Vida-Morte-Vida

Vida-Morte-Vida
Autor Patricia Vignoli - [email protected]
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Vivemos este ciclo de segundo a segundo, sem perceber. 

São moléculas, células e até mesmo a respiração... e um pedaço de mim já foi e um outro já é.

Terminei uma Jornada com o grupo de estudos "Mulheres que Correm com os Lobos", uma experiência linda para todas que participaram de 17 encontros recheados de histórias, buscas, chá, biscoitos e muita cumplicidade.

Foram duas gerações que se encontraram - as meninas mulheres, em torno dos seus 25 anos, e as mulheres meninas em torno dos seus 50 anos. E fomos percebendo o fluxo da vida, que ele se dá não pela idade, mas pelo momento e compreensão de onde se está e de como se faz.

Aprendi muito com as moças de 25 e desaprendi um bocado com as de 50. Vi-me em todas, e havia um movimento de pegar e soltar o conhecimento. Todas saímos sem idade, mas com identidade!

Tornei-me uma Mulher Selvagem, aquela sim que corre com os Lobos, que respeita seu ciclo interno, o ciclo da vida, as luas e sobretudo o outro.

Os trabalhos foram sempre concluídos com alguma oficina - que é meu trabalho oficial.

Pintamos, dançamos, tocamos tambor, moldamos argila, queimamos passado, mágoas e tristezas e dissolvemos toda a rigidez permitindo que as emoções fluam e corram em direção ao Oceano.

Sentir faz parte do fluir, entregar para a grande Mãe e, no retorno do ciclo, banhar-se de uma nova emoção, agora já transformada.
Sentir é abrir as portas do caminho da emoção, ter um descontrole e uma sabedoria do que vem, de onde vem e para onde vai. Mas apenas com a entrega isso se faz possível. Não existe outra maneira de aprender senão experimentar.
Sentir não está no livro, na internet, no plano mental.
Sentir faz parte do corpo físico e emocional. É um estado presente, aberto.

Existem muitas maneiras de exercitar o sentir. Gosto das massagens ayurvedicas, hindus e relaxantes, óleos perfumados, sons, cores, ambientes.

Arte, pintura, desenho, escultura - trazem um sentimento e também uma permissão para desobstruir os bloqueios, medos do sentir, naturais aos adultos que sofreram muitas decepções ou que foram criados com padrões muito rígidos.

Quanto mais compreendermos o ciclo vida/morte/vida, mais fácil fica se entregar ao ciclo do sentir. Porque nos tornamos capazes de conviver com a impermanência; o que sinto agora vai acabar daqui a pouco e vai se tornar um novo sentimento e assim por diante.

Abrir os braços para a vida e a morte é soltar, por isso, eles estão abertos, não agarramos nada. Apenas retemos por um momento e soltamos para viver o próximo momento.

Vamos manter braços e corações abertos. Respeitar os ciclos e manter (este vale!) a chama do amor, sempre acesa.

"A diferença entre viver desde a alma e viver somente desde o ego radica em três coisas; a habilidade de saber e aprender novos modos, a persistência de atravessar caminhos turbulentos e a paciência de aprender o amor profundo com o tempo.
Seria um erro pensar que precisa-se ser um herói durão para consegui-lo.
Não é assim.
Precisa-se sim de um coração que esteja disposto a morrer e nascer e morrer e nascer uma outra vez".

Clarissa Pinkola Estés 

Texto revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Patricia Vignoli   
Trabalha com desenvolvimento pessoal holístico e oferece diversas formações como terapeuta floral, cristalogia e arteterapia. Autodidata da psicologia junguiana, participou de grupos de estudos e a partir de então uniu seus conhecimentos e desenvolveu seu próprio método focada nos conceitos, estudos e processos dos arquétipos
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