7.2.11.07.1949 QUANDO A NEVE POUSA NAS PITANGAS

7.2.11.07.1949 QUANDO A NEVE POUSA NAS PITANGAS
Autor Marilene Pitta - [email protected]
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Marilene Pitta (Terapeuta Holística e Leitura de Registros Akáshicos com Alinhamento Energético).

Rio de Janeiro (21)9 9966-5354. ONLINE

        Chegou o tão esperado tempo da vida onde o inverno entra e busca o fogo sagrado que aquece o coração com marcas de dores e alegrias. Afinal, 72 anos é um momento de lucidez e clareza: qual o sentido da minha existência... Nada de interrogação três pontos podem formar um triângulo. É um olhar, uma perspectiva iluminada. Ver o óbvio é uma coisa, mas ter a luneta quântica é outro Universo. É assim que entrei na página dos 72 anos.

        Depois de dias frios e chuvosos o Rio de Janeiro abriu um deslumbrante sol: quente, radiante e belo. Respirar é como ser batizado novamente nas águas puras e cristalinas. É uma sensação. Um sussurro leve e suave como os passos de um ser encantado. De repente, me vi no alto de uma majestosa montanha no Himalaia junto com lamas em Meditação e a visão multidimensional tornou-se viva. Realidade paralela. Magnífica!

        Um manto da cor do sabor do vinho cobria meus ombros e se deixava fluir pelas pernas e chão. Não havia disputa de lugar, somente ser ali em plenitude. Os mantras eram docemente cantados e as deidades iam se apresentando na festa do encontro. Tão real como o pulsar do meu coração.

Nesse momento outra realidade  se apresentou.

Era o sertão do Nordeste. A sanfona com sono entoava uma canção antiga do São João da minha infância. Trazia para o meu coração um acalento. Posso sentir a fogueira na dança das salamandras estalando de prazer. A sensação era quase pela manhã o mesmo sol do Rio! De repente, abri os olhos e vi uma donzela pitanga formosa com seus cachos vermelhos como o precioso rubi. O fruto se oferecia para o viver. Perfeitamente divino. Nesse momento veio a dança das palavras na poesia da alma que quase esquecida voltou a bailar. Não sei explicar. Sei que celebrar 72 anos é viver em multidimensões onde tudo e todos se entrelaçam no sopro da Via Láctea... Como um leite bom e morno do peito de mãe. Leite da fonte celestial do viver. Entendi tudo: como as crenças maltratam nossa alma em lições do não pode e do não deve. Um vento forte trouxe um ensinamento “A DE AMOR. B DE BONDADE. C DE COMPAIXÂO”. O pior aconteceu ou o milagre da revelação. Sombras mortas de desespero por angústias da separação, do não vivido, das regras injustas,  das mentiras anunciadas, do grito calado, das violências e chibatadas no gritos abafados. Nos porões, nas praças, nos quartos, no silêncio da noite os abortos sangravam.

Respirei e pensei na história da minha humanidade. Uma realidade milenar que ultrapassa os muros do tempo-espaço. Uma lágrima quente iniciou sua jornada em direção ao mar da face gelada... Memória Akáshica. Não tive dúvidas: pedi perdão e supliquei por bênçãos. Esperei a resposta.

Começou a nevar. O anjo da neve veio suave trazido pelo espírito do vento com calma como um amor incondicional, os flocos dançavam em harmonia e deleite. O mesmo vento que sempre aparece com os silfos nas ruas, nas praças, nos rios, mares e florestas. É um sinal do celular cósmico: escute a mensagem. Apurei a intenção e apareceu a mesma árvore da pitanga e um floco de neve pousou no vermelho rubi da pitanga e trouxe um choque anímico, um tremor, algo que se sente não se explica. Como um amor inesperado que chega e revela  um olhar brilhante com uma história para se viver.

Daí veio o ensinamento “quando a neve pousa na pitanga”. Maravilha compreender que a vida é um convite vivo se celebrar pequenos e grandes milagres. Uma surpresa de pessoa querida com cartão de palavras gentis. Um livro antigo que chega. Uma oração dos padres do deserto que entoam em sintonia com o Universo. Um cristal que reflete a luz do sol e resplandece em arco-íris. Um som que nos leva para a dimensão da alegria solta e leve como gargalhar que contagia e cura as dores. O sabor de uma comida temperada com paciência consagrando todas as especiarias... Especialmente, açafrão. Cada especiaria tem um registro e uma história: descubra. Um banho morno fervido com cravo, canela, alecrim sem esquecer o óleo essencial de jasmim. As células novas como a juventude ou as envelhecidas como a maturidade que ficam nos barris de carvalho esperando o gole do vinho.

Desse modo, chegaram os 72 anos e a menina é a mesma do chorinho e dos mantras... Como ouvir um sax ou um piano. Tudo é magia e mágico. Amo estar lúcida e consciente aos 72 anos. Tem coisas e novidades nessa história. Pois é: troquei o dendê da Bahia por comida vegana. Tenho uma amiga que diz “você está doida”. Então, endoidei. Aprecio uma taça de vinho branco doce. Comprei um telescópio para conversar com as estrelas como a poesia de Olavo Bilac. Faço lives com meu neto e dou risada com o choque de gerações que se encontram em um ponto sagrado da curva do caminho. E tem mais: ambrosia portuguesa, beijinho com cravo, bolo de limão, chá, silêncio, escrever. Amo ser Terapeuta Holística... É como seguir junto reescrevendo a história do viver. Agora, celebro em solitude meus abençoados 72 anos. Sou insistente e apesar da pandemia vou viajar para lugares dos sonhos. Levo minha pequena maleta com um caderno e um lápis. As fotos ficam na memória de luz. Iluminemos. Somos todos um.  AMORLUZ como Maria Madalena. É preciso consagrar o eterno feminino em fonte de eternidade. Busque e encontre o seu Graal... Dá tempo. Afinal estamos e somos Multidimensionais.

Até os 82... 92... 102... E por aí vamos vivendo nossas histórias. Chuvas de Bênçãos para os Corações em sintonia e aqueles que não estão... Vou esperar.

 

 






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Conteúdo desenvolvido por: Marilene Pitta   
Formada em Registros Akáschicos;Alinhamento Energético;Terapia Floral;Formação Holística de Base (UNIPAZ) com Pós Graduação em Terapias Holísticas;Mestrado em Educação e Desenvolvimento Humano. Consultas em Roda Xamânicas. Animal Poder.Atendimento com Conexão com o Povo das Estrelas (Arcturianos e Pleidianos). Atendimento á Distância e Presencial.
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