Os extremismos da dualidade: a ganância

Os extremismos da dualidade: a ganância
Autor Rodrigo Durante - [email protected]
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A dimensão polarizada em que vivemos não significa uma guerra entre o bem e o mal, mas apenas um cenário onde podemos praticar nosso livre-arbítrio, escolhendo por nós mesmos os caminhos que preferimos seguir. Cada decisão, no entanto, tem uma repercussão energética e prática em nossas vidas, que se apresenta positiva ou negativa, conforme a nossa experiência e interpretação.

No entanto, por já estarmos a muitos milênios nesta experiência, acabamos criando muita distância entre um extremo e outro desta dualidade. Então, na prática, se de um lado existe (ou existiu) muita repressão sexual por convenções sociais, de outro existirá um liberalismo exacerbado para compensar isso. Se existe a miséria, há também o mais alto nível de riqueza que podemos imaginar. Se existe o materialismo, haverá também a total negação da matéria e assim por diante.

Com esta base, do nosso próprio livre-arbítrio e dos extremos desequilíbrios que vivemos surgiu a ganância. A ganância vem da ilusão da separação que acreditamos que existe entre nós, o Divino em nós mesmos e tudo o que há. Vem da perda da visão do eterno, da compaixão, da paz interior e da plenitude que existe em nós e em toda a humanidade. Do esquecimento de que tudo é Divino e sagrado, não importando seu valor material. Vem da crença de que o outro é nosso concorrente ou inimigo. Da crença da falta e da escassez. Da crença nas negatividades e dificuldades que virão.

Além disso e talvez principalmente, a ganância vem como uma reação extrema das feridas que trazemos conosco em nossa bagagem ancestral (DNA) e vidas passadas, dos sofrimentos advindos dos nossos julgamentos materialistas por "não ter", não possuir ou receber algo que acreditamos necessário para nossa satisfação, realização, segurança e bem estar. O medo da falta e privações nos cega e afasta da paz interior, da Fé, da total aceitação e entrega ao momento presente.

É importante refletir que, se tudo é Divino e sagrado, não há problema algum em desfrutar das riquezas materiais. E não há mesmo, a Vida Divina é plena e abundante. O problema está no desequilíbrio e na perda do contato com a verdade de quem somos, na busca dependente de satisfações exteriores para se estar bem, para se sentir seguro e tentar conseguir um mínimo de paz, na crença de que somos nós os "fazedores", não enxergando e compreendendo o funcionamento da vida nesta dimensão e, principalmente, a respeito da ilusão sobre o quanto é suficiente para nós, com tantos vazios que passamos a vida tentando preencher.

Para superarmos tudo isso, é preciso compreender profundamente que a verdadeira paz, alegria, plenitude, contentamento e gratidão são qualidades do espírito e estão dentro de nós. Que se há ainda alguma insegurança, vazio, carência ou dependência de algo exterior (e não falo aqui sobre luz, água, comida, ar e roupas suficientes para cobrir nosso corpo), ainda temos feridas e desequilíbrios que precisamos perdoar, curar e equilibrar. Ainda existem crenças e programações sobre aparências, padrões e reações desequilibradas acontecendo, sejam conscientes ou inconscientes.

É importante também praticarmos a resignação, compreendendo amorosamente que tudo o que vivemos hoje se deve a nossas próprias escolhas em desequilíbrio do passado e que precisamos viver isso para podermos equilibrar tudo. A resignação nos liberta do peso das autocobranças, de nos julgarmos errados ou incompletos, trazendo a consciência de que tudo está acontecendo exatamente como deveria acontecer para nos ajudar a voltar ao equilíbrio interior e alinhamento com o Divino em nós. Tudo o que ocorre em nossa vida é para o bem. Tudo.

Uma vez em contato com quem verdadeiramente somos, totalmente entregues, gratos e sem comparações com os outros, a plenitude do ser manifestará com facilidade e leveza as condições materiais ideais para cada um, para que cada um tenha uma vida feliz e satisfatória, em equilíbrio com o Divino em si, com o outro, com a vida, com o planeta e universo!

Em Paz,
Rodrigo Durante.


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Conteúdo desenvolvido por: Rodrigo Durante   
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