Mapeando as margens do Feminino Ancestral Ferido que se repete nos padrões familiares.

Mapeando as margens do Feminino Ancestral Ferido que se repete nos padrões familiares.
Autor Marilene Pitta - [email protected]
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Marilene Pitta Email: [email protected] Atua no Rio de Janeiro. link Terapeuta Holística e Leitora de Registros Akáshicos. Alinhamento Energético. Terapias Multidimensionais com a Equipe Estelar dos Seres de Luz. A escuta clínica é uma bênção em cada vez mais entender como há sofrimento profundo por questões aparentemente sem sentido; mas quando se mergulha nas águas do Velho Chico (como uma testemunha atemporal) aí o tecido muda de cor, tom, enfeite, brincos, falas, gestos e memórias. Dessas memórias, desejo pontuar a memória do silêncio, da ausência, do luto, da violência, dos acordos secretos, das falas emudecidas, da raiva solitária e amarga. O Feminino Ferido vai sendo perfurado a cada geração que se nega a arte de ser feliz e ser aquilo que é. Quando a minha amiga de Celeste Baracho me recomendou que devesse assistir o Velho Chico não quis por que o tempo fugia e muitas coisas para dar conta. Um dia, no consultório ampliei uma escuta mais atenta de uma pessoa que estava exatamente repetindo esses padrões. As personagens saíram da narrativa novelesca e ganharam uma vivacidade no cotidiano do viver. A terapeuta se curva e presta atenção interiorizada ao pranto de todas nós, independente de raça cor, grau de informação, escolhas o corpo dói e clama por uma mudança. Vejamos a matriz ancestral: cenário de desmando nas fazendas que choram caladas pelo chicote. A personagem Dona Encarnação produz um zelo pelo clã familiar e em nome dele age como uma fera ferida. O Feminino Ferido não consegue se curar mesmo com todos os terços e rezas. Assim também: nós. Deus é quem sabe... Quis assim e vai-se acumulando um lixo emocional que deságua no outro: prepotência e tirania. O deboche e o mando são armas da insegurança e do medo. O orgulho que se diz ferido fere mais e abre chagas profundas de ódio e de dor. A Lei Maria da Penha já anuncia a quantidade imensa das mulheres violentadas e assassinadas como uma ação trivial de uma marca cultural tatuada pela violência. E o Feminino Ferido vai colocando em molduras as histórias de Dona Piedade que tenta no desespero manter a família unida em berço de nobreza e altivez. Guarda os tiros tirânicos que violentou a fazenda Piatã e como ela os apartamentos, os becos, as casas de luxo, em todos os lugares o tiro certeiro atinge e fere. Esse é o Clã das matriarcas que fazem do poder o mando e a ordem longe do progresso e do bem. Quantos retratos das histórias de famílias guardadas e geladas... Lembro-me da Luzia que abandonada espalha a dor por onde passa. Controla e domina por medo de perder e vai destruindo tudo como um fogo assassino em nossas florestas virgens. Quantas crianças abandonadas, adotadas, perdidas, violentadas, estupradas e silenciadas. Essa cadeia do Feminino Ferido vai tomando uma proporção assombrosa que se ergue como arranha céus solitários. As gerações vão somando o grito calado e evidencia a história de Teresa, Beatriz que se entrelaçam quando o masculino também ferido foge se ausenta ou mesmo violenta pela força e pela fala o poder de ser dono... Do que... Mulheres que lutam para serem senhoras do seu corpo e do seu desejo. A dor vai passando de geração em geração cheia de segredos, de esconderijos, do não dito e do não revelado... O destino causa as surpresas e quem manda no amor e na paixão...mais histórias mal contadas que fazem um estrago na alma e no coração. Pobre Olivia de todas nós. A narrativa vai passeando um barco lento levado pelo vento morno do Velho Chico e espalhando as lágrimas do Chico Criatura que chora a ausência daquilo que nunca teve o Zé Pirangueiro que se afoga em saudade do paraíso perdido dos peixes encantados... Nesse cenário temos também o Masculino Ferido que tenta amar...tentar mudar...tentar na agonia de saborear uma afetividade se descontrola e também se auto violenta. Vai Martim... Ciço...Coroné...Santo...Bento...Luzas...Miguel e tantos outros por aí desejando amar e ser amado... Mas tem as correntes culturais, ancestrais... mentais e emocionais... Romper tudo isso é necessário permitir que o perdão chegue bem perto e tenha tanta força que espalha outro paradigma nos relacionamentos: Ética e Respeito. Resgate da cumplicidade e da troca generosa, bonita e feliz nas bênçãos do bem viver. A escuta clínica das histórias reais e vividas somam-se as narrativas da ficção do Velho Chico e novamente “triste Bahia” de todos nós... Brasil...Terra... Humanidade. Mas eu tenho uma confiança escondida quando vejo as rendas sendo tecidas, as cores aparecendo, os moldes sendo elaborados de outro jeito de outro corte... São essas rendas que fazem da Metáfora do Feminino e do Masculino Sagrado iniciar uma nova jornada. É assim que vislumbro esse real encontro do Feminino-Masculino em cada alma e em cada coração que se encanta com o olhar e dessa forma pode fazer diferente a diferença. Mais uma vez estamos nós sendo testemunhas de um momento histórico... As eleições mostram isso tão claramente... O lugar do Poder é preciso ter cuidado, zelo, território perigoso que pode estragar tudo... desandar uma costura histórica. Creio que o Feminino-Masculino Sagrados vão se encontrar quando a ternura, a gentileza, a saber-sabor da Terra, o cuidado, o deslumbramento, o enamoramento, a percepção, a intuição, a bênção fazerem parte do cotidiano de cada passo da humanidade. Pode demorar, pode tardar, mas um dia todas as preces e todo trabalham de Consciência e Cura Planetária vai ser presença no mundo. Onde estaremos nós... Mortos... Sepultados... Enterrados... Mas a chuva vem e ela enche o rio de novo e as águas vão subir e com elas a memória, a ação, a luta, a ideia daqueles e daquelas que sonharam coo o Sagrado Abençoado: Feminino ou Masculino não importa... Importa sim o ser humano com a sua história sacralizada de acordo com as Leis do Universo em Luz... Nesse dia vamos ver o povo das estrela e nós povo da terra novamente cantando a canção do eterno retorno de um bem viver. Tem gente que com muita sorte consegue viver esse milagre em tempos de tantas turbulências... São histórias sagradas e encontros sagrados que o Velho Chico esconde para não dar azar e causar inveja... Conheço muitas... Escuto muitas... Abençoo muitas... Ser terapeuta é uma bênção de poder vislumbrar o novo que vindo já sopra outro vento... Ventania de mudanças abençoadas nas histórias de cada ser... Matriz Universal:Feminino-Masculino em nós Sagrado.

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Conteúdo desenvolvido por: Marilene Pitta   
Formada em Registros Akáschicos;Alinhamento Energético;Terapia Floral;Formação Holística de Base (UNIPAZ) com Pós Graduação em Terapias Holísticas;Mestrado em Educação e Desenvolvimento Humano. Consultas em Roda Xamânicas. Animal Poder.Atendimento com Conexão com o Povo das Estrelas (Arcturianos e Pleidianos). Atendimento á Distância e Presencial.
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