Especial STUM: Que Todos Sejam Um*

*Ut omnes Unum Sint - João XXIII - 1962

De verdade, não gosto de aparecer ou de falar de mim. Mas os mentores insistem tanto que devem ter alguma razão. De fato, creio que seja possível escrever com propriedade e exatidão somente quando fazemos referência a experiências pessoais vivenciadas, vistas sempre com a ótica da verdade, do respeito e com a intenção de passar para frente algo que possa ser útil a alguém, nem que se trate de uma só pessoa. Não podemos segurar a informação, esta valiosíssima forma de energia.

Os olhares do mundo apontados para Roma
O foco da mídia continua sendo o Vaticano, com a posse do recém-eleito papa Francisco, argentino, de origem italiana, que tem pela frente uma enorme tarefa, a de reformar em profundidade a cúria romana, a estrutura que se tornou "terrena" demais... separar ainda o joio do trigo e aproximar-se dos fiéis de forma humilde, correta e sincera, se realmente quiser servir de exemplo a uma (todavia) maciça parcela de habitantes do Planeta. A mencionada opção pelos pobres merece todo o apoio e, quem sabe, ele possa representar a pedra milhar de uma profunda transformação da igreja católica neste novo tempo de transição planetária.

O ambiente em que vivemos nos modela, mas só por um tempo
Desde que vim ao mundo, a presença do papa foi muito forte em minha vida, seja pela imersão total no substrato religioso da Itália, seja pelo fervor da querida mãe, bem ao estilo italiano, que muito me queria ver num seminário. Mas houve outros episódios. Um desses, na realidade, foi um "não acontecimento", em 1958. Junto dos meninos de minha cidade já tinha feito as provas gerais na igreja dos Eremitani para receber o sacramento da crisma por parte do então cardeal de Veneza, Eugenio Roncalli. No entanto, o inesperado aconteceu: o papa Pio XII veio a falecer de repente e nosso Cardeal, que tanto esperávamos, foi chamado para o conclave em Roma... onde foi escolhido papa: o João XXIII. Um papa franciscano, filho de pobres camponeses, o 4° de 13 irmãos, que acompanhei a cada passo em sua trajetória, também graças ao meu pai, que pacientemente me explicava a atuação dele à frente da Igreja, sobre a importância do Concilio Ecumênico II, bem como suas valiosas virtudes: bondade, humildade, calor humano, bom humor, muita gentileza e compaixão, que faziam parte da sua personalidade. Il "Papa buono" (O papa bom) foi o um "revolucionário" que vivia no meio dos fiéis, que chegou a visitar a prisão de Roma ("Se os presos não podem vir até mim, eu vou até eles"), que tornou comunitária a igreja, com a missa rezada no idioma de cada país e com o celebrante de frente para os fiéis, que já sentiam João XXIII como um deles. Chorei quando ele veio a falecer em 1963 e alguns anos depois rezei emocionado sobre sua sepultura, nas grutas vaticanas, debaixo da catedral de São Pedro. Tinha se formado um vínculo, que continua vivo.

Um pouco de história pessoal, obviamente pouco conhecida
O sucessor de João, Paolo VI, era muito diferente do "papa bom"; introvertido, de origem nobre, frio, mais distante da massa... mas ele também acabou "entrando" em minha vida quando me casei, em Roma. No meio da cerimônia religiosa, o celebrante levantou um quadro, como que um grande diploma, com tanto de brasão, assinatura e selo papal. Era a bênção solene à nossa união, vinda do papa Paolo V! Aplausos entre os convidados, grande surpresa de minha parte e também da minha esposa. Presente de grego...
Alguns anos depois, em 1978, num quente e ensolarado domingo de Agosto, enquanto passava um fim de semana em Albano, nas colinas romanas, um sino começou a tocar sem parar com ritmo e intensidade que nunca antes havia escutado, vindo de Castel Gandolfo, onde Paulo VI estava descansando na residência de verão, a uns dois quilômetros dali. De repente, apareceu minha sogra emocionadíssima que, conhecedora da mensagem dos sinos, gritava sem parar: "Il papa é morto" (o papa morreu). Gente, por lá nestes momentos a comoção é muito grande, pois o papa é considerado como Deus na Terra, sendo uma presença constante na vida das pessoas. Está sempre sendo mostrado na TV, algo que por vezes lembra o culto à personalidade, típico, ainda hoje, de alguns governantes absolutistas.
Bom, o quadro com a assinatura do papa -que nunca penduramos na parede-, já tinha se perdido na mudança do Brasil e, acredite ou não, meu casamento acabou apenas um ano depois que o papa Woityla substituiu o anterior. A bênção devia ter vindo com data de vencimento...
A saudade do Brasil era imensa e voltei definitivamente para cá; mas, bem informado sobre os muitos assuntos nada espirituais do Vaticano e cansado de ouvir falar de culpa e pecado, acabei me afastando definitivamente da religião.

São Paulo, 1992
Numa tarde de Abril, senti uma forte necessidade de me retirar para meditar, técnica que praticava há seis anos, já assíduo frequentador de palestras e workshops do querido Wagner Borges. Obedeci ao chamado e entrei em um estado de relaxamento muito profundo, vivenciando momentos de arrebatamento belíssimos, inspiradores, bem como situações e episódios que quase podia "tocar com minhas mãos". Foi-me mostrado o caminho da evolução e da Unidade do Todo que está em tudo, a realidade da reencarnação: ora como princípio masculino, ora como feminino. Impressionava-me uma linha vertical, estática, espessa e nítida: a linha do tempo, imóvel; o agora, o eterno presente que impera sobre nossa vida, e mais o fluxo incessante de energia cada vez mais intensa mas sutil. Testemunhei a contribuição individual -única e essencial-, de amigos e conhecidos que, ao retornar à Fonte a deixavam ainda mais brilhante e pulsante. E havia uma locução de fundo, a voz nítida e inconfundível de um irmão de longa data: o "Papa bom" João XXIII, repetindo em português, suavemente e sem parar: "Somos Todos Um", "Somos Todos Um", "Somos Todos Um". Inesquecível.
Sei que nesse mesmo instante foi plantada a semente do STUM e nosso logotipo tenta lembrar, da melhor maneira possível, aquilo que me foi passado e o que vivenciei. Sete anos depois, em 1999, começamos a dar vida ao site que, até 2002, era "vida nova", mas com o Somos Todos Um bem em evidência no nosso símbolo.

As transformações interiores foram, e continuam sendo, profundas e permanentes; sempre tendo como base experiências diretas, atitudes conquistadas desconstruindo dogmas e conceitos obsoletos, somente Luz pura que liberta e afaga a Alma, a qual passa a viver em conexão direta e permanente com a Fonte, a maior parte do tempo em estado de graça. Os valores perenes e imutáveis são finalmente resgatados e passam a fazer parte essencial de nossa passagem pela Mãe Terra. Descobrimos ainda nossa linhagem divina e que não mais precisamos de intermediários, sejam eles padres, pastores, professores, gurus, amigos... todos eles são uma individualização divina, única, tanto quanto eu e Você...
Portanto, precisamos trilhar nosso caminho como seres livres, guiados por nossa consciência... e aprender a honrar e respeitar cada um deles, irmão que está lidando com uma missão específica, fazendo sua parte na imensa teia cósmica.
Em outra dimensão... que na realidade é aqui mesmo, basta aprendermos a entrar nela, somos todos um só.
E mais: somos o mesmo ser, o mesmo!

Um dia, ao nos reencontrarmos quando de volta pra Casa, descobriremos toda a abrangência do entrelaçamento de almas e situações que nos viu como protagonistas e ainda o que teremos realizado em prol do Todo com o imenso potencial de que dispomos... O poder da Intuição, do silêncio criativo, da telepatia, das infinitas técnicas bioenergéticas que nos abrem as portas a todo tipo de experiência e informação, só para citar alguns. Mas, por vezes, titubeamos em manifestar toda a força de que dispomos em nosso centro interior, a fim de sutilizar nossa essência para alcançar mais conhecimento e amor incondicional. Se este for seu caso, mais uma vez sugiro, humildemente, que encontre aquele apoio consistente nas "Cartas de Cristo", estupenda obra canalizada do Mestre (Completa de uma meditação poderosa) e também no "Codex", os princípios que regem o Novo Ciclo Planetário, canalização da Consciência Cósmica, comentada pelos Irmãos das Plêiades.
Estas obras de inestimável valor estão para download gratuito nestes links a seguir:
"As Cartas" e "O Codex".
E vamos em frente, com coragem e determinação, pois muito há por se fazer.

Por gentileza, faça sua parte divulgando o Codex, as Leis que balizam todos os aspectos inerentes ao Novo Ciclo, ajudando desta forma seus companheiros de jornada. O Universo inteiro agradece.

Na Luz e na Unidade do Todo que está em tudo!
Sergio - STUM
Agradeço aqui os queridos e pacientes Guias e mais a turma toda que permite que o site exista: Rodolfo, Sandra, Teresa, Marcos, Anderson, Ian, Lidiane... e Você!

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