A preguiça como força evolutiva

A preguiça como força evolutiva
Autor Ingrid Monica Friedrich - [email protected]
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Já ouviu a cobrança, não seja, preguiçoso, este é um pecado capital?

Crescemos e vencemos na vida, não apenas por causa do que recebemos, como cuidados, uma casa que nem sempre era um lar, a alimentação possível e não ideal, familiares que nem sempre conseguiam ser amorosos ou presentes, roupas às vezes herdadas, um colchão velho e cobertas surradas.

Recebemos uma educação não ideal, mas a que a realidade permitiu que tivéssemos.

Mas ainda assim, crescemos fortes e nos tornamos adultos.

Nossa ambiência, quando ainda éramos frágeis e dependentes pode ter sido hostil, mais próxima a um purgatório, e para algumas famílias, um inferno.

Ainda mais para quem nasceu no final de uma guerra mundial, onde ter as necessidades básicas atendidas era raro, poucos empregos, e logo após uma ditadura.

Mas APESAR do ambiente difícil, crescemos.

Temos mais educação da que era possível as gerações anteriores.

As mulheres conquistaram a liberdade de sair das atividades domésticas, do confinamento e submissão para poder ganhar seu próprio salário, trabalhando fora e assim abrindo horizontes de vida.

A dificuldade gerou força, resiliência, vontade de viver, mais do que apenas sobreviver, que está modificando a Humanidade, a passos largos.

Mas existe uma grande resistência para romper a inércia do que era nas gerações anteriores.

O meio, o sistema geram uma grande opressão, que torna difícil qualquer crescimento.

O conservador tem apego ao conhecido, por medo da perda de controle, de dar ruim a nova forma de vida, mais livre.

Já vivemos, da repressão social, da conformação de ser feliz se houvesse apenas um prato de comida e um teto, do Sistema Opressor, para a libertinagem da década de 70/80, testando o extremo oposto.

Ambos demonstraram não ser nada bons, tiveram consequências desagradáveis.

Desde então buscamos o caminho do meio, do equilíbrio, nem ambiente opressor, árido como um deserto, onde crescer é muito desafiante, mas também não tão liberal, com fartura que nos deixe ser propósitos e motivação para crescer.

Foi difícil, se desenvolver pelo APESAR DE...

Mas isto nos tornou quem somos, capazes de lidar com a antagônias, de transcender as dificuldades.

Nos faz deseja um ambiente propício para nos desenvolvermos por CAUSA DE....

Mas tendemos no conforto, a inércia.

Precisamos do incômodo para nos movermos, evoluirmos...

A Preguiça é uma mola propulsora da evolução humana.

Na busca de um ambiente confortável, que exija menor esforço, desenvolvemos múltiplas inteligências.

De caçador coletor, para não ter que caminhar, aprendemos sobre agricultura e criação de animais.

Para não ter que caminhar, domesticamos cavalos, criamos carroças, e aprendemos a lhe dar um motor, e até a fazer um objeto mais pesado que o ar, voar.

Deixamos de comer com mãos e dentes para criar prato, talheres, vários tipos de recipientes, alforges, malas, modo de transportar e conservar não só alimentos, mas pertences.

Com preguiça de carregar a mercadoria para fazer escambo, como mascates, inventamos o dinheiro, depois os bancos, cheques, mecanismos de trocas virtuais de debito e credito.

E até inventamos o homework para nem termos que nos deslocar ao trabalho: nós deslocamos nossas tarefas para dentro de casa.

O ambiente hostil de uma parte, e nossa tendência a preguiça do outro, gerou um moto perpétuo evolutivo que mudou a vida na superfície deste planeta.

Criamos cidades, metrópoles com água limpa na torneira, mercadinho perto, eletricidade para a geladeira e elevador, além da diversão dentro de casa, no comodismo doméstico.

As mulheres batalharam para sair de casa e trabalhar, se empoderar.

Agora todos retornam ao lar, trazendo a ele, não só o trabalho, mas estudos, lazer e com advento do metaverso, até para se sentir viajando, não será necessário sair de casa.

Em breve, a opressão da solidão, da ausência de relacionamentos de convívio, pode nos fazer vencer a preguiça e medo de sair de casa.

Todos os seres se desenvolvem mais em ambientes hostis, opressores...

Contrapõe nossa preguiça, a lei do mínimo esforço, de menor consumo de energia...

Então seja grato a todos que te oprimiram...

Fizeram de você uma pessoa vitoriosa...

Vencer APESAR DE, dá um sabor de conquista, diferente de chegar lá, carregado por facilidades, que nos deixariam preguiçosos.

Gratidão a todos, pessoas e eventos, que tornam nossa vida mais desafiadora, nossos antagonistas por me dar o prazer de vencer à vida difícil.

Foram o tempero que deu sabor a nossa vida. Mas gratidão também aqueles que contrapuseram o antagonismo com suas parcerias e apoios.

Afinal, foram as mesmas pessoas: pais, tutores, professores, empregadores, afetos desafiadores...

Se vencemos na vida, foram ambos na medida certa para fazer de nós quem somos...






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Conteúdo desenvolvido por: Ingrid Monica Friedrich   
Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida.
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