Quanto disso cada um de nós experimenta durante a vida?
E se a solução desta questão estivesse em ‘’adultecer’’? Ou seja, encarar as situações da vida de forma adulta, olhando com honestidade para o realmente acontece e fazendo o que é possível? Compreender que todos tem suas limitações e que as percepções são diferentes pois estão vinculadas ao contexto de vida de cada um, seus valores, suas crenças?
Um adulto sabe o que pode fazer e até onde pode ir. Porém, é comum a nossa porção criança entrar na linha diante de uma frustração. Olhar para si e reconhecer que muitas vezes a nossa criança toma a frente é doloroso demais, afinal somos adultos!
A fim de evitar esta dor não olhamos para a ela que nos chama através dos nossos desconfortos avisando que existem emoções que necessitam ser vistas compreendidas, resolvidas, dissolvidas. E a única forma de resolver isso é olhando para elas, reconhecendo sua existência.
A dificuldade em fazer isso reside no fato de que acreditamos que termos de ser perfeitos, não podemos errar (aponte uma pessoa com este perfil, por favor... ). Sendo assim, admitir que muitas vezes temos reações infantis, e destaco aqui “re-ações” – automáticas -, torna-se muito difícil, afinal somos ‘’adultos”.
E assim seguimos reafirmando nossa ‘’adulteza”, através de teimosias, malcriações... como crianças. Um tanto incoerente, não?
O caminho para o amadurecimento real é um exercício constante de olhar para a nossa criança e dar a ela o que ela necessita: atenção.
Perceber que certas reações são incoerentes com o comportamento de uma pessoa adulta é o início. Sinceridade. Sinceridade e honestidade consigo mesmo. Só assim é possível amadurecer e estar no comando das nossas ações. Ações.
Agir é adulto. Escolher é adulto. Escolher como agir é adulto. Diante das circunstâncias, sejam elas quais forem é necessário estarmos no comando, e somente uma pessoa amadurecida é capaz disso, somente alguém com consciência e conhecimento de si mesmo detém o poder de fazer escolhas reais.
Tornar-se adulto não significa ser sóbrio e sério o tempo todo, ao contrário, ao olhar para a criança interior podemos então dar voz a ela, e contar com sua sabedoria, inocente, pura. Ouvir o que ela tem a dizer, e desfrutar livremente da vida, aproveitando as coisas boas, olhando para o lado positivo, sentir o encanto e a graça da vida, encontrar soluções. As crianças sempre tem uma solução para tudo, não é?
Integrar-se a si mesmo, integrar-se em si mesmo, adulto e criança, honestidade, comprometimento, diversão e contentamento é felicidade!
Mônica Turolla 01/08/2017
www.monicaturolla.com
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