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Alta Sensibilidade: de que se trata?

Autor: Rosalira dos Santos
Alta Sensibilidade: de que se trata?
Os seres humanos são seres sensíveis. Uns mais outros menos. De qualquer maneira as informações que captamos através dos nossos sentidos e as interpretações que construímos guiam nosso modo de estar no mundo. Então o que queremos dizer com a expressão “alta sensibilidade”? Quando falamos em uma “Pessoa Altamente Sensível” estamos nos referindo àquela parcela da população (cerca de 15 a 20%) que apresenta uma elevada responsividade do seu sistema neurossensorial. Sensibilidade nesse contexto significa maior receptividade à estimulação. O sistema nervoso das pessoas altamente sensíveis opera de forma distinta o que as torna particularmente susceptíveis tanto ao nível emocional quanto sensorial. Isso não significa que recebam mais informação que as outras pessoas, mas que esta informação é menos filtrada. Com isso muito mais detalhes são percebidos e processados. Por serem mais afetadas pelos estímulos sensoriais estas pessoas costumam apresentar uma sensibilidade acima da média a ruídos, cheiros, sabores, contato na pele e, mesmo aos estados emocionais dos outros, ainda que nem sempre estejam conscientes deste fato.

De acordo com a dra. Elaine Aron, a psicóloga norte-americana pioneira nos estudos sobre o tema, existem quatro características essenciais que nos permitem definir uma pessoa como altamente sensível: processar toda a informação de maneira profunda, facilidade para a sobre- estimulação, intensidade emocional e sensibilidade sensorial que lhe permite captar as sutilezas, tanto do meio ambiente quanto das outras pessoas. De uma maneira muito geral, poderíamos dizer que uma PAS (sigla para Pessoa Altamente Sensível) absorve bem mais informação que as demais pessoas, ficando facilmente sobrecarregada com este acúmulo. Em consequência costuma ser mais vulnerável ao stress, cansar-se mais depressa, ter mais dificuldades em estabelecer e manter seus limites, possuir um limiar mais baixo de tolerância à dor, entre outras características. Tudo isso pode levar a uma sensação de inadequação ou a sentimentos de inferioridade. E pode levar também a um reconhecimento das muitas qualidades outorgadas por esta característica. Como diz a Dra. Aron, a sensibilidade é uma característica neutra, comum não apenas entre os seres humanos como também em outras espécies. O modo como é socialmente interpretada irá influenciar (e muito) a autoimagem das pessoas altamente sensíveis. Acredito, porém, que tão (ou mais) forte que esta influência é o trabalho do próprio individuo e sua atitude proativa. Informação, autoconhecimento e respeito para com a própria sensibilidade, podem ajudar as pessoas altamente sensíveis a atuarem no mundo sentindo-se confortáveis com esta sua característica e compartilhando com os demais as muitas qualidades das quais são dotados. E você? Gostaria de saber a seu respeito. Você se reconhece nessa descrição? Ou a alguém próximo? Como a alta sensibilidade afeta a sua vida? Me escreva ou deixe seus comentários no blog.


Publicado em 14/07/2016


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