Djalma da Silva Leandro: ELUCUBRAÇÕES (elucubratio) - ADVOGADO

Recebemos uma missão! Temos uma conta para pagar! Temos um encontro de contas com outras vidas! Temos um resgate! Temos um sacerdócio! Temos um dom! Temos um "Carma..." Enfim, seja lá a afirmação que façamos, ser advogado é: levar justiça aos injustiçados; defender os indefensáveis; dar coragem aos medrosos; defender a dignidade do indigno; contrariar os interesses dos poderosos e algozes; dar voz a quem é mudo; é revelar os anônimos; levar alegrias aos tristonhos; esperança aos desesperançados; dar água a quem tem sede; e dar visão a quem está cego... Estas premissas não representa a mínima centelha da grandiosidade do dom de "advogar" pois ao deitar e levantar, advogamos contra ou a favor de alguma coisa, isto é diuturnamente, pois temos que defender os interesses individuais, e ainda o coletivo, não podendo DIVIDIR e/ou separar, pois tudo que fazemos, qualquer ato que praticamos, com absoluta certeza reflete no outro, a exemplo do que está acontecendo com nossos Governantes, que mascaram a verdadeira intenção de "advogar em favor dos pobres" quando em verdade ao conseguir vencer os obstáculos (criados pela oposição), e se tornar "situação" ou seja GOVERNO, faz a mesma coisa pela qual lutou até chegar ao Poder. Então vemos a necessidade de ADVOGAR, para derrubar o então Governo, que se "corrompeu" dando a este termo um significado mais amplo do que o puramente material e gramatical 1 .(transitivo direto e pronominal, tornar(-se) apodrecido ou estragado (falando de algo concreto); deteriorar(-se), "a ferrugem corrompe o ferro" 2. transitivo direto e pronominal, perverter(-se) moral ou fisicamente. "os hábitos desregrados corrompem os jovens"). Por trás do material, temos que na verdade houve um "desequilíbrio" entre o "advogar em causa própria" e advogar "coletivamente" ou seja, deixou-se, os interesses pessoais, prevalecer em detrimento ao coletivo. Primou pelo "egoísmo" em prol do "altruísmo", enfim, advogou, contudo o fez em uma só direção. (em benefício próprio...). É lamentável que ainda vivemos nesta "gangorra" do consumismo exacerbado, do egoísmo desenfreado, do materialismo enaltecido. Tantos homens de nossa história, filósofos, sábios, religiosos, ateus, agnósticos, uma infinidade de "mentes" cujo brilhantismo do pensamento, apesar de "revolucionar o mundo" não conseguiu predominar. O conhecimento da visão de "humanidade, como um todo"; embora simplório, se torna complexo e extremamente difícil na prática, pois "alguns" (maioria) ainda que "advogados, habilitados e diplomados, intelectuais, portanto..." se tornam extremamente "egoístas" se apegando aos bens materiais, ao arrepio dos grandes homens de nossa história, que já vivenciaram esta experiência, e nos legou com o resultado de sua busca, qual seja: – o EGOISMO não leva a lugar algum... A exemplo, sem desmerecer outros tantos brilhantes e de história semelhante, citamos "Sir Thomas More ( 07 de fevereiro de 1478 - 06 de julho de 1535), venerado pelos católicos como São Thomas More, era um advogado Inglês, filósofo social, autor, estadista e observador humanista do Renascimento. Ele também era um conselheiro para Henry VIII , e Lord High Chancellor of England de outubro 1529 a 16 de Maio de 1532. Como advogado, que era, opôs à Reforma Protestante, em particular a teologia de Martin Luther e William Tyndale, defendendo a separação do Rei da Igreja, e desta a DEUS. Imaginem o que passou, pois até hoje é polemico o tema, além de complexo e díspares entendimentos e premissas... Escreveu um livro intitulado "Utopia", publicado em 1516, sobre o sistema político de uma nação insular ideal imaginário, sendo portanto, condenado por traição e decapitado, antes porém lhe fora permitido uma "chance de redimir-se" devendo se curvar diante do Rei/Parlamento e jurar SUPREMACIA... nos legou a celebre premissa "bom servo do rei, mas de Deus em primeiro lugar"... Incrível como passados tantos anos, não se modificou absolutamente nada, embora tenha se destacado obras e invenções que também revolucionou o mundo, a exemplo do "computador" e recentemente a interligação dos povos, pela "internet", contudo, ao contrário do que se poderia esperar, não trouxe ainda a humildade que o ser humano necessita, para que "advogue" a plena, almejada, buscada, cobiçada, enaltecida, invejada e confundida PLENA FELICIDADE. Ora, não poderia deixar de falar de "Agostino de Hipona, Aurelius Augustinus Hipponensis", popularmente conhecido como "Santo Agostinho", pelos Católicos, por ter defendido a "Fé" num momento de extrema turbulência no Catolicismo, sendo doutor em teologia, ao escrever a obra prima (ainda estudada nos dias de hoje...) "A Cidade de Deus" também nos legando a celebre confissão: «Andemos honestamente como de dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não vos preocupeis com a carne para não excitardes as suas cobiças.» (Romanos 13:13-14)" . Agostinho de Hipona, "Confissões". Por ultimo nos referimos ao um advogado notável, que não se intimidou, e encontrou uma maneira diferente de lutar, indo de encontro ao materialismo, nos legando: Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma Gandhi (do sânscrito "Mahatma", "A Grande Alma") foi o idealizador e fundador do moderno Estado Indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução. Foi covardemente traído pelos interesses egoísta de uma só homem...prejudicando seu ato, toda uma nação...ainda em conflitos hodiernamente. Ainda assim não aprendemos, que nos tornamos advogados desde que nos foi dada, a vida gratuitamente, pois temos que decidir ao "acordar" qual tipo de dia queremos ter...como nos disse o saudoso e não menos notável "Charles Chaplin citando uma obra de autoria desconhecida: Hoje levantei cedo pensando no que tenho... Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus, por ter uma habitação. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim... Por isso, me engrandeço, me regojizo, me congratulo me emociono, me "revolto" as vezes, me preocupo, me repreendo, me aconselho, me resguardo, enfrento meus altruístas pensamentos, desafiadoramente, porém no fim, volto a praticar os mesmos desatinos em prol do "outro" como fizeram outros advogados que aqui estiveram e que pagaram com a vida o preço da defesa coletiva. somos todos um...

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Conteúdo desenvolvido por: Djalma da Silva Leandro
Djalma da Silva Leandro, Advogado Previdenciarista. Especialista, MBA em Direito Previdenciário, Holistico, Practitioner, Master Trainer em Programação Neurolinguistica (PNL) Hipnose EricsKsoniana (ACT Institute) Doutorando em Ciências Jurídicas,(Universidad Católica Argentina).
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Atualizado em 17/04/2016