Nesse momento, você não percebe que não há nada de belo nas trevas do abismo, mas você continua olhando para lá, quase que de forma mecânica; você olha sem entender que está sendo arrastado para lá, sem notar que forças estranhas atuam sobre você para impeli-lo à escuridão. Já se perguntou que forças são essas? Já tentou entender por que você está nesse estado?
Não, meu amigo, você não percebe que existem energias contrárias ao seu despertar atuando sobre você nesse momento. Não consegue notar a presença dos demônios que estão ao seu lado dizendo: “Olha, esse é o cenário da tua existência, não existe nada além desse abismo, pois é isso que você merece...”.
Você aceita, acredita, rende-se à essa insanidade e entrega os pontos, torna-se suscetível a qualquer sugestão. Aceita ser escravo dos adversários que estão o influenciando nesse momento, obedece a todos os comandos daqueles que estão o arrastando ao fundo do poço. Você percebe que não há como lutar, é preciso aceitar a escravidão e mergulhar nesse abismo, esse cenário tornou-se a sua realidade e a você só cabe chafurdar na lama.
Tudo isso acontece porque você está de cabeça baixa, imerso em pensamentos negativos, com o olhar totalmente contaminado por emoções ruins e como dizia Nietzche: “Quando você olha para o abismo, o abismo olha de volta”. Foi isso meu amigo: o abismo olhou de volta.
Não foi ele, o abismo, que veio até você, foi você através de escolhas estúpidas que foi até ele. Você resolveu criar sintonia com essa faixa de sofrimento e dor e tudo ficou assim, ruim mesmo. Não culpe ninguém por isso, assuma a responsabilidade por tudo, esse é o primeiro passo. Fazer-se de coitado, de vítima, de injustiçado, assim por diante, só piora o quadro da sua existência, seja homem, ou seja mulher, assuma de vez.
Existem muitas faixas vibratórias no Universo. Jesus dizia: “Na casa do meu Pai há muitas moradas”, ele estava referindo-se a essas faixas. É sempre você que decide com o que quer sintonizar-se, em qual faixa que você vibrar e em qual morada vai habitar. Não culpe Deus por isso: pelas péssimas escolhas que fez, sempre foi você o artífice da própria miséria que escolheu viver.
Se você levantar a cabeça irá perceber mudanças imediatas. O ato de levantar a cabeça é um ato de coragem, de transgressão, é o retrato de um escravo que não aceita mais o jugo da escravidão, de alguém que está disposto a embrenhar-se no mato em busca do Quilombo, da libertação.
Quando você olha para cima, você enxerga a luz e da mesma forma que o abismo o arrastou, a luz irá arrastá-lo.
A escada sempre esteve ali, você é que nunca quis subir por ela, pois só tinha olhos para o abismo, mas agora você pode mudar, subir em direção à luz, encontrar o verdadeiro significado da sua existência.
Você merece sintonizar-se com as faixas mais elevadas, merece conhecer as moradas do Pai que estão reservadas àqueles não perdem tempo com o vitimismo, com o desânimo, com a reclamação e nem aceitam a subjugação impostas pelos próprios medos.
Acredite, o seu Verdadeiro Eu está lá em cima e não nas profundezas do abismo em que você escolheu viver. O eu Eu Verdadeiro mora no sétimo céu, nas faixas elevadas onde reina a paz e a felicidade, pois o seu Verdadeiro Eu traz os atributos da Felicidade, Eternidade e Existência, ele é Satchitananda. Ele é, portanto, Deus, nada menos do que isso.
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