Medo: Escolha ou destino?

Medo: Escolha ou destino?
Autor LIGIA GRECCO - [email protected]
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Ontem eu estava andando na cidade, entrei em um supermercado e olhei para uma criança que parou na minha frente. Ela sorriu para mim, como se visse minha alma. Deveria ter mais ou menos uns quatro anos. Eu sorri de volta e ela me ofereceu um chocolate que comia. Eu agradeci e perguntei seu nome. Foi um momento rápido, segundos, acredito.
Antes que ela pudesse me dizer seu nome sua mãe gritou com ela e puxou-a para perto reprimindo: "não sai de perto de mim" - disse.
Acho que essa mãe nem me notou, ou se viu, fingiu que não.
Essa mãe deveria ter na faixa de 25 a 28 anos. Após essa cena, houve uma sucessão de eventos: o pai chegou com o carrinho (um moço também jovem), a mãe reclamou de várias coisas: dele não estar ajudando, porque a criança saiu, depois da menina que não obedecia, que sumia e ainda por cima pegava tudo...O pai ficou nervoso, brigou com a menina de novo, reclamou de dinheiro...
Eu fiquei estagnada e horrorizada. Me senti tão mal de presenciar tanta raiva e falta de afeto na família...Mas não tinha como, o mercado inteiro acho que viu...
Pra piorar, uma senhora ao meu lado começou a falar mal do casal para a outra que estava com ela. E sobrou para a caixa do mercado...que teve que ouvir algumas besteiras e se calar. Tenho certeza que chegará em casa e descontará em alguém também...um círculo vicioso de horror.
Saí de perto. Parei bem longe pra respirar e comecei a pensar: onde está o amor nisso tudo?
Tudo o que eu vejo nessa cena é medo. Medo de perder a criança,medo de sentir-se mal e culpar o outro,medo de não dar conta da família, medo de não ser o "Homem", medo de ter feito o mesmo...
Ok, medo é bom, nos faz temer o desconhecido,é um alerta, aguça a intuição...
Mas espere um momento, ter medo é reação do corpo e não parte do nosso dia a dia. Se estivermos presos a isso, não existe intuição. Existe apenas neurose.
Medo: onde pessoas permanecem com seus pares, seus cônjuges, relações pessoais (namoro, casamento, amizade, entre outros) por medo de ficar só.
Que não ensinem com amor seus filhos por medo de que eles não se defendam. Que falem dos outros para não olhar sua vida. Que não escolham seus destinos, que não sejam felizes.
Nesse momento, EU tive medo.
Como eu faço ou sou na minha vida? Afinal, vou usar isso para melhorar a mim e meu dia a dia com as pessoas que me rodeiam.
Será que tenho amor nos meus pares? Filhos? Animais domésticos?
Se tenho, esse amor é em forma de ação ou ele fica reprimido por medo?
Pense nisso, escolha quem quer a seu lado (pai,mãe,cônjuge, irmão) e faça disso uma prioridade. Demonstre seu amor, não seu medo. Se não puder saia de perto, deixeo outro ser feliz também.
Lembre-se que ego também está envolto de medo de não ser alguém importante. Sua opinião não vale tanto quanto seu amor. Nem seu medo.


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Conteúdo desenvolvido por: LIGIA GRECCO   
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