Dirijo-me especialmente a você que, apesar de ter algo a mostrar e a somar, insiste em se esconder, em ficar na sombra.
Por que só acreditamos piamente no que é negativo? Só damos crédito às piores críticas ao nosso respeito? Como a opinião descabida de outra pessoa a nosso respeito pode abalar o que, até então, considerávamos verdade?
São tantos os porquês sem nenhuma explicação que fica difícil elaborar uma resposta precisa para cada um. A grande verdade é que muitas vezes deixamos, na última posição, a opinião de quem mais deveria nos importar: a nossa! A nosso próprio respeito!
Ao invés de reforçarmos nossa auto-estima e intuição, nos entregamos às opiniões alheias. Quem num dia de frio vai tirar o casaco para lhe vestir? Qual dono de empresa, pela qual você veste a camisa, vai tirar a própria para lhe dar?
Não quero ser incrédula quanto à opinião das pessoas, mas quero reforçar que devemos colocar, em primeiro lugar, a consideração por nós mesmos. Devemos nos dar crédito, um voto de confiança.
Isso me remete à infância: na intenção de educar e moldar a sociedade, em termos do que é correto e aceitável, somos podados do impulso e da força interior impressos no nosso DNA. É perfeitamente razoável que a nossa conduta seja orientada, mas manter a nossa auto-estima num ponto cego, já é crueldade.
Podemos passar 1, 2, 3, 4, 1000 gerações ofuscando nosso brilho, repetindo velhas mentiras a nosso respeito e velhos comportamentos. Mas também podemos tirar o véu, enxergar o bom e arregaçar as mangas para conquistar nosso espaço. Às vezes, percorremos o caminho mais longo para voltarmos ao ponto de partida, nossas habilidades inatas:
- o garoto que não estudava e só pensava na bola, virou um atleta;
- a menina que vivia no jardim, virou paisagista;
- o garoto que desenhava roupas escondido, é estilista, hoje;
- a menina que se traduzia em letras no seu diário, é escritora, hoje.
Talvez esteja aí, bem dentro do seu ser, o seu verdadeiro talento, o que pode fazê-lo mais feliz. Mas preferimos, na maioria dos casos, dar muitas voltas, seguir o caminho que os outros escolheram para nós, para só depois de muito tempo, chegarmos à nossa essência. Ou mesmo, poderemos passar a vida inteira, efetivamente, sem nos encontrarmos intimamente.
Podemos vagar por esse mundão sem dono. Não, não me refiro ao mundo sem dono, mas a você que ainda não é dono do seu mundo! Será que nem de nós mesmos podemos tomar posse?
Será que não podemos ser mais generosos conosco mesmos? Temos sempre que nos sabotar?
Será que a modéstia nos impede de enxergar o que há de bom em nós? Ou é culpa da nossa boa educação que nos obriga a ceder a vez?
Isso pode mudar a qualquer hora, a qualquer tempo, nessa e em outras dimensões. Olhe para você com olhar crítico, mas ao mesmo tempo, terno. Olhe para si e descubra quem realmente é. A partir desse olhar poderemos enxergar, com mais nitidez, o nosso semelhante. Valide o que você e o que cada um tem de melhor. Certamente faremos desse mundo um lugar legal para se viver.
Você aceita ser feliz?
Texto revisado por Cris
Conteúdo desenvolvido pelo Autor Maria Cristina Gonçalves
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