Muito obrigada pela resolução, mesmo que eu não acreditasse que fosse possível!

Muito obrigada pela resolução,  mesmo que eu não acreditasse que fosse possível!
Autor Isabela Bisconcini - [email protected]
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Tempos atrás, li num ensinamento de SriAmmaBhagavan, mestres indianos da Oneness University, que uma das características da mente (entendida por eles como o fluxo dos pensamentos, a mente humana antiga, a “pensamentosfera”, a mente racional, aquela que tem um pensamento/emoção, e que cria a noção de identidade e separação - o ego) é a de crer que algo é impossível só porque ela não vê como aquilo pode ser possível.

Respire e leia de novo: "uma das características da mente é a de crer que algo é impossível só porque ela não vê como aquilo pode ser possível". Faça isso. Leia em voz alta. Leia pausadamente e de novo e quantas vezes quiser (ou precisar) para cair a ficha do que se trata.

É da natureza da mente racional, do ego, separar-se, atribuir nome, julgar, criticar, duvidar e depois de tudo isso acreditar em tudo aquilo que fez. É só o movimento contínuo da mente, o fluxo dos pensamentos da mente, da "pensamentosfera" (a esfera dos pensamentos humanos, como diz Bhagavan) em nós. Mas acreditamos que seja verdade. Um exemplo: você lê uma notícia no jornal e implicitamente acredita que o que está escrito lá é verdade. A Verdade. Consulte seu corpo enquanto lê o que estou escrevendo agora. (Quando você lê algo, a primeira coisa que pensa não é que seja verdade?) Sinta se isso acontece ou não com você quando vê alguma notícia. São apenas palavras sobre o papel, como aqui e agora também. Mas acreditamos que sejam verdade (sem considerar que passam pelo olhar de quem percebe, ou pelo filtro do veículo que noticia, por exemplo).

A nossa percepção é colorida (pela emoção), tem densidade (peso), forma (a frase que você diz, do jeito exato como você diz). A cor (emoção), frequentemente, gera dor e vem da dor. O peso frequentemente vem da sensação corporal do que está sendo dito. A forma vem da maneira como invariavelmente contamos a situação do mesmo jeito. Passamos todo o tempo dentro da limitação, essa é a condição que a nossa mente cria.

Os trabalhos quânticos (de todos os métodos quânticos) têm esse nome porque eles abrem uma brecha, um espaço nessa mente condicionada, mudando a conformação vibracional do limite para a possibilidade. A maioria das situações que experimentamos e, principalmente, as que NÃO experimentamos (embora quiséssemos muito!), são devidas à essa conformação que é como um sapato velho, já moldado ao seu pisar (repare que eu não disse pé, mas sim o seu pisar, a maneira como você se posiciona e se relaciona com a gravidade, o campo dentro do qual estamos e nos movemos).

Todos os trabalhos quânticos te colocam dentro do campo das possibilidades. Te molham lá. Te banham no campo das infinitas possibilidades. Se você já ouviu falar de Constelações Sistêmicas, já ouviu sobre o que é o campo e como ele tem forças que atraem e repelem, tem peso, densidade e ondas; como se você estivesse numa piscina, com tudo reverberando em todos.

Milagres acontecem porque as portas das infinitas possibilidades foram abertas. O campo das infinitas possibilidades foi acessado. Chamamos algo de "milagre" porque na nossa mente racional “aquilo era impossível acontecer!”. E para a nossa mente racional, limitada e quimicamente colorida (porque tem a cor das emoções, que são a química dos receptores celulares) é mesmo impossível. Sentimos assim.

Uma oração sincera, saindo do coração, é aquela que, percebendo a sua incapacidade e limitação para resolver uma questão, delega-a a uma instância onde tudo é possível, uma instância que é intrinsecamente quântica, já que é só espaço e possibilidade de criação. Uma amiga sábia outro dia me disse: “eu entrego a Deus e peço que resolva porque eu não tenho imaginação e nem criatividade suficientes para solucionar o que está acontecendo”. É simples assim.

Mas por que então quando se ora muitas vezes não se tem sucesso? Talvez porque no fundo, no fundo, acreditemos que o que vemos é A Verdade acerca daquela situação. É a mente da “pensamentosfera”, não sua, mas de toda a raça humana, com o seu modus operandi e com o peso dos séculos da limitação. É assim. Essa mente tem uma razão de ser e de funcionar baseada nos seus medos, e, se tentarmos mudar isso, só vai ficar pior. Por isso o pensamento positivo não resolve as situações, mas coloca ainda outra camada a mais de afastamento entre você e a sua dor, entre você e o que te aflige. E rezamos, mas no fundo não acreditamos; rezamos por rezar.

Há uma frase no EFT (Emotional Freedom Technique, uma técnica para dar um reset no seu computador interno e rapidamente começar tudo de novo) que diz assim: “eu me amo, mesmo que eu tenha o problema XXX”. Porque falar “eu me amo” é mentira. Porque aceitação e amor incondicional de si e dos outros é a meta do caminho e não algo implícito. Mas ao dizer “mesmo que eu esteja assim”, ou "mesmo que eu tenha o problema XXX" abre-se uma brecha de amor possível ao incluir-se a situação tal qual está sendo no momento. E isso muda tudo porque o que está sendo dito passa, de fato, a ser verdade para o seu sistema.

Então, vamos partir das coisas como elas parecem para nós. O pensamento funciona assim: “eu preciso/quero que haja uma solução para a minha questão, (ou desesperadamente compenso meu medo de não crer que possa ter solução com mais e mais ações que me impeçam de fazer contato com a descrença) mas, sendo verdadeira/o, não acredito que seja possível uma solução. Não vejo como pode aparecer uma solução”. Pronto. É assim que as coisas estão. Jogue a toalha! Isso é a verdade para você e sendo honestos baixamos as defesas e resistências.

A maneira como sentimos é: “no campo em que estou, não há mesmo possibilidade de que aquilo que eu preciso vá aparecer”, mas se lembra do que foi dito no começo? “Uma das características da mente é a de crer que algo é impossível só porque ela não vê como aquilo pode ser possível”. Localizou a arrogância dessa mente? Conseguiu perceber o problema todo que o ego cria por causa da sua autoimportância? Não é ‘A Verdade’, mas passou a ser! Leia a frase até que a maneira como a sua mente vê a situação passe a ter um tamanho diminuto dentro de um Universo de possibilidades. O tamanho de uma possibilidade entre infinitas. E a mente faz de uma possibilidade a única possibilidade. 

Ao fazer contato com a impossibilidade, reconhecemos a química da limitação, a verdade limitada de como sentimos. E ao construir a frase “MUITO GRATA, PRESENÇA DIVINA, POR TER ACHADO/RESOLVIDO/TRAZIDO XXX, MESMO QUE EU NÃO ACREDITASSE QUE FOSSE POSSÍVEL!” nos abrimos para esse algo maior. O campo quântico das infinitas possibilidades. Dê o nome que for melhor para você, da maneira como você se relaciona com o que te transcende.

“MUITO OBRIGADA, PRESENÇA DIVINA, PELA MINHA SAÚDE RECUPERADA, MESMO QUE EU NÃO ACREDITASSE QUE ISSO FOSSE POSSÍVEL!”

“MUITO OBRIGADA, PRESENÇA DIVINA, PELA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DA MINHA FAMÍLIA, MESMO QUE EU NÃO ACREDITASSE QUE ISSO FOSSE POSSÍVEL!”

“MUITO OBRIGADA, PRESENÇA DIVINA, PELA VAGA PARA ESTACIONAR O CARRO, MESMO QUE EU NÃO ACREDITASSE QUE ISSO FOSSE POSSÍVEL!”

E se você quiser fazer a poderosa oração JAI BOLO exatamente da maneira como é ensinada pela Oneness University, na Índia, aqui está:
https://www.onenessbrasil.com.br/2016/03/11/oracao-jai-bolo-2016/

Quando não conseguimos propiciar que a mente quântica se manifeste, é melhor achar um jeito de, pelo menos, não a atrapalhar!


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Conteúdo desenvolvido por: Isabela Bisconcini   
Isabela Bisconcini é Psicóloga Clínica e Consteladora Sistêmica. Terapeuta EMDR. Terapeuta Floral, Reiki II, NgalSo Chagwang Reiki, AURA-SOMA. Deeksha Giver. Dedicou-se por 25 anos ao estudo da psicologia budista e prática do Budismo Tibetano. Participou do Centro de Dharma da Paz desde 1988, quando Lama Gangchen Rinpoche o fundou.
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