Síndrome do Pânico

Autor Marcia Regina Aurichio - [email protected]
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Quem é que já não ouviu que o mundo hoje está tão diferente do que era alguns anos atrás?
Que parece que a velocidade das coisas e acontecimentos são mais rápidos  e que o tempo já não dá mais para nada?Ainda mais nos dias de hoje que temos tantas facilidades ao nosso dispor e que ao invés de ficarmos mais ociosos estamos mais atolados?
Falas e mais falas como estas são os lugares comuns.

Pessoas com mais de 30 vivem esta realidade e mais jovens já pelo menos ouviram de alguém, pelo menos expressões com significados semelhantes.

Pois bem, este é o nosso lugar comum  na atualidade,  é o que percebemos através de falas similares; é  (são) a (s) referência(s) em constante modificação
Estamos hoje num mundo em que valores estão de ponta cabeça; ou seja a pirâmide está invertida;o que é ético, correto, sceitávell, bom, normal etc e tal?. Verifica-se a perda de noção de tais atributos
Tudo isto reflete a instabilidade e a maneira pelo qual os nossos parâmetros cada vez mais e mais são colocados em cheque , e por isto necessitam que o individuo seja dotado de segurança e firmeza pessoais,  além do que flexibilidade, para saber se adaptar ao que seja melhor para ele essencialmente e principalmente abrir mão daquilo que já não diz mais respeito a sua verdadeira natureza.

Neste processo de extrema subjetividade se deparar com uma realidade objetiva que está num transito violento e acelerada é tarefa heróica manter-se em equilibrio, apto para lidar pelo menos razoavelmente com as demandas "impostas", pelos diversos tipos de papeis que vivenciamos e vivemos

Dá para imaginar, se retratando,  neste pequeno tempo de leitura, qual o nível de stress, leia-se estado de alerta, a que estamos submetidos?

É exatamente neste contexto  com tanta quebra de parâmetros,   e extrema solicitação  do meio, que nos deparamos com a falta do nosso centro, a edificação dos nossos valores essenciais, que olhamos e começamos a sentir o NOSSO VERDADEIRO ABANDONO EXISTENCIAL.

É um sentimento de vazio, de inutilidade, de quem eu sou, de como efetivamente somos significativos  e realmente importantes para pessoas também significativas para nós.

Bem este caos quando é pressentido, é praticamente reprimido e ai uma forma de sair deste processo e se preencher com mais e mais coisas, e prontamente, saímos do estado de SER, para TER, numa busca frenética, como uma forma de compensar e de até super compensar  algo pressentido e vivenciado; O VAZIO, O ABANDONO EXISTENCIAL!, ele se revela primeiramente neste auto- abandono!!!
E aí invariavelmente este círculo vicioso se instala.

Busca-se então preenche-lo na busca desenfreada de consumo, na identificação e inclusão nas ditas tribos, dai a bagunça entre auto imagem, e da imagem esperada para ser "aceito" na tribo em questão.

O que se vê de tudo; pessoas recorrendo cada vez mais a  cirurgias plásticas ficando até deformadas,   o uso recorrente de tatuagens, como uma forma consciente e ou inconsciente de se revelar pertencente a uma "tribo". Constatamos ainda que as pessoas estão se identificando mais e mais com os modismos, sem terem praticamente o perfil natural ;sua natureza essencial, para esta demarcação.

Enfim vemos e sentimos um grande numero de pessoas perdidas dentro de si mesmas, com falta de identidade, de tanto  quererem  existir e se definir a partir dos valores externos

Quais outros mecanismos, para esta adaptação? Os prozacs da vida, os tarjas pretas etc e tal.

Nunca foi tão fácil a felicidade estar ao nosso alcance; na prateleira do armário do banheiro, da cômoda ou em qualquer lugar de pronta " entrega", pronta dopagem!!!

Bem neste quadro, por mais que tentemos nos preencher, o nosso corpo e mente, que não mentem, e nem deixam que mintam por eles, nos derrama e  nos inunda de uma quantidade enorme de informações, vias sensações , dores, desconfortos. Toda esta gama de experiência é para levar-nos a nossa reorganização, e compreensão dos nossos valores Essenciais

Esta sensações, são inerentes ao padrão de alerta do corpo, pois ele se  se sente e se encontra ameaçado.Para compensar tanta ameaça e descontrole internos,  é necessário se perder em excessos de esíimulos, como uma forma de esvaziamento daquilo que está dentro da gente e incomoda ficando por isto, tudo e todos no lugar comum num  ciclo vicioso e viciado, sim pq a maior parte das pessoas para se manterem protegidas se viciam nesta estrutura.

Isto justifica a necessidade de tantos e tantos aditivos na vida das pessoas. Excesso de estímulos, comunicações, remédios, drogas, e atividades Até mesmo a maneira pela qual o indivíduo se locomove.Tende na maioria das vezes ir de encontro a grandes congestionamentos e aglomerados, perdendo demasiadamente seu tempo nestes movimentos, como uma forma inconsciente de manter o seu status quo.

 

Tanta perdição externa  revelando o estar perdido interno!E, neste quadro, quanto mais o individuo foge e foge, ele vai desenvolvendo sintomas físicos e emocionais que revelam sua profunda instabilidade e desarmonia; suores frios, insônia, irritabilidade, tremores, sensações de ameaça, para depois se desenvolverem em medos generalizados e fobias, ou seja o individuo está tão ameaçado , que seu corpo fica inundado de adrenalina, estando sempre pronto para fugir, tamanho o medo de ficar e ser presa, de algo imaginário que é e será projetado em  medos infundados e fobias.

Seu plano mental fica instável, perda de foco e  de atenção, buscando  e arquitetando as vezes saída de fuga da situação em desconforto, ou mesmo, imaginado situações de opressão perda e terror, como um próprio labirinto Heis sua confinação

Neste instante de tanto  ter fugido, tudo o que se fugiu vem à tona. levando o individuo a realizar sua impotência, insatisfação, e abandono.

O que fazer?
Bem temos que fazer as pazes conosco mesmo, primeiramente aceitando que a fuga externa só alimenta os sintomas em nós,  entendermos como funcionamos, como  e aonde e porque nos distanciamos de nós mesmos, e qual o caminho de a partir desta experiência traumática criarmos uma ponte do nosso inconsciente para nossa consciência

Digo que esta experiência é como uma escada majírus que se estendeu do inconsciente profundo para a consciência, através da qual os diversos elementos da nossa estrutura psíquica estão disponíveis abruptamente , para  através de uma percepção elaboração os integrarmos à nossa consciência e assim desenvolvermos nosso poder pessoal, NOSSA CONSCIÊNCIA Individual e mocional, física, mental espiritual e energética

E, nesta jornada, o pânico originado do abandono existencial, nos leva a construir a um sentimento maior de plenitude e pertencimento pessoal., e ai sim podemos dizer que  somos diferentes, pq a diferença se edificou dentro de nós.




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Conteúdo desenvolvido por: Marcia Regina Aurichio   
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