Perda dos Entes Queridos - Parte 2

Perda dos Entes Queridos - Parte 2
Autor Guilhermina Batista Cruz - [email protected]
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A adaptação em maior ou menor tempo para os espíritos, depende da evolução ou do conhecimento que tenham tido das realidades espirituais, pois aquele que em vida já tenha se libertado de muitos “apegos” da matéria, conseguirá uma adaptação e um despertar mais rápido do que aquele que vivia preso às coisas materiais e sem o conhecimento da realidade espiritual.

De qualquer forma, o que proporcionará realmente uma lucidez rápida a todos é o dever cumprido, é saber que procurou ou tentou fazer alguma coisa e o que fizemos de útil em favor do próximo e do mundo onde passamos nossa existência como encarnados.

Quando os desencarnados despertam realmente, ficam surpresos com as “novas coisas“ desse mundo onde recomeçam daí por diante sua caminhada. Então, ainda se adaptando ao mundo em que para alguns era improvável existir e sem o corpo físico para a perfeita comunicação de suas idéias, sentem-se perdidos e não sabem como poderão se comunicar adequadamente com seus familiares para dizer-lhes que continuam mais “vivos” do que nunca.

As primeiras comunicações de quase todos os espíritos desencarnados requerem sempre a ajuda de um amigo que os acompanhe no mundo espiritual. Muitas vezes, esses amigos é que os ajudam com as palavras a serem transmitidas aos seus familiares.

Muitos deles podem se sentir fracos e requerem todo o amparo dos amigos para seu intento. A vibração material também se torna um incômodo para eles, pois ao contato com ela, as emoções que, até então se encontravam num estado mais equilibrado, sofrem a influência do ambiente. Por isso é necessário um médium equilibrado para que a transmissão possa ocorrer sem problemas; é preciso todo cuidado, principalmente se as comunicações se processam através da psicofonia, que é a mediunidade da fala ou, como é comumente denominada, da incorporação, onde o médium chega às vezes a sentir com bastante intensidade dores e sensações “físicas” experimentadas pelos espíritos.

Para ilustrar sobre o processo de desencarne, transcreverei alguns trechos do livro “O Mundo Que Eu Encontrei”, psicografia do espírito Luiz Sérgio, captada por Alayde de Assunção e Silva, que nos oferece um exemplo de como o desencarnado enfrenta a entrada no mundo espiritual e a necessidade que sente de se comunicar com seus familiares.

“Luiz Sérgio nasceu no Rio de Janeiro em 17 de novembro de 1949 e em 1960, transferiu-se com seus familiares para Brasília. Desencarnou num desastre de automóvel quando de regresso de uma viagem que fizera a São Paulo para assistir a primeira corrida de Fórmula 1 no autódromo de Interlagos.
Na época de seu desencarne ele estava com 23 anos. Seus pais procuravam por consolo e conformação com sua partida repentina, até que, quatro meses após seu desencarne , receberam a primeira mensagem dele através da psicografia de Alayde de Assunção, que era prima em segundo grau de Luiz Sérgio.
Daí por diante ele enviou várias outras mensagens que os pais transformaram em livros, que atualmente servem não só de consolo como de orientação sobre vários assuntos de interesse de todos, com a visão lúcida e sincera das narrativas de Luiz Sérgio sobre seu trabalho no mundo espiritual.”

No início do livro os pais de Luiz Sérgio deixam uma mensagem sobre sua perda com o seguinte teor:
“Nossa história não é diferente das de quantos têm perdido seus entes queridos, seja de forma violenta, seja após um curto ou longo processo de doença. Nós os amamos e o maior sofrimento que se segue ao acontecido resume-se no fato de acharmos que os perdemos para sempre, que nunca mais os teremos de volta. A nossa vida sem eles passa a ser um vazio, uma lacuna que não sabemos como preencher. Se temos uma formação religiosa, voltamo-nos para as orações, procurando amenizar nossa dor, sem chegarmos, porém, a compreender os desígnios do alto. O tempo, pouco a pouco, vai cicatrizando a ferida e projetando novas esperanças no longo e penoso caminho que temos a percorrer.
No nosso caso, Deus reservou-nos o filho mais novo como alimento dessas esperanças e fez revigorar a nossa fé com o dealbar de um novo dia, quando recebemos a primeira mensagem daquele que havíamos perdido quatro meses antes. Tivemos a perfeita sensação de sua presença e suas palavras ressoaram nítidas, como se ele próprio ali estivesse contando tudo aquilo. Outras mensagens vieram, complementando a primeira, trazendo a narração de sua vida no mundo que ele encontrou.”
Parte 3

Texto revisado por Cris

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