Transformando o Destino

Transformando o Destino
Autor Marcia Regina Aurichio - [email protected]
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Nos últimos artigos – “Repetição de Problemas ou Destino?” e “A Verdade vos Libertará X Mentalismo Positivo” –, mostrei como processos e registros internos (traumas) tendem a se repetir se não realizarmos o verdadeiro aprendizado.
Neste, embasarei os textos anteriores com mais um exemplo didático para, a partir dele, introduzir conceitos e procedimentos capazes de transformar os núcleos de origem.
Gosto de dizer sempre aos meus clientes que existe um livro do Alexander Lowen (o Pai da Bioenergética, junto com Pierrakos), intitulado “Medo da Vida”, que contém um dos capítulos mais felizes da psicologia: “O Ser e o Destino”. Nele, o autor conta a lenda do Escravo e o Senhor, que nos revela como vamos de encontro a tudo aquilo de que fugimos.
Certo dia, o Senhor pediu ao seu escravo:
– Escravo, você pode ir até o mercado fazer compras para mim?
Este, extremamente feliz, aceitou, já que ir ao mercado era sinônimo de status. Assim que adentrou no recinto, o escravo se deparou com a morte. Ao vê-la, voltou assustadíssimo até seu Senhor e pediu uma carruagem a fim de fugir para a Cidade X, pois a morte o havia ameaçado. Tendo compaixão, o Senhor entregou-lhe a carruagem para que pudesse fugir em busca de “proteção”.
Porém, achando essa estória “esquisita”, o Senhor foi até o mercado conversar com a Morte para saber a razão de ela ter amedrontado seu escravo. Ao encontrá-la, perguntou-lhe:
– O que você fez com meu escravo?
– Não fiz nada! Eu só sorri, haja vista que temos um encontro marcado amanhã, na Cidade X.
Como podemos perceber, ele fugiu para o exato lugar onde a morte iria encontrá-lo.
Dizem que a lenda do Édipo é baseada nesta acima citada.
Neste capítulo do livro, Lowen explica que o destino é quando fazemos de tudo conscientemente para nos livrarmos do problema, fugindo de algo que está inconscientemente e consistentemente vivo dentro de nós.
Por acaso não levamos todos estes arquivos dentro da gente aonde quer que possamos ir? A lenda confirma exatamente isto.
Vamos agora, a partir dela, exemplificarmos como seria um processo terapêutico para esta questão, do ponto de vista holístico. Considerando o Senhor como um Terapeuta (T) e o Escravo como cliente (C):
(C) – O senhor pode me ajudar? Estou amedrontado. Eu vi a morte, ela me ameaçou, me horrorizou, estou paralisado de medo. Preciso fugir para sair desta situação, para me salvar. Ajude-me a fugir.
(T) – O que concretamente a Morte fez com você?
(C) – Ela me ameaçou... (Nesse instante, seu corpo vai revelando medos e temores, transmitindo, no entanto, mensagens dúbias, muito conteúdo emocional, subjetivo, sem referências concretas.)
Para fazer um corte entre as realidades objetiva e subjetiva é necessário objetivar as perguntas para identificar o que ocorreu concretamente.
(T) – Ela disse alguma coisa? Se disse, o que foi?
(C) – Uhm!!! (Mostra-se confuso.)
Bem, este trabalho deve continuar, até ficar perceptivo para (C) que o fato em si não tem a ver com sua descrição.
Ou seja, (C) tem um medo imenso da morte, situações não elaboradas em relação a ela, e quando se deparou figuramente com a própria, projetou nela todos seus temores, anseios e medos ocultos, atribuindo-lhe a ameaça que estava somente dentro dele.
A partir desse momento, da percepção dessa discrepância, deve-se estabelecer um trabalho para a identificação de seu repertório emocional, mental, psíquico e energético. É fato que não se deve mudar a rotina para se proteger da situação, pois a tendência é a repetição do problema.
Uma das técnicas consiste em, ao dormir, repetir para si mesmo aquilo que mais se tem medo.
Tomando o exemplo do escravo: Eu sou ameaçado pela morte, tenho medo dela, ela me pegará etc. Repetindo sistematicamente o problema, que a princípio já está sendo aceito pelo próprio sujeito que o percebe, o inconsciente trará pelos sonhos (ou por outros meios) elementos para a conscientização e elaboração dessa realidade subjetiva, os núcleos.
Este é o princípio da homeopatia: Veneno cura Veneno. A Verdade vos Libertará. Enfim, começamos a partir daí a fazer as pazes com o que estava marginalizado.
Durante as crises emocionais, devemos permanecer o máximo possível com elas para entender de que maneira “aparecem no corpo”, em qual região corporal a emoção está mais presente. Nesse instante, recomenda-se trabalhar com a respiração. Imagine um canudinho que parte da região afetada para fora da boca e expire o ar como se estivesse retirando essa energia e enchendo uma bexiga com toda a energia que consegue expurgar. Visualize que, depois de encher bem a bexiga, você a solta, ela vai bem para o alto e se dilui no céu.
Procure retirar o excesso de energia provocado pelas emoções, através de um andar mais apressado, como se estivesse descarregando o problema pelos pés. Por meio da emissão de sons (de preferência embaixo do chuveiro), lave e acalme simbolicamente as emoções, como se praticasse um esvaziamento. Atividades físicas são bastante oportunas nesse período.
Depois, pegue um papel e escreva nele tudo o que gostaria de falar e colocar para fora, como se estivesse exorcizando o que tem de ruim e repetitivo. Escreva como quiser, com toda a intensidade emocional, visando se libertar e se transformar.
Após a escrita, passe o papel no seu corpo a fim de retirar as impregnações e rasgue-o como se intencionalmente estivesse enfraquecendo este arquivo. Faça uma oração ou qualquer atividade que permita se ligar com uma força superior e solicite a transformação dessa carga, daquilo que está aparentemente além das suas forças para libertação.
Nesse instante, pegue folhas de louro, alecrim e sálvia; passe-as também no corpo, buscando retirar o denso e o negativo que essa experiência traz. Coloque tudo numa assadeira, juntamente com o papel picado, e ponha fogo. Mentalize a libertação gradativa desses excessos emocionais. Quando tudo virar cinzas, despeje amoníaco nesse material e jogue-o em água corrente.
De preferência, em seguida tome um banho com manjericão, sálvia ou hortelã.
Esses processos devem ser realizados de forma sistemática, com o conhecimento que é um burilamento das energias provocadas pelas emoções, sentimentos etc.
Por meio dessas atividades, esvaziamos os excessos, concretizando as queixas (no papel), dessensibilizando gradativamente tais padrões do corpo, transformando-os pelo fogo, limpando-os pela água e quebrando a negatividade pelo amoníaco.
Bem, essas atividades permitem, além de aceitarmos os nossos problemas, criarmos condições para identificar o que está por trás deles e, a partir daí, buscarmos recursos terapêuticos precisos e eficientes, para assim alquimizá-los na sua origem, evitando que se desloquem, gerando outros comportamentos inadequados.
Uma das terapias que auxiliam neste processo é a Massagem Energética Sutil.
Falarei sobre ela no próximo artigo.
Até mais!



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Conteúdo desenvolvido por: Marcia Regina Aurichio   
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