MÔNADA, ALMA E PERSONALIDADE

MÔNADA, ALMA E PERSONALIDADE
Autor Antony Valentim - [email protected]
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Muitas pessoas já me abordaram perguntando o que é "mônada", mas essa é uma daquelas questões que não cabem explicações rápidas. Portanto, resolvi unir aqui informações para deixar uma ideia clara do que se trata o tema, dando também alguma ênfase sobre a ótica de relacionamentos amorosos.

Num determinado momento da criação, ainda no universo multimensional criado, estão localizadas as mônadas.

Neste exato ponto da criação, Deus começa a colocar no universo criado, os elementos primeiros, fundamentais da realidade.

Deus criou filhos e filhas no estado espiritual.

Ele criou o que chamamos de "centelhas" ou "células" espirituais individualizadas do criador.

Ele na verdade criou o que esotericamente chamamos de mônadas.

A mônada também é chamada de "presença do eu sou". Essa foi a nossa primeira inteligência e a nossa primeira identidade individualizada.

Na verdade são concebidas como átomos espirituais dotados de atividade, substâncias forças.

Deus criou números infinitos de mônadas. Elas são eternas e não há duas mônadas perfeitamente iguais.

A mônada habita o segundo plano da nossa série de planos, que chamamos de plano monádico.

A mônada é uma substância simples, pois não possui partes, sendo indivisível.

Como as mônadas são eternas, a sua imensa série se dispõe em escala hierárquica ascendente, contínua da ínfima mônada até a suprema, Deus.

Elas não têm relações recíprocas e poderíamos distingui-las em quatro grandes ordens.

- Mônadas nuas, que constituem o reino mineral e as plantas, dotadas de representação inconsciente;

- Mônadas sensitivas, capazes de representação consciente ou apercepção; constituem as almas dos brutos;

- Mnadas racionais, ou almas humanas, enriquecidas de conhecimento científico e consciência reflexa;

- Mônada suprema, ou Deus, absolutamente perfeita, causa eficiente em todas as outras.

A ordem entre elas é explicada pela harmonia preestabelecida, que deus introduziu na criação.

Deus seria a mônada suprema, criadora e ordenadora de todas as outras.

Poderíamos exprimir que cada mônada é um espelho vivo e perpétuo do universo, e este é regulado uma ordem perfeita.

Cada mônada é uma multiplicidade, com diversos compartimentos a realizar experiências com funções específicas, como cada célula de nosso corpo humano e com objetivo final, exprimir todo o universo.

A centelha divina, também chamada de espírito, é a nossa identidade verdadeira. A mônada, ou centelha divina decidiu com seu livre-arbítrio que queria experimentar uma forma no universo material.

Cada uma das mônadas criou, com o poder se sua mente, doze almas.

Cada alma é uma projeção diminuta do criador. A alma também é conhecida como eu superior.

Por sua vez cada alma querendo experimentar uma forma mais densa do universo material, deu origem a doze personalidades, ou extensões de alma. Através dessa divisão o objetivo era experienciar o plano físico e a evolução através deste processo.

Nós da terra somos personalidades, ou extensões de alma, de nossa alma, do mesmo modo que nossa alma é uma extensão de uma consciência maior, a nossa mônada.

Por sua vez nossa mônada é uma extensão de uma consciência ainda maior, que é Deus, a divindade, o pai e a mãe, toda a criação.

Desse modo temos aqui na terra uma família de almas, por assim dizer, de onze outras extensões de alma.

As outras onze extensões de alma podem estar encarnadas aqui ou em algum lugar no infinito universo de Deus.

As outras extensões de nossa alma podem não estar num corpo físico neste momento, podendo estar habitando um de outros planos espirituais de existência.

As onze extensões da nossa alma podem ser consideradas a nossa família espiritual mais próxima. Portanto temos em nossa mônada uma grande família monâdica, que se soma cento e quarenta e quatro. Dai surgiu o entendimento de "almas gêmeas", mas que na verdade, são apenas personalidades partes de uma mesma mônada.

Na Bíblia Sagrada, na parte do apocalipse de João, são mencionados de forma singular as mônadas, com os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel, antes que as coisas ruins aconteçam (Capítulos 7 e 14).

Supõem-se que em nosso sistema planetário terrestre temos, sessenta bilhões de mônadas operando, o que podemos concluir que no sistema de reencarnações deste planeta, teremos, portanto, oito trilhões e seiscentos e quarenta bilhões de personalidades envolvidas, atemporalmente, ou seja, no passado, presente e futuro, considerando que hoje, nos tempos atuais, são 30 bilhões habitando a ecosfera terrestre, com apenas 7,5 bilhões encarnados. Logo, encontrar uma das personalidades decorrentes de nossa mônada é como achar uma agulha em um palheiro. Mas enganam-se os que pensam que encontrar uma dessas "outras partes" seja sinônimo de alegria e felicidade eternas. Da mesma forma que, o fato de nascer de uma mesma mãe não é garantia de harmonia entre os irmãos, ou o fato de fazer parte de uma mesma família não garante que as pessoas se entendam com perfeição, o fato de encontrar alguém que faz parte de nossa família monádica não é nenhuma garantia de amor eterno ou harmonia maravilhosa. As mônadas não se subdividem até o ponto de personalidades para satisfazer nossos desejos de "felizes para sempre". O objetivo é viver experiências das mais diferentes para depois se contabilizar a somatória de aprendizado de cada uma numa mônada só, e com isso essa mônada evolui.

O foco portanto não tem nada a ver com desejos amorosos: o objetivo é evoluir. Se calhar de uma união amorosa acontecer entre pessoas de uma mesma mônada, ótimo, mas nisso não há nada de "garantia de amor e alegria infinitos". Independe uma coisa da outra. Vemos personalidades de uma mesma mônada chegarem a se degladiarem em alguns casos. Da mesma forma que fica mais fácil brigar com pessoas próximas com quem temos intimidade no lar por exemplo, de uma forma que não faríamos com estranhos, o mesmo acontece com algumas "outras partes" de nós. Mas entende que uma coisa não tem vínculo algum com a outra? Na pratica, posso ter uma "outra parte" da minha mônada sendo agora a personalidade de um terrorista no oriente médio, outra como meu avô, outra como um veterinário a cuidar de cangurus na Australia, outra como o psicopata que matou os pais e cumpre pena numa prisão do mundo, outra que é um mendigo em Los Angeles... Por isso vivo dizendo: não julgue! Dependendo de quem você julga, pode ser que esteja julgando a você mesmo, uma parte de você mesmo.

Em resumo: faz parte da mesma mônada que eu? E daí? Isso é garantia ou predisposição de alguma coisa? Não.

Em relacionamentos amorosos, posso ser dezenas de vezes mais feliz com uma pessoa que não faz parte da minha família monádica. Ou posso ser dezenas de vezes mais feliz com alguém que faça parte dela. Independe do fato de pertencer ou não à mesma mônada. Depende é do tipo de personalidade que cada uma dessas partes assumiu nessa sequência de encarnações que vivemos. Mas é claro que, se eu encontro uma pessoa compatível, se há amor mútuo, se existe predisposição de um gostar, se há elementos facilitadores no meio, se fisicamente eu me sinto atraído, se tudo é ótimo, e se além disso ainda faz parte de minha família monádica, aí sim essa passa a ser uma cereja do bolo que é mágica e encantadora. Há uma maneira de saber se pessoa A ou B faz parte da minha mônada? Há. A Kabbalah revela. Mas antes disso há de se perguntar: há sentido prático em fazer com que isso seja revelado a você, ou será o mero satisfazer de uma curiosidade? A hierarquia iluminada não corrobora com separativismos, nunca, portanto, se o objetivo de saber essa informação é o de escolher se doar apenas à sua família monádica, esqueça. A missão de uma personalidade não é a de encontrar uma de suas outras partes (embora se encontre com pelo menos uma delas no decorrer da vida) mas sim, de evolução. Se aquela personalidade específica vier a ter um enriquecimento de alma maior vivendo uma relação amorosa com uma pessoa de outra família de mônadas, isso deverá ser priorizado. Aliás, cerca de 90% dos casos que já acompanhei entre "amores parte de uma mesma mônada" não tiveram um "amor garantido por toda a vida". Na verdade alguns não duraram nem 1 semana. Mas que todos foram experiências profundas, mágicas e poderosas, foram. Porque o sentido prático do encontro de partes de uma mônada, quando no campo amoroso, é o de dar direção, corrigir um padrão, fortalecer a alma ou libertar as pessoas de preconceitos ou padrões negativos. Afinal, elementos de uma mesma família podem se ajudar mais facilmente do que "os de fora". Mas cumprida a missão, só permanecem juntos onde não há apego. Se houver apego, há separação certa, e fica na alma a saudade, a dor, que um dia acabam passando, deixando registrado no coração apenas aquela sensação de que naquela altura da vida, tivemos acesso a bençãos que nos estilhaçaram as janelas.

Mas afinal, uma relação entre "almas gêmeas" pode dar certo? Pode sim. Mas é uma clássica relação que normalmente (normalmente porque não é uma regra inalterável) não está regida pelo destino, mas sim, pelo livre arbítrio. Logo, faz parte da lista de tarefas de ambas as partes, vibrarem no positivo se quiserem usufruir dessa benção de forma duradoura. Claro que isso vale para qualquer relação, mas entre partes de uma mesma mônada, isso é a diferença entre o sucesso ou o fracasso da relação. Cuidado há de se tomar contudo com visões erradas: hoje em dia há muita gente vivendo de ego, em mergulhos de vaidade, doentes pelas paixões avassaladoras que as fazem ter certeza de que aquela é a pessoa da vida delas e se desesperando se as coisas não saem à sua maneira. Isso é apego, e apego pode acontecer em qualquer relação, mas independe da pessoa ser ou não outra parte monádica: apego tem a ver com a maturidade da personalidade.

Quer garantias de uma relação potencialmente feliz? Faça a Kabbalah de ambos. Depois, a estude detidamente. Nada é mais soberano do que essa visão para essa personalidade vivida no hoje. Porque a Kabbalah te diz quem é a outra pessoa, se há combinação potencial adequada, se os carmas de ambos são minimamente compatíveis, e o que esperar. Se todos investissem nisso antes da relação se aprofundar, reduziria-se drasticamente as expectativas do ego e ampliaria-se intensamente as chances de acerto. Aliás, uma crítica construtiva: pessoas passam a vida gastando pequenas fortunas com bebidas, festas, happy hours, roupas, compras em geral, viagens, motéis, comidas (maravilhosas), massagens, até com prostituição e alguns vícios por precisarem de sensações imediatistas. Mas não investem em se conhecerem e entenderem o que vieram fazer aqui nesta vida, e como fazer as melhores escolhas. Não estou dizendo que não deveriam gastar com as coisas que desejam. Mas quem investe primeiro em entender o seu papel no mundo, consegue fazer todas as outras coisas resultarem em mais satisfação.

Mas se para você isso não faz diferença e a ideia é arriscar e viver o momento, vá em frente. Nada é soberano e mais belo ao inalienável direito de escolha. Afinal, não há erros, apenas lições. O crescimento é um processo de ensaio e erro, de experimentação. Os experimentos ‘mal sucedidos’ são parte do processo, assim como experimentos que, em última análise, funcionam. Aliás, cada lição é repetida até ser aprendida. Elas serão apresentadas a você sob várias formas. Quando você a tiver aprendido, aquela lição termina, e você passará para a próxima. E por fim, aprender lições é uma tarefa sem fim. Não há nenhuma parte da vida que não contenha lições. Se você está vivo, há lições a serem aprendidas e ensinadas.

Pense Nisso!



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Conteúdo desenvolvido por: Antony Valentim   
Antony Valentim é um ser comum, sem privilégios ou destaques que o diferenciem das demais pessoas. Devorador de livros, admirador de culturas religiosas sem preconceitos, e eterno aprendiz do Cristo. Mestre de nada, sábio de coisa alguma. Alguém como você, que chora, sorri, busca, luta, exercita a fé e cultiva no peito a doce flor da esperança.
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