Na primeira vez em que ouvi estas palavras fiquei muito surpresa, pois com as dificuldades da vida, dos relacionamentos, era difícil perceber que as coisas dependiam do meu ponto de vista. Aliás, devo dizer que os Mestres da Fraternidade Branca sempre me surpreenderam com seus ensinamentos libertadores e sua maneira límpida e amorosa de ver a vida.
Os primeiros contatos que tive com os mestres aconteceram através do meu trabalho como Terapeuta de Vidas Passadas. Lembro-me muito bem que atendia uma moça com enormes dificuldades com sua mãe quando, pela primeira vez, Mestra Rowena se apresentou falando de amor e de perdão. Estava sentada ao lado da minha cliente fazendo meu trabalho, que consiste em captar a energia da pessoa e colocar em palavras tudo o que ela sente, quando sentimos um perfume de rosas invadir o ambiente e tudo se iluminou.
A sessão que havia começado com a captação de idéias e pensamentos ligados ao momento atual, e depois havia se aprofundado com as histórias de vidas passadas que geraram os traumas de minha cliente, de repente se transformou num momento de indescritível luz, repleto de sentimentos de amor e aceitação que passei a canalizar. Era mestra Rowena que nos ensinava!
“A minha presença é libertadora porque eu amo. O amor liberta, a visão amorosa liberta. Não vejam os problemas das pessoas como travas e impedimentos, vejam como oportunidades de aprender com os erros e se libertarem. Lembrem-se que o julgamento oprime, enquanto o amor liberta. A libertação kármica que você deve pedir é de você mesmo e das suas crenças limitantes. Liberte-se do seu medo. Liberte-se do seu julgamento. Liberte-se da sua angústia. Liberte-se desses olhos que olham o mundo e não enxergam a si mesmos. Por isso quando Cristo esteve na terra, em suas palavras, trouxe amor e libertação: ‘Eu Sou a Luz, Eu Sou a vida, Eu Sou o caminho até o Meu Pai’. É isso que vocês devem pensar todos os dias, porque cada um é a sua luz, cada um é o seu caminho e cada um encontrará a sua maneira pessoal de trilhar o seu encontro com o Divino”.
Rowena - mestra da Chama Rosa
Desde então os mestres que não haviam se identificado, passaram a mandar regularmente mensagens para meus clientes e a partir daí dei início ao trabalho de grupo para orientação espiritual como eles ordenaram.
Os mestres ascensionados com suas maravilhosas orientações fizeram uma profunda reforma na minha vida e nos meus conceitos sobre a existência humana. Eu os vejo como amorosos professores, amigos e terapeutas de nossas almas.
Ao longo dos anos, trabalhando como Terapeuta de Vidas Passadas, tendo como orientadores os mestres ascensionados, passei a perceber que muitas vezes fazemos análises precipitadas das coisas que acontecem e até mesmo das atitudes das pessoas à nossa volta. Descobri que todos achamos sempre que temos razão e que será muito difícil achar um ponto de coesão entre nós e alguma outra pessoa que não tenha sido criada de uma maneira semelhante à nossa, numa mesma cultura, com o mesmo tipo de pensamento dominante da nossa própria história. Claro que antes sempre achava que estava correta! Afinal, minha visão era o único lado da história que conhecia. Com os mestres ascensionados aprendi que a única forma de estabelecermos um real contato com as pessoas é vermos a vida sob a ótica do amor, é expandirmos nossa visão, é aceitarmos o outro...
O karma, no sentido pesado, que muita gente ainda enxerga nos coloca como prisioneiros das situações e das pessoas à nossa volta. Os mestres ascensionados, ao contrário, nos instruem que as lições e as pessoas estão no nosso caminho para nos ensinar a libertação. Sempre nos dizem que as pessoas mais próximas, nossos familiares e amigos, estão ligadas a nós pelo único laço que é o amor. Se ainda não sentimos o amor e estamos fixados na dor, é porque não expandimos nossa visão.
Como nos ensina esta mensagem da mestra Portia - Chama Violeta:
“Quem olhou as dobras do tecido não viu meu manto, viu apenas as dobras. Quem olhou as solas dos meus sapatos não viu os meus pés, viu apenas solas de sapatos. Assim são os olhos humanos, eles vêem aquilo que está ao seu alcance, eles entram em contato com aquilo que podem ver. O que estamos fazendo aqui com vocês, amados filhos, é o despertar espiritual para que possam ver com o coração, para que possam ver através dos olhos da alma. A alma de vocês não julga, não limita, não impede que as coisas aconteçam. A alma de vocês é livre, é sábia, pois é feita do elemento fluído da pureza divina. Estamos despertando em cada um de vocês o seu melhor, a sua maior luz, a sua melhor capacidade”.
Ver através do amor não significa que precisamos estar apaixonados por alguém para vermos o mundo como esta pessoa vê; aliás isso é bastante incomum, já que na maioria das vezes as pessoas se encontram nesta vida para “aparar arestas”. Devemos lembrar também que relacionamentos não vêm prontos. Como ensinam os mestres ascensionados, aprendemos com os nossos associados na vida, pais, filhos, amantes e amigos a abrir nossos horizontes e encontrar os pontos de conexão.
Recentemente num trabalho de Vidas Passadas com uma cliente, me deparei com o poder desta visão expandida e amorosa. Ela que havia reencontrado o pai de uma vida passada como novamente seu pai nesta encarnação, sofria da mesma dificuldade de relacionamento do passado. O pai era uma pessoa amarga, se sentia derrotado e passou esta desilusão para ela. Uma tristeza profunda pelo mundo não lhe dar aquilo que ele desejava receber...
A alma desta moça que nesta vida era estudante de teatro disse claramente: “Nesta vida resolvi ser atriz para ver a vida sob a ótica de uma outra pessoa. Vim para aprender a não julgar. Vim com o objetivo de aprender a respeitar o ponto de vista das outras pessoas, pois antes desta vida com este que é novamente meu pai, fui uma pessoa muito cruel nos meus julgamentos e afastei todos aqueles de quem gostava por cobrar dos outros a perfeição. Vim também aprender e praticar a tolerância e a paciência.”
Nem preciso dizer que esta moça passou por um processo de profunda libertação. O simples fato de entender o motivo deste pai cheio de tristezas interferindo constantemente na sua vida, a libertou da raiva e da tristeza que ela sentia em ter que conviver com ele. Ela passou a fixar sua mente em coisas mais positivas. Expliquei para ela que não podemos mudar ninguém, mas que somos livres para mudarmos a nossa maneira de ver a vida, e assim encararmos o mundo à nossa volta de uma maneira totalmente diferente.
Observo que quanto mais pacientes e tolerantes somos com as pessoas e com sua maneira de ver a vida, sem interferirmos nas escolhas alheias, mais livres e felizes nos tornamos. É assim que a ascensão espiritual chega até nossas vidas. Como os mestres ascensos ensinam, a nave de luz que irá nos libertar é a luz de nossa própria consciência expandida!
Texto revisado por Cris
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Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores. Me acompanhe no Twitter e Visite meu blog E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
