ou melhor, n�o perten�o � religi�o nenhuma. Fui batizado por um padre cat�lico e, devido � enorme insist�ncia por parte de minha m�e (que me queria padre), fui coroinha durante muitos anos. Descobri, tempo depois, que tive sorte em passar "inc�lume" por esta fase de minha vida, sendo que muitos meninos, no mundo inteiro, sofreram abusos inomin�veis, com a agravante de nunca poder contar com a ajuda dos familiares, hipnotizados pela figura de autoridade que, na �poca, estes indiv�duos ricamente paramentados ostentavam. Ainda por conta disso, estou me desprogramando de muitos conceitos absorvidos desta igreja - que me foi imposta quando nada podia fazer- e que se encontra, com seu fasto, poder temporal e dogmas, anos-luz distante de um exemplo �mpar de amor ao pr�ximo: o "outro" Francisco, o santo humilde nascido em Assis, que nada possu�a al�m de um amassado saco de juta que servia de vestimenta e um barbante para amarr�-la na cintura.

Gente... ainda bem que tudo muda, tudo passa no nosso caminhar cada vez mais firme e consciente, percorrendo as in�meras experi�ncias que nos t�m como protagonistas e nos fornecem as bases que moldam e lapidam as arestas de nossa personalidade, para atuar com toda nossa potencialidade e for�a interior, seguindo somente a orienta��o da consci�ncia, cada vez mais enriquecida e expandida.

Portanto, se nossa maneira de viver, de perceber a vida for baseada no Amor Incondicional, na Unidade, na Divindade que habita nossos cora��es... se utilizarmos os preciosos instrumentos de que somos dotados, tais como o bom senso, a curiosidade de uma crian�a, a capacidade de observar, de avaliar, de sentir... se mantivermos a mente aberta, a intui��o afinada, a leveza da alma, estaremos -e permaneceremos at� "voltar para a casa do Pai"- pisando num n�vel de realidade diferenciado e de total bem-aventuran�a; algo que, mesmo sendo obrigados a morar numa cidade grande como S�o Paulo, se aproxima do Para�so, aqui na Terra mesmo.

Na busca pelo sentido da vida, ou pela felicidade verdadeira, se quiser, o Espiritismo teve uma import�ncia fundamental. Confesso que, talvez condicionado por d�cadas de desinforma��o e maledic�ncias absorvidas na It�lia, demorei um pouco para conhecer um Centro aqui em SP, at� que o convite veio da pessoa mais que certa (e que eu n�o podia imaginar fosse esp�rita), num evento muito especial: a vinda, de Uberaba, do Chico Xavier, j� reconhecido e respeitado m�dium, em 1982.
Sua presen�a, sua energia, as psicografias lidas ainda pelo pr�prio Chico, o contato pessoal de ajuda aos sofredores, pela clarivid�ncia amorosa, transportaram os presentes em uma outra dimens�o, outra realidade.
Nada fica como antes e o despertamento que se processa � real... caem, em definitivo, falsas verdades que j� estavam por um fio e um grande peso parece estar saindo de nossas costas. A respira��o se aprofunda, a calma interior serenamente prevalece sobre a agita��o, a pressa se esvai e tudo come�a a ficar em paz e harmonia totais.

Com a porta finalmente aberta, escancarada, come�a a descoberta: os cl�ssicos da literatura esp�rita, os passes magn�ticos, a �gua fluidificada, as sess�es de desobsess�o, as palestras de estudo e esclarecimento, os congressos, at� chegar �s opera��es espirituais, sem nunca esquecer que neste novo ciclo come�amos a navegar com a certeza de que, ao final da viagem, estaremos somente mudando de dimens�o, nos preparando no Astral para mais uma volta na roda das reencarna��es. � claro que h� muito mais, pesquisas de alt�ssimo n�vel s�o levadas a cabo para permitir a transcomunica��o entre os planos; pesquisadores s�rios empenham-se em universidades brasileiras para colocar luz sobre o funcionamento da consci�ncia, os mecanismos da mediunidade e a import�ncia da conex�o com a Fonte para o "novo ser humano total".

Uma das belezas do Espiritismo � tamb�m a abertura de seus adeptos �s mudan�as que continuamente alteram o cen�rio do conhecimento existente, com descobertas, emp�ricas ou cient�ficas, capazes de elucidar algo que, at� ent�o, era considerado misterioso ou simplesmente alucina��o, fruto da imagina��o.
No movimento esp�rita n�o s�o propagadas "verdades" obsoletas, cristalizadas, fossilizadas, pois, pela vis�o de Kardec, tudo evolui, incluindo as cren�as e os pilares que as sustentam. E o que tamb�m � fabuloso: a Casa est� sempre aberta para todos, n�o h� envelopes esperando nas cadeiras para serem recheados com dinheiro, ningu�m sugere ou insiste que a pessoa volte. O respeito pelo semelhante e seu livre-arb�trio � absoluto.
Mesmo frequentando agora bem poucas vezes, sou profundamente grato a tantos seres de Luz que, com infinita compaix�o, dedicam-se a ajudar o seu semelhante, sem perguntar ou exigir nada.

� evidente que n�o h� rosas sem espinhos; nem tudo � perfeito e maravilhoso no Espiritismo e, mesmo tentando com afinco, penso que ningu�m hoje chegar� a ser um Chico Xavier... infelizmente, em todo lugar da Terra ainda existem pessoas mais duras, tradicionalistas, ligadas ao passado, ou ainda ambiciosas e ego�stas, buscando poder e promo��o pessoal em vez da vibra��o de profunda compaix�o que seria necess�ria... mas, mesmo assim, esses indiv�duos chegar�o l�, passar�o de fase, como todo ser humano encarnado.

Brasil, terra aben�oada. Sim, aqui convivem sem problemas cren�as, religi�es, seitas, movimentos, filosofias e grupos v�rios. Este � de fato um dos pontos altos deste Pa�s. Aceitam-se a cultura, os h�bitos e as infinitas formas de encarar o Supremo por parte dos outros; este espa�o � aberto, livre.
Depois da estr�ia do filme sobre Chico, descobri que existem muitas pessoas que simpatizam plenamente com estas pr�ticas espirituais, que utilizam-se dos servi�os prestados nos Centros, mas que ainda t�m receio de se manifestar abertamente, de assumir de uma vez por todas sua maneira de viver a vida. Creio que esteja mais do que na hora de quebrar tabus e abandonar os lament�veis preconceitos que seres tacanhos e mesquinhos espalharam aos quatro ventos tentando esmagar magn�ficos movimentos reencarnacionistas que, com sua filosofia, a��o e exemplo, conquistaram em definitivo as almas mais abertas e predispostas a aceitar o novo, a verdade da vida, o que �. Estas considera��es valem tamb�m para com a Umbanda e o Candombl�, cujas ra�zes africanas trouxeram aqui ainda mais diversidade, riqueza de movimentos, ritmos e cores em suas cerim�nias, acolhendo pessoas das mais diversas matizes, mais ligadas ao sentir, aos efeitos f�sicos.

Dever� ser agora, j�, o reconhecimento do valor destas "doutrinas" (n�o encontro aqui a palavra certa). O tempo est� muito acelerado e anda curto, chegou a hora da manifesta��o, da presen�a, � o momento de encher o peito e seguir a senda com coragem e determina��o, no rumo correto, para a frente e para cima.
Perceba o tamanho do sucesso, em todo o Pa�s, que est�o tendo livros, filmes e seriados de TV, baseados em temas sobre a espiritualidade verdadeira... � nossa alma pedindo mais sobre a beleza da vida, do amor verdadeiro, da compaix�o, cansada de tanta superficialidade, viol�ncia e injusti�a.
Como � legal constatar que existem in�meras almas iluminadas, inteligentes e criativas capazes de produzir arte, conte�do profundo e beleza pura para tantos outros seres em sintonia que h� tempo demais estavam esperando, pacientemente, poder apreciar e desfrutar essas obras da Luz.
Estamos vendo mais um sinal claro da atua��o do Universo nos intuindo e conspirando para que a Luz se espalhe, para que a Verdade triunfe em definitivo sobre a sombra, o controle, a falta de Amor.

Este "apelo" �, na realidade, somente um convite para escutar o chamado da Alma e participar mais ativamente da Conspira��o da Luz, plantando � nossa volta as sementes que, mais dia, menos dia, brotar�o com for�a, trazendo-nos paz, alento, alegria e... celebra��o, n�o mais somente esperan�as.

Agrade�o aqui os queridos e pacientes Guias e mais a turma toda que permite que o site exista: Rodolfo, Sandra, Teresa, Marcos, Anderson, Lidiane... e Voc�! Sim, somos um s�. Eu sou o outro Voc�.
Sergio - STUM

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