A melhor foto é aquela que você não consegue tirar...

A melhor foto é aquela que você não consegue tirar...
Autor Ana Carolina Reis - [email protected]
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Não consegue porque aquele momento foi tão único, tão inesperado, tão inspirado, tão incrível e maravilhoso, que até você ir pegar seu celular (ou câmera - alguém usa além dos fotógrafos?) aquele momento mágico já passou.
E se não passou, se deu tempo, você tira uma foto (uma não, várias!) daquele pôr do Sol deslumbrante, com todas as tonalidades de cores, como uma aquarela no céu e quando você vê na tela do celular, aqueles pixels nem de longe conseguem captar tamanha beleza!
(é uma frustração, não?)
E, quando se trata de emoção? Aquela sensação que você quer deixar registrada para a eternidade? Muitas vezes eu respiro fundo e tento fazer um 'click' interno, para ver se eu consigo reter ao máximo aquela experiência, como os momentos em que eu amamentava a Katie bebezinha no quarto e entrava um raio de sol dourado do fim da tarde sobre nós, como se fosse um abraço, um toque do próprio Deus...
Tentei tirar diversas fotos desses episódios, mas quando olho nem de longe se parece com a sensação da hora, daquele momento presente.
Aquele velho clichê: é por isso que o presente se chama presente! Mas é tão difícil estar presente hoje em dia, com tanta tecnologia e chamarizes ao nosso redor: é rede social, é Whats, é responder e-mail, é "tirar foto", é o próprio vício mesmo (inventei nas minhas férias que vou criar o V.C.A. - Viciados em Celular Anônimos, kkk - o que vocês acham? Vou ficar rica, né? Porque não vai ser voluntário não! ??). Infelizmente, tenho me deparado com essa triste realidade: damos tantas desculpas para ficar no celular: trabalho, amigos, passar o tempo... E as pessoas ao nosso redor, assim como a vida real vão passando e a gente nem vê!
Tenho me esforçado diariamente nas minhas férias a usar o celular o mínimo possível, e por isso tenho me dado conta de todas essas questões... Quando, finalmente, consigo parar e me desligar de verdade, ficar "off" para o mundo virtual, me conecto infinitamente com tudo que está vivo e pulsante ao meu redor: com uma folhinha de malva cheirosa que encontrei aqui no jardim (e me encantei por ela!), por uns bichinhos que passam bem pequenos quase imperceptíveis (que por sentar no chão para brincar com minha filha me dou conta), pela própria presença dela (sem palavras!), por infinitas coisas que dariam um livro (aliás, poder ler um livro!)...
Enfim, só me vem à mente as palavras: contemplar - silêncio - vazio... E, assim, eu quase consigo ouvir os sons ao meu redor e dentro do meu corpo! Sem buzinas, trânsito, sem nada que me distraia do que é real!
Esse texto era apenas para dizer que as melhores fotos da minha viagem não puderam ser tiradas, porque estava vivendo o presente, contemplando o vazio e o silêncio, amando minha baby e meu esposo, em estado de pura presença. 
Ana
 
@aurorapachamama
www.espacopachamama.com
 
Texto Revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina Reis    
Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Apometria, Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais
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