Crescimento Espiritual

Autor Guilhermina Batista Cruz - [email protected]
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O crescimento espiritual, imprescindível à nossa evolução, é um processo de despertar interior e de desapego e por isso difícil de vivenciar, pois deixamos para trás muitas coisas que tínhamos como importantes e fundamentais em nossa vida material.

A abertura de visão para outras realidades, antes tão distantes de nossas aspirações, nos traz o medo de perdermos situações concretas com as quais nos sentíamos sintonizados, com a vida estruturada em bases sólidas e materiais e coisas que podíamos ou não fazer de acordo com nossa vontade, que tínhamos como “controlar” emocionalmente.

Além de recearmos as situações das quais não possuímos o conhecimento real, ficamos temerosos de enfrentar compromissos que nos desviem de nossa vivência material.
Queremos fazer alguma coisa em prol de nossa abertura espiritual, de nosso crescimento interior, mas, ao mesmo tempo, queremos nossa vidinha sossegada, rotineira, junto dos nossos entes queridos.

Mas, quando nossas necessidades espirituais alcançam um patamar mais elevado em relação às materiais, o crescimento espiritual de nosso ser é inadiável, pois, as situações que antes nos bastavam tornam-se insuficientes para nos proporcionar a alegria e realização a que aspiramos. Aí, queremos algo mais: queremos e almejamos que essas luzes propulsoras de nosso avanço espiritual nos preencham e guiem nossas vidas, impulsionando-nos para frente.

Tudo começa a se tornar compreensível para nós: as dores e lutas que antes víamos como fases más e que muitas vezes nos deixavam prostrados e sem esperança, adquirem, aos nossos olhos, outro significado, como o aprimoramento de nosso ser, deixando para trás pensamentos e ações arraigados nos costumes que nos faziam girar, exclusivamente, em torno de nosso interesse e bem-estar material.

A percepção das coisas muda de sentido e vemos a necessidade de promovermos uma faxina mental através do desapego de coisas e de pessoas, de ações e de sentimentos.

Muita gente acha difícil o crescimento porque supõe que vamos mudar radicalmente, desfazendo-nos de tudo a que temos direito. Mas, a principal mudança a ser introduzida em nossa vida, será o modo diferente de nos situarmos em relação aos problemas.

A vida é para ser vivida em sua plenitude. Não vamos ficar fechados em casa achando que devemos ter postura rígida e severa com as coisas materiais.

Iniciemos o desapego, principalmente, em nossa rotina material encarando-a não como a mais importante, mas sim, valorizando os ensinamentos que os acontecimentos bons ou ruins de nossa vida nos trouxeram e ainda trarão.

Com a sintonia espiritual em outro patamar enfrentaremos melhor as situações da vida, como por exemplo, a perda de alguém querido, as frustrações, o medo de alguma coisa ou de algum imprevisto que possa nos atingir.

Perderemos o receio de nos mostrarmos como somos realmente e vamos nos desfazendo das máscaras que, durante tanto tempo, carregamos por não estarmos ainda na sintonia do nosso eu verdadeiro.

Aquele medo do que pensem da gente se fizermos ou agirmos de determinado modo, vai perdendo a força. Nós já superamos o medo do “julgamento” dos outros tão comum em nossas vidas e que nos tolhem tanto nas ações para o bem.

As coisas puramente materiais vão perdendo o valor como coisas fundamentais em nossas vidas e, ao nos desapegarmos, vamos jogando fora muitas limitações e, assim, nos sentiremos mais leves, pois já não carregaremos tantas máscaras.

O crescimento não quer dizer isolar-se como seres “especiais” que, por visualizarem realidades mais abrangentes, não se sentem mais dispostos a vivenciarem as coisas comuns da vida material.

O nosso crescimento se fortalece é na luta diária, enfrentando nossos fantasmas, medos, idéias arraigadas, pensamentos restritos e, assim, aprendemos a sair mais fortes de frustrações e de perdas.

Quando chegamos a esse patamar que é o despertar, vemos que os sentimentos negativos já não se demoram tanto em nosso ser e que, sem os escolhos do orgulho, da inveja e do personalismo, nos sentiremos mais fortes e felizes interiormente.

Quando alcançarmos tal nível de crescimento gozaremos, realmente, de uma felicidade que não se confunde com aquela felicidade fugaz e dependente de coisas materiais.

Sentiremos a felicidade pelo simples fato de estarmos conscientes do nosso despertar. Compreenderemos assim, que as experiências da vida são preparações para níveis mais elevados de consciência e, então, veremos realmente, que estamos avançando cada vez mais ao encontro de nosso destino final que é a perfeição de nosso ser.

Paz e luz a todos!

Texto revisado por Cris



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