Espiritualidade - experiência espiritual na nossa autocultivação - 1ª parte

Espiritualidade - experiência espiritual na nossa autocultivação - 1ª parte
Autor Marcos F C Porto - [email protected]
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Como é do nosso conhecimento, em algum momento poderemos experimentar a sensação de que há algo muito maior do que o mundo concreto em que vivemos. Quer este sentimento seja inspirado por mistérios da ciência quântica, ou na visão inspiradora dos majestosos cumes das montanhas, ou ainda na energia espiritual experimentada na conexão com a elevação dos nossos níveis de consciência, esses momentos poderão ser ao mesmo tempo deslumbrantes ou até mesmo assustadores. São esses sentimentos, pensamentos e experiências que formam a base na nossa auto cultivação na espiritualidade.

Vamos, então, refletir sobre o tema?

Aspecto dos mais belos da espiritualidade é que ela pode ser experimentada de forma única em cada um de nós. Para alguns entre nós, espiritualidade é sobre devoção a uma fé religiosa. Outros buscam conexão mais pessoal com o espiritual, realizando atividades de expressão espiritual criativa.

Como consideração geral, podemos dizer que não há forma certa ou errada de abordarmos o tema espiritualidade, salvo as exceções do ponto de vista ético.

O importante é reconhecermos que a jornada é o prêmio. Caso estejamos entre os que dedicam a vida a promover o desenvolvimento espiritual ou estando apenas começando a descobrir a espiritualidade, haverá ensinamentos importantes a serem aprendidos no caminho escolhido.

Nestes casos, e não tendo a menor intenção em estabelecermos regras, nossa pergunta buscando respostas poderá ser: “Quais seriam as orientações a seguirmos para aprendermos como nos tornarmos mais espiritual em nossas vidas diárias?” Faz sentido?

Estando em processo de desenvolvimento, as alterações nos níveis de consciência serão lentas na nossa autotransformação espiritual.

Isto implica estarmos conscientes de que muitas vezes nos colocamos entusiasmados nas intenções de transformação de vida por um tempo, e então paramos.

A dificuldade é que o entusiasmo poderá nos ajudar de início. Caso queiramos transformações a longo prazo em nossas vidas, é importante começarmos passo a passo, estando conscientes que o surto inicial de energia necessitará ser mantido, focado nos nossos hábitos. Uma vez o novo hábito seja formado, ele poderá manter a prática, quando o entusiasmo inicial se for.

O hábito irá estabilizar a prática, e que a inspiração permaneça com ela.

O problema de seguirmos apenas nosso entusiasmo é que começaremos muitas e diferentes práticas, eventualmente desistindo delas mais adiante. O resultado? Ficaremos com nada, perdendo também autoconfiança. Melhor é agirmos bem com uma prática do que começar e parar inúmeras delas.

Pratiquemos nossos tópicos espirituais. Nada é errado em termos de entendimento e compreensão completa de nossa tradição espiritual pessoal. No entanto, caso queiramos usá-la como instrumento da nossa autotransformação, deveremos fazê-lo como espelho em nossa própria vida, ou seja, com nossa personalidade e os desdobramentos nos nossos relacionamentos familiares, afetivos e pessoais.

Quando refletirmos sobre perdão, não pensemos no outro precisando aprender a perdoar; pensemos em como liberar nossos ressentimentos – nossa raiva, ciúmes, irritação e outras emoções todas importantes, não mudam o coração dos outros - só muda o nosso. Correto?

Compartilhando uma bela citação seja no Facebook, Instagram ou LinkedIn, reservemos um momento para realmente deixá-la participar conosco naquele momento, pois não é o que os outros irão pensar, mas o que nós individualmente estamos sentindo. Praticarmos presença com o Ser Maior Criador Deus significa expressarmos nosso amor por Ele em nossos pensamentos, sentimentos e ações, mantendo diálogo contínuo com Ele. Assim como nós valorizamos as expressões de afeto, o Ser Maior Criador Deus também é tocado nas manifestações amorosas.

Como Thomas Merton (1915-1968) monge trapista, escritor, mestre espiritual nos diz: “Deus está sussurrando em nosso coração em toda nossa existência, e apenas quer que sincronizemos nossos ouvidos”.

Somos Seres Divinos, cocriadores todo-poderosos, Divindade vivendo como humanos no século 21 em jeans, bermudas, boné, sandália, camiseta, Internet, WhatsApp, e no nosso interior habita a Alma carregando consigo infinita sabedoria de eras e o Sagrado Poder criativo de Tudo o que é, será e sempre foi. Está claro?

A dificuldade que encontramos com nossa mentalidade de vítima é nos esquecermos de enxergar as bênçãos do dia. Por causa disso, o eu Alma é envenenado ao invés de ser nutrido.

Não é nossa atividade externa do dia a dia, mas nossa inquietação interior que nos distrai do Ser Maior Criador Deus. Sempre que nos depararmos com isso, compartilhemos com Sua Presença afirmando: "Querido Deus eu te amo, Tu e eu somos Um!!!"

Como temos vivenciado, o lapso na nossa cultura e educação é a adoração ao livro-aprendizado - gerando confusão da instrução. Sobrecarregamos a memória em vez de cultivarmos a plenitude da mente, nos levando a estarmos cansados do ato de escrever nas complexidades da ortografia; ficamos subjugados e oprimidos por colunas de dados,  listas de fatos e lugares, que não transmitem ideia definida às nossas mentes, não tendo na maioria das vezes relação próxima com nossas necessidades e ocupações diárias.

Consciência espiritual da experiência na nossa autocultivação nasce do processo de refinamento através da disciplina espiritual, autotransformando o modo como aprendemos pensamos, sentimos, nos relacionamos conosco e com os outros, agimos, criamos – literalmente em todos os aspectos de nossas vidas como seres integrados de Corpo-Mente-Alma.

Continuaremos na próxima edição.

Texto Revisado



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Conteúdo desenvolvido por: Marcos F C Porto   
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos.
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