Perda dos Entes Queridos - Parte 3

 Perda dos Entes Queridos - Parte 3
Autor Guilhermina Batista Cruz - [email protected]
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Trechos das mensagens de Luiz Sérgio sobre sua desencarnação e sobre o “mundo” que encontrou:

“Veja você que só agora pude vir a escrever e dar notícias daqui. Ainda estou meio embaraçado com a nova vida. Tudo mudou; o que já não era voltou a ser e o que era já não é mais, ainda vai ser. Compreendeu?"

"É difícil para a gente se adaptar. Mas já consegui muita coisa. Estou aqui para dar notícias. Estive na casa da Valquíria, mas ela não me percebeu e não tive como fazer-me notar. Lembrei-me de que você era espírita e que podia me entender. É bom a gente poder comunicar-se com os vivos. Lembra-se muita coisa. Eu já pude comunicar-me com os meus pais através de pessoas que são como você.
Hoje, já não tenho mais medo de atrapalhar-me, porque entendi que tudo não passou de uma transformação e que o choque sofrido não podia ter conseqüência grave para mim, porque ele foi físico. Eu agora não tenho mais corpo físico, mais ainda tenho corpo. Interessante observar as propriedades deste corpo. São inteiramente diversas, no campo físico, das que tinha antes. Se dois corpos não podiam ocupar o mesmo espaço, agora podem, já que eu posso me incorporar em "massa física".”

“(...) Não é fácil a gente se acostumar com o novo corpo. Novo é a maneira de dizer, porque eu já o possuía em estado latente. Assim que fiquei sem o corpo físico ele se formou sobre o molde mental. É um fato que precisamos dar a conhecer aos outros. Como ninguém percebe que isto acontece? Estuda-se tanto e no fim morre-se ignorando as coisas principais...”

“(...) Imagine que quando morri, logo levantei-me e pensei que tinha acordado de um desmaio. Não me ocorreu olhar para trás e ver meu corpo estendido. Procurei os outros e, quando vi meu companheiro ferido, quis buscar socorro. Corri para minha casa, depois em busca dos colegas e só muito depois entendi que já não era mais ouvido e que tinha morrido. Creio que tive um choque pensando em minha mãe. Foi pena, porque ela sofreu muito e ainda sofre.”

”Entretanto, fiz tudo o que eu podia para dizer-lhe que eu estava vivo. A vibração de minha palavra não se transmitia pelo ar pesado, mas por outro ar mais leve que entremeia a atmosfera, porém os ouvidos do corpo não acusam recebimento. Ela não consegue atuar nos nervos ou no aparelho auditivo do corpo físico. Depois eu entendi tudo isso. É como se houvesse uma duplicata do mundo, feita de material menos denso, mais leve, ou, talvez, uma outra forma de matéria. Ainda não sei muito bem. Já fiz muitas observações com pessoas mais cultas que me podem explicar melhor. Logo compreendi como podia comunicar-me com certas pessoas que conseguem entender o pensamento. Você deve saber que eu não estou escrevendo naturalmente. Eu me liguei ao seu cérebro e atuo sua mão como se fosse escrever. Imagino todas as letras e você as escreve. Muito interessante mesmo. Creio que é mais fácil do que se eu próprio escrevesse.”

“Nada deixei no plano físico que me fizesse falta aqui, porque possuo tudo aquilo de que preciso. Encontrei amigos, parentes e outras pessoas que diziam conhecer-me, mas eu não lembro delas. Acordo de manhã com o sol e me deito à noite com a escuridão. Vejo o luar. E também há água! Um pouco diferente, porque é mais leve. É suave ao tomarmos. Não sei se a constituição dela é H2O. Aliás, nem sei se respiro oxigênio.”

“Quantas vezes desejaríamos deixar uma informação oportuna aos entes queridos que estão na Terra, ainda encarnados, e não encontramos meios de o fazer. A intuição simples nem sempre é assimilada, pois normalmente habitual aos encarnados é que lutem pelo que na sociedade é considerado importante adquirir. Como nem sempre a estrutura espiritual dos níveis das criaturas se mede com os mesmos pesos que os da sociedade, não há assimilação possível, se faltar o alerta espiritual sob a forma de educação nesse sentido. É preciso que todos nós nos enfronhemos nas verdades eternas daquilo que em nós é eterno – o ESPÍRITO.”

“Cada pessoa enfrenta a "morte" de maneira diferente. Porém, as fases são quase as mesmas para todos. Segundo nosso mentor, há os que são apressados, impacientes, que querem livrar-se logo do sofrimento físico e acabam carregando consigo muita mácula para expurgar depois. Há os que são por demais agarrados ao plano físico e tentam ludibriar os encarregados da operação, para permanecerem mais algum tempo no corpo. Estes têm sofrimento mais longo e também saem desiludidos, sem esperança e realmente cansados. Como se retiram com revolta, porque desejam ficar, então, sofrem duplamente. Há os que são expelidos do corpo porque este, de repente, deixou de ter condições de servi-los, como aconteceu comigo, que não me apercebi, naquele momento, que havia desencarnado.”

“Quando desencarnei, não notei de pronto que já era só espírito, tal a realidade absoluta de tudo o que me rodeava. Apenas não podia fazer-me entender pelos encarnados. Foi essa a primeira coisa que me fez pensar na hipótese de ser espírito.”

“Quando desencarnei, não pensei em nada além ou diferente da idéia dominante de avisar aos meus o que havia acontecido. Depois que desconfiei que desencarnara, então, perturbei-me um pouco, mas havia tanto o que fazer que não pude parar para pensar. Quando parei, aí comecei a me sentir atordoado e cambaleante. Pensei em Deus, em Espíritos Protetores e mentalizei um pedido de socorro. Imediatamente me senti amparado por dois irmãos que vieram, não sei de onde, e que me conduziram para um justo repouso. Se eu não tivesse rogado a proteção divina, não teria conseguido tão rapidamente o auxílio de que necessitava. Ter-me-ia privado desse grande benefício. Quando se é acudido logo, sofre-se menos. As impressões do corpo demoram a desaparecer e nem sempre conseguimos."

“(...) Minha grande preocupação é fazer vocês todos crerem na continuação da vida depois do desaparecimento do corpo. Isso é de uma importância inimaginável. Se pudéssemos avaliar a necessidade que temos de compreender a eternidade de nosso espírito e a realidade da vida espiritual estaríamos contribuindo grandemente para maiores facilidades de adaptação ao Plano em que agora vivo.”


Enfim, estejamos certos que nossos entes amados prosseguem sua caminhada na dimensão em que ora se encontram e só esperam de todos a compreensão e o carinho para seu fortalecimento. E que, quando possível, haverão de nos dar alguma notícia, mesmo que em sonhos; e quando a saudade apertar, através da prece poderemos enviar-lhes bálsamos de amor que muito os beneficiarão.

Paz e luz a todos!

Texto revisado por Cris

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