Sobre o Despertar do Coração

Sobre o Despertar do Coração
Autor Daniele Alvim - [email protected]
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Ascensão ou Iluminação ou Despertar da Consciência ou Iniciação ou Abertura do Coração. Este é o tema da pauta agora. E a escolha é sua. Mas, para mim, não querer fazer parte desta Onda de Luz pelo qual o planeta está passando me soa tão “fora de moda”... Entretanto, cada um tem um gosto; obviamente, que temos o livre arbítrio. Cada qual tem o seu momento. Acredito que o de milhões de pessoas no mundo o momento é o agora. O que falta para ter a coragem de dar o salto evolutivo para dentro do coração? De deixar a raiva, a mágoa, o sentimento de vingança, o orgulho, a vaidade, a soberba, a ganância, o poder, o egoísmo e tudo o que mina a abertura do coração de lado e mergulhar de cabeça na Luz? No amor divino? Será que seria a sensação de impotência face à responsabilidade que se adquire quando nos transformamos em um mestre consciente de Luz e assumir, dentre outras, a de se tornar um alvo fácil das forças do ego que ainda existem dentro de nós assim como do lado de fora?
Sabemos que isto não é tarefa fácil, uma vez que existem estes condicionamentos do ego que são cultivados ao longo de toda uma vida. Mas também sei que apenas a intenção positiva de acessar a compaixão do coração é a semente que, se regada adequadamente com a água da boa vontade, dia após dia, pode deixar florescer o amor.

Por que será que a maioria da humanidade sofre com sentimentos de solidão e falta de amor? Porque deixa que esses sentimentos negativos do ego tomem conta do ser e arraigar. Como encontro pessoas cheias de ódio no coração que se deixam abater por situações tão banais e contornáveis com a boa vontade do coração. Verdadeiros embates do ego que nos deixam esgotados emocionalmente, enredados em histórias tristes e enfadonhas, que nos tiram a tranqüilidade e a felicidade. Contudo, eu lhes digo: O verdadeiro Poder vem do Coração.

Lembremos o arquétipo relativo à carta 11 do Tarot, denominado de A Força. Uma mulher representando o poder feminino do coração, o Amor e a Luz sendo por ela expressos através da imagem do leão, o representante simbólico do ego, sendo por ela afagado, numa atitude de total submissão. Isto é, o poder do ego totalmente rendido e integrado ao poder do coração. O ego iluminado e colocado a serviço da alma (anima).

Quem gosta de admitir que de vez em quando possui um sentimento de inveja? O de querer se sentir superior ao outro? Entendemos que simplesmente senti-lo e deixá-lo passar é ainda muito melhor do que o ato de querer o mal de alguém alimentado pela inveja. E penso que este estado do ser pode corroer a alma e tornar o sujeito um desalmado. Todos nós possuímos a essência divina que nos torna co-criadores do universo em que vivemos. Cada um de nós tem um corpo, uma alma e um espírito que são únicos. E não há dúvida de que focar no ser que somos é a chave para identificar o espírito divino em nós. Geralmente, o que comumente acontece é que muitos de nós se espelha no outro para construir o nosso próprio ser. Isso é algo natural se não for imbuído da inveja destrutiva, isto é, se mirar em alguém que consideramos um exemplo de sabedoria, sobriedade, espiritualidade, amor, de beleza, dentre outras características; não é errado quando isto serve para que entremos em contato com a nossa própria individualidade através de certas pessoas que já conseguiram desenvolver dentro de si determinadas qualidades. Mas quando se tem, além disso, uma intenção negativa, isto, a longo prazo, só vai trazer um sentimento: A Infelicidade. Isto é garantido. Alimentada pela falta de amor-próprio e a sensação de um falso poder que dá a impressão de estarmos emaranhados em um labirinto, solitários e sem saída.

Já falei anteriormente que Luz é Amor e essa Luz nasce da abertura do chacra do coração. O coração é o mediador entre a alma e o ego. O ego é ligado à nossa personalidade, que é formada pelas nossas relações exteriores, isto é, nossa educação e relacionamento com o mundo exterior. A alma é a nossa essência, já nasce conosco é a nossa contraparte divina que é formada pelas nossas aspirações superiores, a vontade no sentido de crescer como ser humano, tanto no sentido material quanto no espiritual, complementando-se um ao outro.

O universo está sendo transformado e, agora, exige a contribuição consciente de todos nós. E se sentimos que morremos em vida e que o mundo à nossa volta também parece morto, eu entendo que então é o momento que deve ser reconstruído (tendo em vista que a morte é apenas um estágio de transição para um outro nível vibracional).
Agora faço minhas as palavras de São Francisco de Assis, uma oração que é uma ferramenta para o real acesso ao amor que brota genuinamente do coração, o que nos torna co-criadores no nossa própria vida e à vida que nos rodeia. Recomendaria que pudéssemos entrar em contato com estas palavras diariamente, somente através de uma leitura.

“Senhor, fazei-me o instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...”

Por Daniele Alvim (Prem Deva Buddhi)

Texto revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Daniele Alvim   
Daniele Alvim é Escritora, Terapeuta e Professora de Aura-Soma
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