A tradição da cabala e a morte

 A tradição da cabala e a morte
Autor Ula Léa Schreiner (Sandesha) - [email protected]
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  A tradição da cabala e a morte      

Texto de JUAREZ GURDJIEFF

   Diante do maior espetáculo chamado vida, o que mais nos assusta é a morte. Talvez por não saber sobre esse estado, ou talvez por desejar dominá-la e não conseguir.         Realizamos grandes construções, fazemos ciência com propriedade, empreendemos e aprendemos sobre nossa existência, que um dia, em certo momento terminará.         E com o término da vida, como ficará o que fizemos e o que construímos neste plano?         Como ficarão aqueles com os quais travamos as maiores cenas de amor, as maiores disputas, as maiores batalhas?         Qual será o significado de tudo isso e para que serve a vida se a morte logo virá?         A palavra serve etimologicamente tem o sentido de serviço, de algum trabalho realizado, portanto, qual o trabalho realizado em vida e qual a finalidade desse trabalho?         Enquanto tomo chimarrão e ouço a música de Beethoven, nesta manhã de 2 de Novembro, me desloco para um espaço emocional tão estrito e de louvação tão específico, que tudo o mais que possa existir, não existe para mim, tudo o mais está morto.         Cada música que ouvi, cada respiração que realizei não se repetirá, pois apesar das semelhanças, não serei mais o mesmo e nem escutarei da mesma forma.         Em cada pulsação do coração, sinto uma diferença e meu corpo reconhece que a cada novo instante o outro se foi e não voltará.         Nas voltas e ciclos que todos vivemos, a tradição da cabala se dedica a reconhecer o instante presente como determinante do futuro e celebração do passado.         Celebra-se sempre o passado, em agradecimento na memória de todos os antepassados que fazem parte da árvore genealógica, também cada lembrança que temos de cada fato ocorrido na vida.         Tudo o que ocorre em nossa vida, segundo a tradição, está relacionado diretamente ao aprendizado que cada espírito escolheu antes de encarnar. Como todo aprendizado exige esforço e dedicação, viver é ter atitude de trabalho constante e interminável até o fim. Parece que sobre o fim do espírito nada se sabe, apenas o fim do corpo marca um período ou transição. Um corpo que sustenta a dualidade do espírito entre fazer o trabalho pertinente, ou deixar para um momento no futuro. Tudo o que ficar para o futuro poderá não se realizar, porque o outro paradoxo é que sabemos da morte, mas não quando virá. O Criador do Universo autorizou nossa vinda para a experiência deste plano, concedeu-nos uma senha que chamamos de nome pessoal, mas limitou nossa curiosidade e não nos informa o fim do tempo de cada um. Em nossa alçada de vida, diante de tantos paradoxos e incertezas, somente ficou uma idéia a qual chamamos de realidade. A realidade de cada atitude, da produção de cada instante de vida, da melhor forma e com a maior dedicação possível, de forma sagrada e consagrada como sendo a última. Para a cabala, cada atitude gera uma conseqüência e não fazer nada coerentemente também é uma energia produzida, mas não de harmonia. Se nada sabemos com certeza sobre a morte, é porque não precisamos e por isso nossa atenção tem um único destino: o presente. Não deve ser ao acaso que a mesma palavra que usamos para descrever um tempo, é a mesma que usamos para dizer de algo que nos foi concedido como presente. Como está nosso presente, o que estamos fazendo com o presente, e qual o merecimento que temos para continuar recebendo presentes em vida e até o momento de morte? 



  JUAREZ GURDJIEFF

www.atmanamara.com.br     www.stum.com.br/sandesha   

www.luzdaserra.com.br



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Conteúdo desenvolvido por: Ula Léa Schreiner (Sandesha)   
Terapeuta há 26 anos. Mestre Reiki com formação no Brasil, Índia e Espanha, Theta Healer pela THInK, Renascedora, Professora de Reiki, Meditação, Numerologia e Cabala. Com extensa formação holística é graduada e pós graduada em Odontologia, Especializações latu sensu em Terapia Floral e Psicologia Transpessoal e Docência e Prática de Meditação.
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