Na busca do autoconhecimento

Na busca do autoconhecimento
Autor Maria Hortencia Mendes de Sousa - [email protected]
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A busca do autoconhecimento para vivermos melhor e promovermos também uma vida melhor para aquelas pessoas que estão ao nosso redor, tem sido um desejo constante de todo ser humano, chegando às vezes a ser frenética.

O desabrochar do novo milênio, com tantos avanços em todas as áreas humanas, tanto na tecnologia, na robótica, como nas ciências físicas e biológicas, ao invés de nos ajudar a nos encontrar e encontrar as outras pessoas, parece que ficamos mais distantes de nós mesmos, de nossos sentimentos, de nossos sonhos, vontades e desejos.

Quantas teorias a respeito do autoconhecimento já foram escritas por esse mundo afora? Quantos livros, brochuras, textos, ensaios, teses e tudo mais? Mas o ser humano continua no marco zero do autoconhecimento. Freud em suas teorias disse que quem comanda nossas ações é nosso inconsciente; isso quer dizer que nem mesmo sabemos o que estamos fazendo? Ou mesmo o que queremos?

Como nos conhecermos, então, se a maioria das respostas nós não temos? Como promover um real conhecimento de nós, seres humanos, se nem mesmo sabemos de onde viemos? Para onde vamos? O que motiva nossos medos? Nossa intuição? Junto a tudo isso, a distância que sentimos de nossos ancestrais; quem foram? Onde estão? Que relações podemos manter com esses seres que nos formaram e nos formam ainda?

Essas questões todas têm permeado meu viver que já foi por demais político e engajado nas lutas sociais. Mas hoje, perguntas simples e incríveis me assaltam, me desnudando toda acerca de mim mesma. Tudo que fiz, que quis, que gostei, que sofri, por mim e pelas outras pessoas em nome da construção de um mundo novo, valeu à pena? Realmente ajudei a construir um mundo novo? Toda a acelerada corrida política pela construção de alternativas para nosso país: era isso mesmo o que eu queria e procurava? Porque, então, me sinto tão distante disso tudo? Como se algo me chamasse incessantemente para outra relação completamente diferente, infinitamente diferente.

Sei, hoje, que nosso autoconhecimento pode vir através de outra pessoa. No meu caso, penso que minha mãe me ajuda a me conhecer melhor, pois depois de sua morte passei a olhar a vida com outros olhos, ter outras necessidades, ter mais simplicidade no meu comportamento; passei a conversar com as plantas que eram delas, ajudá-las a viver; durante muito tempo sonhei com ela, como se conversássemos como dantes, ela sempre tentando me passar lições que geralmente não entendia e não entendo de todo agora.

Começo a entender através dela, que posso estar indo sempre no caminho contrário do que eu busco realmente, buscando as coisas de que necessito para ser feliz e fazer outras pessoas felizes sempre em lugares e situações onde não estão.

Apesar de minha mãe ter sofrido muito aqui na terra, tenho cada vez mais certeza de que ela é um espírito de luz e que está muito bem agora e essa certeza me desperta um sentimento de pertencer bem maior do que quando estava aqui; ao mesmo tempo tenho um sentimento de não merecer. É através desse sentimento que sinto que posso começar a me conhecer mais e melhor.

O espaço deixado por minha mãe na minha vida, não foi opcupado por nada nem por ninguém. Sinto que é uma necessidade cósmica que este espaço fique em aberto para que algo ocorra aqui, nessa linha que ainda está estabelecida entre nós. É uma linha espiritual que se consolidou depois de sua morte. Sinto que ela precisa e quer fazer algo através de mim e para tanto, necessito me interiorizar mais, deixar meus desejos, anseios, esperanças e sonhos estritamente materiais e pessoais para depois e me aventurar em me conhecer melhor e verdadeiramente.

Mas as questões persistem: isso é realmente promover o autoconhecimento? Temos como energizar essa linha espiritual para essa promoção? Realmente não sei, mas penso que tudo isso pode ser a verdade; minha mãe quer agir através de mim, mas eu sou o problema; não consigo ser maleável, pura, simples para que ela consiga fazer-se sentir e passar suas mensagens. Preciso ser um canal mas não sei como realizar essa tarefa; só sei que preciso realizar em mim um autoconhecimento verdadeiro para que essa energia se fortaleça.

Conhecer, então, o STUM me ajudou a entender que essa necessidade não é pura imaginação minha, pois existem outras pessoas nessa busca. As idas e vindas dos sentimentos, dos propósitos, às vezes, podem nos esmorecer, mas não podemos. Sempre, enquanto estivermos aqui na terra, será tempo de recomeço, de animação para a busca do verdadeiro conhecimento, do conhecimento da Verdade! E conhecermos a nós mesmos faz parte dessa Verdade.


Texto revisado por Cris


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