Como controlar suas emoções

Como controlar suas emoções
Autor Mariana Viktor - [email protected]
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Você acredita que é controlado pelos altos e baixos do seu humor/ temperamento/ personalidade e que não pode fazer absolutamente nada quanto a isso, não é?
Que nasceu e está condenado a ser triste, autocrítico, inseguro, cheio de mágoas, desanimado, solitário e pessimista, com raros momentos de alegria e paz até o final da vida...
Mas o convido a comprovar, na prática, que a “varinha mágica” dos seus estados emocionais cotidianos não está nas mãos do acaso, da genética, da sorte, das circunstâncias e muito menos na dependência da atitude dos outros ou na sua história familiar. Está exatamente aí, na sua mão. A sensação da falta de controle acontece apenas porque você não está acostumado a perceber como essa dinâmica funciona.

Mas existe, sim, um manual de instruções. Siga este passo-a-passo para retomar o controle das suas emoções:

1 – Por um dia – apenas um – volte a ficar atento, tão atento quanto estava na primeira vez em que fez cada coisa que fez pela primeira vez – como pensar, caminhar, ligar o som, tomar banho sozinho, falar ao telefone, pegar um copo de água – tudo e cada coisa que hoje você já faz sem pensar ou perceber. Tão atento quanto um marciano que acabou de chegar aqui. Tão atento como se esse fosse seu primeiro dia de vida.
E por que você precisaria ficar atento? Porque mais de 80% dos nossos pensamentos, reações, emoções e comportamentos (inclusive aqueles que não queremos mais) são controlados pelo inconsciente através de programações instaladas ao longo da nossa vida, desde a infância. E se quiser ter consciência desses padrões que funcionam sozinhos contra a sua vontade – e desarmá-los – terá que estar... consciente deles.
Pode não ser fácil, mas é simples.
Não é fácil porque o sistema mente/cérebro é uma “máquina” maravilhosa que, para economia de energia, automatiza tudo que repetimos algumas vezes, o que é ótimo para algumas coisas e péssimo para outras. Ótimo quando ela automatizou pensamentos, sentimentos e comportamentos equilibrados em momentos de crise, por exemplo.

E péssimo quando estamos cansados de pensar coisas que nos torturam, sentir coisas que nos machucam e fazer coisas que acabam nos prejudicando – que também entraram no modo automático, porque o inconsciente não sabe avaliar o que é bom ou ruim, ele parte do princípio de que se repetimos algo, é porque esse algo deve ser automatizado. Por exemplo: é desgastante ficar toda hora se comparando a outras pessoas, ou acreditar que não temos a menor chance de ser feliz no amor, e menos ainda, de controlar a qualidade dos nossos pensamentos. Mas essas são apenas algumas verdades-falsas que já rodam no piloto automático, de tanto que as repetimos.
O antídoto, portanto, é lembrar-se de ficar consciente para perceber como você cria pensamentos, sentimentos e comportamentos que não quer mais. Só assim poderá interromper o padrão e finalmente deligar o replay do replay.

2 – Está atento? Então, vá anotando cada coisa que você não quer mais pensar, sentir, fazer.
Por exemplo: você cansou de pensar que não tem sorte ou jeito no amor? Anote. Ou de sentir-se dominado pela timidez, a ponto de entrar mudo e sair calado de uma festa? Anote. De explodir no trânsito? Anote.

3 – Pratique a engenharia reversa com cada comportamento que cansou de ter, até chegar ao sentimento e ao pensamento que o criou.
Se você quer ser mais espontâneo, por exemplo, qual o sentimento que diz “não consigo relaxar”? É a timidez? A baixa autoestima? A sensação de ser menos capaz de se expressar na comparação com outras pessoas? Encontrado o sentimento, busque agora o pensamento que leva você a ter este sentimento. Será “eu não queria estar aqui nesta festa”? Ou “não me sinto à vontade com essas pessoas”? Tanto um, quanto o outro, neste exemplo, indicam que você não está onde e com quem gostaria de estar. Portanto, considere a possibilidade de estar se obrigando a fazer coisas que não gosta, na companhia de pessoas que não tem afinidade com você.

Muitas vezes o simples fato de nos obrigarmos a gostar de algo que não gostamos e de pessoas que não são da nossa tribo gera um desconforto tremendo que confundimos com “timidez”.
Já no caso de “não levo jeito no amor”, especifique pra você mesmo o que exatamente significa isso. E de novo use a engenharia reversa. Talvez você descubra que apenas se fecha demais, colocando uma barreira para que ninguém se aproxime. Ufa, que alívio descobrir que o monstrão é só um holograma, né? 
E se você não gosta de quem é, faça exatamente a mesma coisa e fique atento pra descobrir em que momentos, exatamente, não gosta de você. Será que é quando está socializando? Por quê? O que acontece nessas horas? Preste atenção no seu comportamento, nas coisas que diz. Faça isso como se estivesse se observando de fora.

“Não fique bom naquilo que você não quer continuar fazendo”. (Anônimo)

A mudança está nas suas mãos, viu só?
Basta ficar atento a seu próprio mapa mental e emocional para descobrir muita coisa sobre si mesmo e avançar no processo de autodesenvolvimento.

Texto revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Mariana Viktor   
Meu propósito é conduzir você através de uma jornada gostosa e surpreendente para o seu verdadeiro EU, melhorando o seu relacionamento com você mesmo e com os outros. Currículo: http://www.somostodosum.com.br/e.asp?i=13774 Contato para atendimentos individuais ou de casais em crise: [email protected]
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