Muitas filosofias, religiões e terapias tem seu foco na influência que estas heranças causam em nós.
Há o culto aos antepassados, terapia de regressão, constelações familiares e outros.
E percebemos que temos sido muitas vezes fiéis aos padrões de sofrimento que eles viveram, mantendo-nos assim inseridos neste contexto familiar. Sofrendo.
E em sofrimento buscamos uma maneira de dissolver essa repetição de eventos de alguma forma.
Porém, nossos antepassados, nossos ancestrais também nos deixaram como herança a força para vencer, as vitórias sobre as dificuldades, a determinação para conseguir seus objetivos. Eles nos transmitiram a força de vida. Se assim não fosse não estaríamos aqui.
Como será que reverberaria honrarmos nossa ancestralidade manifestando a força que vem deles, escolhendo conscientemente viver e sentir a força que vem deles e realizar o que eles realizaram e ir além?
Creio que seria muito gratificante ver os descendentes fazer melhor, mais e serem mais felizes, pois significa que eles contribuíram para tanto.
No culto aos antepassados, na constelação familiar, trazemos à nossa consciência tudo que herdamos de bom e reconhecemos o sofrimento que temos perpetuado pelo movimento de pertencer àquele clã.
Ao cultuar os antepassados buscamos, o quanto possível, os nomes daqueles que nos precederam, e são feitas preces para eles sejam iluminados, e reconhecemos sua contribuição para que estivéssemos aqui, pedimos que nos abençoem.
Em uma constelação, olhamos para eles e agradecemos a vida que se originou da ancestralidade e que nos foi transmitida através dos nossos pais, os reconhecemos e o que deles recebemos, identificamos o que é nosso e o que é deles, e muitas vezes temos mantido em nós em lealdade, e então cada um permanece com o que lhe pertence (sejam dores, expectativas, etc.), honramos e damos a eles um lugar em nossos corações, e assim, em nossos corações seguem conosco sem que perpetuemos de alguma forma seu sofrimento.
As terapias e cultos aos antepassados realizam um lindo trabalho neste sentido, e creio que podemos ir além. O ponto em comum aqui é consciência, na minha opinião.
Podemos então a partir disso escolher, sim, escolher! Escolher sentir e manter a força, as vitórias, a determinação, tudo que há de bom e está em nós, a parte boa, as qualidades dos nossos ancestrais.
Seria um trabalho colaborativo, por assim dizer, talvez alguns aspectos que nos enfraquecem pudessem ser dissolvidos apenas por reconhecer em nós vive a força dos nossos antepassados, daqueles que nos precederam, substituindo a crença de que o que nos impede de alcançar nossos objetivos se deve à esta herança.
Alcançar nossos objetivos depende de nós, de como usamos nossos recursos, que são a soma do que trazemos, herdamos e desenvolvemos.
Que possamos conscientemente sentir e escolher vivenciar tudo de bom que deles vive em nós!
Vamos honrar a nossa ancestralidade manifestando a felicidade! Dar um lugar de honra à esta força nos vivifica!
Mônica Turolla
22/08/2017
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