PARA ALÉM DO EU

PARA ALÉM DO EU
Autor Mani Álvarez - [email protected]
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A auto-imagem é um momento necessário na constituição do “eu”. Se não fosse o meu nome nem aquelas referências ouvidas quando criança sobre mim – eu não teria onde me apoiar para ver o mundo. Aliás, nem haveria mundo.

Pobre condição humana! Tem que se ver separada para depois buscar a união. Somos todos anjos caídos. A queda é isso: separação. Para nos lembrarmos disso, nossa alma volta à matéria e vivenciamos de novo a separação através do corte do cordão umbilical, do desmame, da dolorosa perda do regaço materno. Temos que passar pela dor e pela solidão da separatividade para entendermos que Somos Todos Um.

Entender... porque precisamos entender isso? Não basta sofrer? Não. Os seres vivos de outros reinos sofrem, mas não sabem que sofrem. Não aprendem com a experiência. Não possuem a inteligência humana que une causa com efeito e por isso percebe uma Lei se manifestando. Não haveria transformação se não houvesse aprendizado. Ainda estaríamos todos na Idade da Pedra se não tivéssemos entendido as relações causais entre nossos atos/pensamentos/emoções e a realidade.

Assim foi com as civilizações que nos precederam: os lemurianos, os atlantes, os arianos. Vemos que, do sexo promíscuo às doenças venéreas, da ganância e avareza às doenças respiratórias, do desequilíbrio mental das formas-pensamento à loucura cancerígena das células biológicas e sociais, existe uma linha de causa e efeito se manifestando. É pela consciência que tomamos ciência das leis da vida, através da consciência transcendemos nossas limitações cármicas e com consciência tomamos nas mãos as rédeas de nossa evolução humana.

Nesse processo, o nosso “eu” vai passando por modificações internas e, na melhor das hipóteses, vai deixando de lado suas roupagens identificatórias. Ou seja, aquele Nome já não é tão determinante assim ... até assumimos, às vezes, um outro. Aquelas auto-referências já não dizem muito sobre nós ... até conseguimos rir de nossos fetiches! Os apegos? Ah! Difícil lidar com os apegos, nossas pseudo-necessidades, nossos falsos ídolos. Chega um dia em que descobrimos o ”ego”, aquele vilão disfarçado no qual colocamos toda a culpa por tudo que somos e desejamos.

Pobre condição humana! Ter que reconhecer que sempre se cobriu de trapos, que ainda precisa deles em muitas situações, mas que eles são só ... trapos. O ego foi necessário, e como! Mas chega um momento em que ele se torna o obstáculo. Como trabalhar esse momento?

Nossa época é, de certa forma, privilegiada. Não precisamos mais de muito sacrifício para entrar em contato com antigas fontes de sabedoria. O conhecimento esotérico se democratizou e hoje se encontra ao alcance daqueles que buscam por ele. A Transpessoal, por exemplo, é um método que reúne esses saberes e procura aplicá-los de acordo com nossa época, com nossa psicologia ocidental, com nossas necessidades modernas.

Sua maior contribuição é apontar para um possível “além do eu” sem traumas, sem fugas mas sem tréguas. O estudo da consciência é a grande revolução deste milênio. E nossa consciência é trans-pessoal por essência.

Mani Alvarez
Psicanalista de Orientação Transpessoal



Texto revisado por Cris

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