Espiritualidade - experiência espiritual em sermos tudo e sermos nada.

Espiritualidade - experiência espiritual em sermos tudo e sermos nada.
Autor Marcos F C Porto - [email protected]
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Sermos tudo e sermos nada, parecem ter sentidos opostos. No entanto, essas duas abordagens as quais soam como diferentes, na experiência espiritual nos levam ao mesmo modo singular de ser e experimentar, ou seja, a unidade.

Vamos então refletir sobre o tema?

Nossa opção nos diferentes caminhos espirituais visa muitas vezes, ao aquietarmos a mente, esvaziar os pensamentos, tornando-se nada, e desta forma, percebendo e experimentando sermos nada.

Em face dessa escolha, isso não nos parecerá atraente, e até desanimador. Caso não seja praticado de maneira correta, o que geralmente acontece, poderá nos levar a críticas e autojulgamentos.

Então, ao invés de ajudar a nos aquietar, nossa incapacidade em desenvolvê-lo, poderá de forma negativa, nos tornar inaptos conosco.

Sermos nada soa como morte!

De fato, tendo em vista em alguns casos nossa educação religiosa ou mesmo crenças, os caminhos que empregam essa abordagem, adotam a denominação de morte, ao especificarem ‘morte do ego’, ‘morte do falso eu’.

No entanto, apesar da inquietação que morte nos inspira, esses caminhos se mostraram eficazes ao longo de suas longas histórias.

Acoplarmos o ‘autonada’ na elevação ao Sagrado nos protege de muitas das armadilhas, nos guiando para a libertação, deixando claro que o lugar disponível no nosso interior possa ser preenchido pelo Eu Alma: morte interior dos hábitos e crenças indesejáveis, seguido pelo renascimento. Faz sentido?

Outros caminhos, notadamente em alguns ensinamentos ancestrais, representam essa realidade como "não-eu", uma espécie de meio-termo entre sermos nada e sermos tudo.

Ao invés de nos esvaziar, esses ensinamentos nos mostram entender como nossa visão de mundo em ‘ser o eu’ separado é ilusão. Mostra-nos como desconstruir o ‘eu ilusório’.

Mais uma vez, porém, sendo difícil de entender poderá ser assustador diante do desconhecido.

‘O que e quem serei caso me perca?,  será a pergunta buscando resposta.

O poder da nossa plenitude de mente gentilmente irá nos conduzir à discernimentos que penetram nossa ilusão de ego. Essa delicadeza, aliada à crescente libertação que nossa intuição produz, nos ajudará a superar o medo do ‘não ser eu’.

A abordagem do sermos tudo entrando em unidade, revela o verdadeiro ser espiritual que já somos. Não estaremos sendo tudo no caminho da ilusão da megalomania de possuir.

Na realidade, todos nós compartilhamos da mesma unidade, no mesmo "eu sou". Nosso próximo é tudo o que somos.

Presença verdadeira não tem centro, nem preferência, não é verdade?

Esses caminhos, identificando sermos nada, através da ilusão do ego, e se tornando sermos tudo, fluem para o grande oceano da unidade e do amor.  

Kalu Rinpoche (1905-1989) Honorável Lama Budista nos diz: “Nosso maior inimigo é se apegar a si mesmo. Por quê? Estamos presos  em uma situação a qual a mente é incapaz de experimentar diretamente o seu próprio vazio essencial e, em vez disso, postula um eu que deve ser mantido. Assim, desenvolvemos todas as necessidades e desejos”.

O caminho que seguirmos é uma questão de afinidade e adequação do nosso ser, o qual é único. Correto?

Ao nos enxergarmos através de nossa ilusão de separação, não mais nos sentindo separados, estaremos unidos em sermos tudo.

Assim ao nos esvaziarmos, coisa alguma é deixada para ser separada que nos impeça de entrarmos em unidade. Ao nos abrimos à unidade, nada mais poderá ser separado.

As questões de egoísmo, separação estão no cerne de nossa experiência espiritual em sermos nada e sermos tudo - quando encontrarmos nosso caminho da unidade do coração.

Vivemos na ilusão e na aparência das ocorrências. Existe uma suposta realidade. Somos essa realidade. Quando conscientizamos isso, entendemos que somos nada, e sendo nada, somos tudo. Isso é tudo!

Qual é o real significado de: tudo é nada e nada é tudo?

Observando ao nosso redor, percebemos que tudo o que sabemos é nossa experiência de ver e saber, de acordo com as interpretações da nossa mente.            

Dessa forma a maioria de nós, aonde me incluo, assume a existência do mundo exterior separados de tudo o mais. Sendo isso ilusão, chegaremos à conclusão de que tudo somos nós e, portanto, - ‘cada um de nós é tudo’ - então não somos nada em particular.

Assim, tudo é nada e nada é tudo! Aprofundando melhor, poderíamos dizer que somos aquele nada que compõe tudo. Tudo é nada e nada é tudo é uma afirmação que ao longo dos tempos tem sido muito considerada experimentalmente, ao percebermos que, o que significa tudo para nós, poderá representar nada para os outros.

No Universo não há valores infindos ou valores nulos, no entanto - tudo e nada - são partes essenciais da humanidade.

Poderemos interpretar tudo como sendo eventualmente, o que queremos realizar, mas isso representaria apenas a explosão do nosso sentimento intenso que dura apenas os segundos do clarão do relâmpago do raio antes do som do trovão. Está claro?

O grande caminho estará bem diante de nós, pois a verdade está bem dentro de nós. Isso é ser nós mesmos!

Tudo é nada e nada é tudo no Infinito Amor Divino do Ser Maior Criador Deus que transcende a todos nós. Estaremos aceitando o fluxo da vida, no equilíbrio entre o anseio de transformar as coisas e a nós mesmos, assim como nossa aceitação. É a verdade e a não verdade!

Voltaremos ao assunto.



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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos.
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