Fernando Tibiriçá: A força de um filho

Em dezembro de 2002, entrei em meu quarto e encontrei um bilhete, escrito a mão, redigido por meu único filho, Rodrigo, que de forma irônica e conservadora nas palavras e termos usados, expressava seus sentimentos como se dirigisse, às vezes, a uma terceira pessoa. Fiquei surpreso pois, ele havia ido viajar e eu passara uns dias fora. Li e me emocionei. Naquele momento, eu recebia um elogio em forma de incentivo para, sempre, buscar os meus objetivos com otimismo. Hoje,o bilhete faz parte das coisas queridas que se encontram em meu canto de orações. Tenho reavaliado minha vida, fazendo reflexões e cada vez mais convicto em ir para a Caxemira (na Índia, fronteira com o Paquistão) procurar o túmulo de Jesus Cristo, numa terra comprometida com o hinduismo e o islamismo, e constantes conflitos armados entre os dois países. Meu filho não quer que eu vá, receando pela minha integridade mas,dentro de mim está havendo um processo de ebulição e encantamento pelo desafio do aprendizado e descobertas que virão. A seguir o bilhete que me encheu de alegria e é uma vitamina de amor. Talvez um obstáculo para a minha peregrinação ou uma mensagem de ânimo para a viagem...
“No milênio passado nasceu um indíviduo com o nome de batismo Fernando, mas nomes são só nomes, vou atrás de um apelido para ele. Para achar um epíteto que tenha relevância, não me atrelarei às qualidades fisicas de Fernando, nem aos momentos de júbilo em sua vida, pois é fácil dar alcunha nas fases de regozijo. Focarei nas épocas ditas ruins. São nestes períodos que o ser humano mostra quem realmente ele é. Vou me prender às etapas de vicissitudes desagradáveis, aquelas que geram um travo na boca, estágio de mudanças indesejáveis que todo ser humano sofre. Fernando teve grandes problemas de saúde, graves desilusões amorosas, dificuldades no campo profissional e etc... Fatos que o reduziram a poeira, coisas de paradigma comum não resistiriam. Está aí a diferença, pessoas de padrão comum, este não é o caso de Fernando. Das cinzas ele se transforma para um ser mais iluminado do que era antes do choque sofrido. Enquanto outros continuariam pó, a força interior de Fernando é tão grande que a situação se modifica trazendo novamente o vento do prodígio, diminuindo os grandes problemas, reduzindo-os à condição de ínfimos. Sempre Fernando, após virar poeira, se transmuta em anjo e assim sucessivamente. Espero atingir este patamar um dia. Opa! Mencionei anjo acima, anjo e’ alado, das cinzas virar anjo, achei seu apelido: Fernando/Phoenix, sim é meio brega mas retrata a verdade demonstrando o pendor de Fernando-superar as dificuldades que, para ele nunca são impossiveis. Doravante é melhor se espelhar em Fernando/Phoenix deixando fulgurar a luz em você. Pare de ser pó, vire anjo após as dificuldades. Cresça e evolua para ter asas e brilhar voando. Não deixe que as obrigações diárias obliterem esta história, nem que os metidos a ladinos consigam distorcer o que aqui foi dito usando sua fraca e duvidosa esperteza. Com Fernando/Phoenix vimos que a transformação sempre acontece quando acreditamos nela de coração. Lembre-se, situações ruins podem estrolar nosso físico, enfraquecer nossa mente, arrefecer a alma, mas nunca podem nos derrotar.
Como? Copie Fernando/Phoenix” ...
A compreensão de um filho é mais que um abraço e um beijo de amor. É a vida que você fez nascer retornando em dobro...

Autor Fernando Tibiriçá
Pude informar e amenizar leitores que buscam o comentário preciso e um agrado para sua alma. Por isso sinto-me feliz...
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