A frase do título é de Euclides da Cunha, em Os Sertões, sua obra maior. Frase que no contexto escrito fala sobre a adaptabilidade necessário do sertanejo, mas que de certo, estende-se para todo ser humano.
Vem dos primórdios da humanidade esta necessidade adaptativa até os atuais, quando devemos não nos adaptar às chuvas, ao frio ou calor como os antigos, mas sim, ao mundo que nós próprios construímos, na forma global e ao nosso mundo no aspecto individual.
Quanto ao primeiro, deixo para ecologistas, sociólogos e demais ativistas, estudiosos e profissionais a devida manifestação, mas quanto ao segundo, gostaria de refletir sobre.
Por mais que nos esforcemos em ter as rédeas de nossas vidas em nossas mãos, por vezes elas nos escapam pelo simples fato de que não estamos sozinhos no mundo e que assim como nossas ações nos atingem, atingem os outros e vice-versa. Somos diretamente afetados pelas atitudes
alheias.
Não acredito que a melhor maneira de se aceitar uma situação seja atribuir a culpa desta situação ao outro, sendo necessário aceitar nossa responsabilidade sobre o contexto vivido, assumir nossa parcela de culpa e a partir daí sim, adaptar-se à situação compreendendo suas
limitações em mudar mas tendo a certeza de que estás fazendo o máximo possível e que erros todos cometem e não cabe culpar-se afetando a motivação de se continuar tentando.
A esperança em um futuro melhor é necessária sempre, mas a adaptação ao momento presente é o que nos fará atingir este futuro.
Acreditar no futuro lá na frente é bom, acreditar em você agora é melhor ainda. E é acreditando em si próprio que você se adaptará, pois se não podemos mudar o outro, podemos mudar a nós, acrescentando ao nosso ser, a necessária empatia, a nobre compreensão e a infalível aceitação de que cada um carrega em si seus particulares defeitos e qualidades. Estaremos assim, nos Adaptando. Estaremos assim, vivendo.
E acredito que a vida não seja boa nem ruim, e sim, tão apenas vida, algo muito além de nossas vãs certezas e ingênuos desejos.
Só para registro e reflexão.
Fecha o pano.
Texto revisado
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