O livre-arbítrio antes de reencarnarmos

O livre-arbítrio antes de reencarnarmos
Autor Mauro Kwitko - [email protected]
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Devido à concepção ainda vigente de um Deus mosaico, trazido por Moisés, um Ser Divino, por uma necessidade para o povo daquela época, um Pai que julga, que castiga, que pune, que se vinga, todos nós há muito séculos temos criado infâncias e vidas baseada em uma “Justiça Divina” que não existe, pois ela é uma concepção baseada em nossa própria concepção de “justiça” humana. Mesmo que Jesus, o Governador do nosso planeta, tenha trazido uma concepção oposta, de um Pai bom e justo, doce e amoroso, continua vigorando até hoje o Deus de Moisés. Por isso, a maioria de nós, após uma encarnação em que “pecou”, cria uma próxima infância e circunstâncias a encontrar durante a próxima encarnação segundo uma Lei do Merecimento, uma Lei da Necessidade e uma Lei do Retorno próprias, nisso baseadas. Como a maioria de nós ainda lida com essa concepção, na prática da Psicoterapia Reencarnacionista lidaremos com infâncias co-criadas pelas pessoas que nos procuram que foram estruturadas dessa maneira.

E também podemos ver que as nossas foram dessa maneira criadas. A maioria de nós pediu um pai ruim porque foi um pai “ruim” para sofrer o que causou de sofrimento a outros, ou para aflorar suas inferioridades (magoar-se, sentir-se rejeitado, sentir medo, achar-se inferior, ter raiva etc.), pediu uma mãe não carinhosa porque não foi uma mãe carinhosa ou para aflorar inferioridades, pediu para vir em uma situação de miséria porque foi abastado e egoísta e assim por diante. Ou seja, como ainda temos uma concepção infanto-juvenil de “Justiça Divina”, nós viemos há séculos reencarnando para pagar, para sofrer, e, convenhamos, com essa concepção não é de estranhar que a depressão (explícita ou disfarçada) seja a mais comum doença do ser humano, pois, em nosso íntimo, não merecemos ser felizes porque somos “pecadores”. Todos atualmente querem ser alegres, isso está na moda, mas não sabemos ainda nem ser felizes, e essa não necessita ser demonstrativa, não precisa da visibilidade. Todo o Programa do nosso Curso versará principalmente sobre as encarnações baseadas na crença no Deus de Moisés, pois é o que ainda vigora.

Mas, como vimos, a nossa infância poderá ser co-criada por nós baseado em uma crença diferente do Divino, no que Mestre Jesus nos ensinou quando afirmou “Vá e não peques mais!”, e, então, poderemos criar uma próxima infância baseado nisso, não “necessitaremos” um pai, uma mãe, uma estrutura inicial de vida negativas, ruins, pelo contrário, decidiremos que queremos evoluir pelo amor e não pela dor. Podemos curar uma antiga tendência de magoar-se, de sentir-se rejeitado, passando por infâncias boas e circunstâncias agradáveis de vida, convivendo com pessoas evoluídas, amorosas, pacienciosas, que não se magoam, não se sentem rejeitadas, porque já alcançaram um nível de ego mais evoluído e, então, nos ensinam que não devemos nos afetar negativamente com pessoas e fatos da vida que provocariam esse afloramento em nós. Mas, para isso, é preciso uma elevação do nosso grau de consciência para que, ao invés de optarmos por “pagar” pelos nossos erros e pecados ou sofrermos para aprendermos, optemos por aceitarmos nossos erros e pecados, decidamos não errar e não pecar mais, e ao invés de gatilhos para fazerem aflorar nossas inferioridades, almejemos gatilhos para fazerem aflorar nossas superioridades.

Em “O Livro dos Espíritos”, vários trechos ensinam que nosso Livre-Arbítrio não ocorre somente quando estamos na Terra, também funciona no período inter-vidas, e que nós escolhemos a infância que iremos necessitar ou merecer. Esse conceito de Livre-Arbítrio ainda é bastante desconhecido por nós, e explica por que muitas pessoas reencarnam para “pagar”, para “sofrer”, motivado por uma culpa que só existe em seu pensamento. Deus, que é Amor, não castigaria alguém pelo que fez de equivocado em vidas passadas, pelo contrário, ofereceria condições para aprender o que é certo, o que é correto, o que é bom para si e para os demais.

Todos nós temos a infância que co-criamos quando estávamos no período inter-vidas, de acordo com nossa concepção de Deus, ainda infantil, adolescente, adulta ou já anciã. Deus é neutro, nós criamos tudo na nossa vida e nas próximas, a responsabilidade sobre tudo a nosso respeito é somente nossa, essa é a verdadeira noção de Livre-Arbítrio. Quando afirmamos que “O futuro a Deus pertence”, estamos dizendo que o nosso futuro depende de nós, pois todos nós somos Deus em uma micro-manifestação.
 



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Conteúdo desenvolvido por: Mauro Kwitko   
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