Você acha que sabe mais e sempre corrige o que os outros falam, pensam e fazem?
Consegue enxergar os erros e faltas em tudo, perceber o que não está perfeito e sugerir opções sempre melhores?
Critica e julga as falhas alheias e sabe exatamente o que deveria ter sido feito e não foi?
Sempre está apontando o dedo e mostrando como os outros não sabem, mas você sim?
Com os próximos ainda dá um "desconto", mas com os demais, é a "ferro e fogo"!
Conhece alguém assim? Talvez você mesmo?
Atenção, parece que você é muito correto e preciso no que faz, mas provavelmente está aprisionado na “síndrome do acusador”, a qual faz parte do Triângulo Dramático (TD) descrita pelo psicoterapeuta Karpmann, da Análise Transacional. Essas dinâmicas adoecem e destroem nossa vida e os nossos relacionamentos.
Se você convive com um "acusador", terá frequentemente a sensação de ser inadequado ou errado, que não sabe fazer nada direito e por fim terá receio de se colocar nas mínimas coisas, terminando por evitar o diálogo e o confronto.
A relação se tornará um tribunal no qual você deverá se defender das mínimas até as grandes questões.
Se você é um "acusador", despertará nas pessoas sensação de inferioridade ou raiva, afastará os próximos e viverá num "tribunal" de disputas e acusações.
Os acusadores precisam se sentir "certos", e para isso deverão ter por perto aqueles que serão os "errados". Difícil conviver diariamente com alguém que está sempre pronto para ver e apontar suas falhas, sem mostrar soluções, e que nunca está errado. Quase um "deus" em pessoa.
A origem dessa dinâmica pode estar na infância, por ter sido julgado como inadequado por seus pais ou cuidadores, e agora sua criança ferida precisa mostrar que sabe o que é certo, ou por outro lado sempre foi (des)educado como um reizinho ou rainhazinha sem limites que sempre fazia o que queria.
Por vezes, são dinâmicas transgeracionais com as quais nos identificamos, as quais nos levam a julgar e corrigir no lugar de alguém que foi injustiçado. Se você vive como um “Acusador”, terá sempre próximo a você, em suas relações, os outros polos da tríade, as “vítimas” e “salvadores”, e é bastante comum esses papéis se alterarem entre si.
Quando você perceber que as pessoas ao seu redor o chamam para vivenciar de relações no formato Triângulo Dramático (TD), reflita sobre seu papel e se conscientize sobre o caminho a seguir. Procure participar somente se for possível agregar através de soluções saudáveis, evitando agravar as dinâmicas doentias e os emaranhamentos.
Vamos ampliar a consciência!
Dr. Roberto Debski
Médico e psicólogo
Facilitador em Constelações Sistêmicas
Leia também o Capítulo 3 - A Vítima
Texto Revisado
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O Dr. Roberto é médico (CRM SP 58806) especialista em Acupuntura, Homeopatia e tem formação em Medicina Ortomolecular. Também é psicólogo (CRP 06/84803), Coach e Master Trainer em Programação Neuro-Linguistica. Formador e facilitador em Constelações Familiares Sistêmicas Acompanhe nossos próximos eventos! https://www.facebook.com/debskiroberto/ E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
