Porque será, então, que hoje em dia nos adaptamos em excesso à nossa moradia?
Percebo que em muitos casos o que impede a pessoa de realizar os seus sonhos de moradia é o elo criado com a memória da casa. Mesmo ocupando imóveis novos registramos a memória do local em nossas mentes. A saída para isso é ter a consciência de que a casa não tem identidade, quem tem identidade somos nós.
Por exemplo: se o dono da casa for um cozinheiro será mais importante a cozinha ou a despensa. Se for uma pessoa de muitos amigos será mais importante para ela a ala social ou o jardim externo. Agora, se o dono deixar a casa ter identidade o mais importante será a grande descoberta daquele espaço embaixo da escada para guardar os livros, aquele armário do banheiro para transportar a despensa, usar dois recintos para trabalhar porque em um só não tem espaço, caminhar espremido dentro dos ambientes porque os móveis não dão passagem... e lá se vai o “lar dos meus sonhos”.
Uma boa arquitetura elabora muito bem todos esses espaços da casa contribuindo para mudanças significativas na vida dos moradores, como a melhora do raciocínio dia a dia, tranqüilidade de conduta nas atividades e descoberta dos verdadeiros hábitos. Associada a um bom Feng Shui ajuda para que o potencial da pessoa se manifeste visivelmente dentro do lar e na vida fora do lar.
Para o Feng Shui em alguns casos utilizo a frase: “O que os olhos não vêem o coraçăo năo sente”. No meu próximo artigo falarei sobre esse assunto e o leitor entenderá como essa arte se manifesta em nosso físico e em nosso comportamento.
Frida é arquiteta e consultora de Feng Shui com especialidade em planejamento e harmonia de espaços residenciais, comerciais e de saúde.
Texto revisado por Cris
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