Iniciando o Despertar

Autor Guilhermina Batista Cruz - [email protected]
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A Terra é uma escola importante para nosso aprimoramento como um ser integral, pois aqui é onde desenvolvemos o aprendizado essencial em busca de nossa evolução espiritual. Estamos aqui matriculados para que aprendamos a viver e a conviver com nosso próximo e para que iniciemos o despertar de sentimentos puros e verdadeiros, com a finalidade de expurgarmos de nosso ser ações equivocadas ou menos dignas que tenhamos praticado em encarnações anteriores.

Mas quando retornamos para a vida material, esquecidos de nosso passado, renascemos, geralmente, em meio àqueles a quem prejudicamos ou a quem nos dispusemos a ajudar, retornando ao convívio deles como pais, irmãos, marido, mulher, filhos, amigos ou conhecidos; e aí, quando nos defrontamos com nossos ”desafetos” passados, sentimos despontar em nosso ser as antipatias e aversões que, aparentemente, não achamos motivo algum para existirem mas que representam um chamamento para iniciarmos um processo de ajuste em relação a eles ou mesmo para que participemos ou os ajudemos em seu processo de reajuste às leis divinas.

O aprendizado em relação à mudança de sentimentos é um dos mais difíceis e exige de nós muita persistência e força de vontade para que possa efetivar-se. Precisamos estudar e nos esforçarmos bastante para que passemos de ano na escola da vida, sem ficarmos eternamente em recuperação pois, na escola terrena, só aprenderemos realmente a lição quando nos dedicarmos com afinco a ela. O aprendizado nos vem através de dificuldades e problemas mil, a testar nossa resistência e fé e, pelo modo como os encararmos e procurarmos debelá-los, é que nos sentiremos vitoriosos ou fracassados.

As dificuldades fazem parte, como aprendizes que ainda somos, de nossa escalada evolutiva e quando estivermos num nível espiritual mais depurado, certamente enfrentaremos melhor, com mais disposição e fortaleza moral, os sofrimentos da vida. Como ainda somos iniciantes no aprendizado estamos, pouco a pouco, aprendendo a despertar e implantar o gérmen bendito do amor em nossos corações.

O maior exemplo a seguirmos para nossa caminhada nos foi dado pelo Mestre Jesus que, com seus atos de humildade e amor, deixou-nos um legado imperecível de nobres e puros sentimentos, que nos apontam o caminho a trilharmos em busca de nossa evolução espiritual. Jesus Cristo conviveu no seio de pessoas rudes e não perdeu tempo em contendas inúteis com elas; antes, procurou entendê-las e amá-las ternamente, doando todo amor de que dispunha seu ser elevado em prol do esclarecimento de seus espíritos, ainda ignorantes, com paciência e compreensão.

O caminho de nosso aprendizado aqui na terra pode ser medido, então, por meio da distância que separa nosso modo de ser atual do exemplo que Jesus nos legou, com seu amor e compreensão. Espelhando-nos no exemplo do Cristo é que teremos a real percepção do caminho que ainda teremos que percorrer para que possamos lograr nosso intento.

Perdemos, muitas vezes, um tempo apreciável em nosso aprendizado, porque nos distanciamos dos verdadeiros anseios de nosso espírito e nos entregamos inteiramente às sensações de satisfação material e ao domínio absoluto de nosso ego. Então, para que não estanquemos indefinidamente nossa marcha, surgem os “corretivos” indispensáveis para que despertemos de nossa letargia espiritual e possamos dar valor às coisas essenciais e imperecíveis para nosso espírito.

As dificuldades e sofrimentos são os instrumentos que nos desviam de nosso comodismo e nos alertam de que precisamos fortalecer nosso ser adquirindo resignação, coragem, fé, paciência e humildade e, também, para que resgatemos valores essenciais que nos despertarão para nossa verdadeira essência, para nosso manancial interior de luz e amor, dádiva divina em nossa caminhada a nos abençoar e fortalecer para a vida.

Muitas pessoas bradam contra seus sofrimentos mas, se fizessem uma reflexão séria sobre os mesmos, veriam que uma grande parte deles advém do modo como encaram e valorizam os acontecimentos materiais, de como relutam em abandonar o que lhes prejudica a vida, por comodismo e medo de perdê-los e de como os sentimentos como orgulho, preconceito, egoísmo e indiferença dominam seus corações e, ainda, pela relutância em desapegar-se de relações que já findaram, da falta de fé e de paciência em esperar aquilo que almejam para si, seja lá o que for: um trabalho, uma relação estável, uma saúde perfeita e tantas outras coisas.

Existem os que reclamam de enfermidades mas não cuidam do próprio corpo, não valorizam os cuidados e prevenções que devemos ter em relação a ele; têm vida desregrada no tocante à alimentação e, muitas vezes, não se libertam de vícios nocivos à saúde. Quando o resultado de sua imprevidência resulta em doenças, entregam-se ao desespero e à apatia, rogando aos céus para livrarem-nos do pior, do sofrimento e da angústia que as enfermidades causam.

Existem aqueles que desejam um trabalho estável que lhes proporcionem uma estabilidade financeira na vida mas, quando não conseguem de imediato seu intento, entregam-se à desesperança e se acham os maiores injustiçados ao verem muitos conseguirem o que almejam. Há os que se entregam às dívidas por desejarem coisas inatingíveis ao seu poder aquisitivo e depois reclamam da falta de dinheiro para as coisas essenciais. Os indiferentes em relação aos sentimentos, a se dizerem sozinhos sem o carinho de familiares e amigos quando, na verdade, se procurassem o convívio dos outros e doassem um pouco de afeto às pessoas, veriam seus sentimentos serem correspondidos na proporção de sua doação.

Enfim, muitas de nossas desditas são provocadas por nós mesmos; são resultado de nossa imprevidência em relação aos problemas, de nossa imperfeição moral. Quando começarmos a despertar e a encarar o sofrimento por outro prisma, vamos aumentando nossa compreensão a respeito da vida. Quando formos pródigos em conhecimento e virtude, não precisaremos mais submetermo-nos às experiências sofridas que o despertar espiritual nos traz, pois já teremos alcançado um degrau mais elevado que nos levará a novos aprendizados e a outras experiências evolutivas.

Mas para que não retardemos essas experiências libertadoras, vamos procurar "despertar” de nosso comodismo e inércia e dar início ao conhecimento interior de nosso ser, analisando nossos atos e reações, procurando ver como eles nos atrasam a marcha, conscientizando-nos que devemos procurar, sem disfarces ou máscaras, aceitarmo-nos tal como somos, para que possamos nos conhecer em nosso verdadeiro íntimo e nos libertarmos de tudo o que nos atrapalha o passo. Meditemos, então, no poder renovador do aprendizado que estamos vivenciando aqui na terra e de como ele é importante para nossa evolução espiritual.

Paz e luz a todos.

Texto revisado por Cris

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