Uma mudança de consciência para as mulheres

Autor Isha Judd - [email protected]
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Dentro da ilusão, experimentamos o progresso, às vezes em saltos gigantes, mas de repente, as coisas começam a retroceder novamente, e voltamos a experimentar o que tínhamos lutado tanto para mudar no externo. Esse padrão ocorre por causa da nossa programação, por estarmos sempre olhando para o externo e tentando mudar os outros e como eles nos veem ou nos tratam.

Como seres humanos, insistimos em todas essas mudanças externas sem realmente transformar nossa própria programação interna, sem mudar os julgamentos e preconceitos que carregamos dentro de nós, em nossas cabeças. Essas ideias e crenças sobre nós mesmos não podem realmente evoluir até que aprendamos a liberar a carga emocional profundamente enraizada que as apoia. Inconscientemente, estamos lutando contra nossos próprios sistemas de crenças; portanto, o progresso que achamos que conseguimos do lado de fora diminui depois de um tempo, porque no fundo concordamos com os nossos preconceitos.

Recentemente, eu estava ouvindo um grupo de mulheres falando sobre os direitos das mulheres, e elas comentavam sobre as mulheres em sua aldeia e sobre todo o trabalho verdadeiramente inspirador que faziam para apoiar a mudança por lá. Como mulher australiana, no meio de toda essa conversa, fiquei surpresa ao ouvir a declaração repentina de uma delas dizendo E nós até as casamos. Como se essas mulheres, que agora estavam casadas, pudessem finalmente sentir-se completas. Essas palavras foram ditas por uma mulher muito inteligente, graduada em uma renomada universidade americana. Ainda assim, ela acreditava que uma mulher deveria ser casada para ser considerada completa.

Por quê? Porque em um nível inconsciente ela ainda se identificava com suas crenças culturais profundamente enraizadas e internalizadas.Não estarei completa até encontrar um homem que me valide. É óbvio que essa crença, compartilhada em meio a um discurso tão incrível, não tinha nada a ver com o tema. Direitos das mulheres. Na verdade, tinha a ver com o que estava acontecendo no mais profundo dela mesma. Abaixo da superfície, é tão fácil nos alinharmos com nossos preconceitos internos, e esse alinhamento inconsciente é o motivo pelo qual o progresso externo pode ser tão lento, por que leva tanto tempo para que as coisas realmente mudem. Evoluímos e, em seguida, nosso preconceito interior dilui as coisas e nos leva de volta ao nosso programa.

Realmente, não sei se as pessoas conseguem mudar de verdade. Sem um trabalho pessoal profundo, não acho que consigam. O que eu acho que elas podem fazer é ir além da sua programação a ponto de não mais ouvi-la. O programa ainda estará lá, mas estará sendo ignorado. Até que possamos encontrar nossa própria experiência interna de paz e nossa grandeza interior baseada no amor incondicional não teremos alcançado nada realmente. Ficaremos simplesmente olhando para nossos próprios preconceitos refletidos de volta para nós mesmos do lado de fora, no externo. Esse fato é fácil de ser observado: se você tiver que lutar para se sentir validada, pode ter certeza de que tem um julgamento interno.

A um nível pessoal, nunca me ocorreu estar limitada por ser mulher, então sempre me senti livre para fazer o mesmo trabalho que os homens fazem. Nunca pensei que não me permitiriam fazer algo porque eu era mulher. Eu não pensava sou uma mulher, só estava determinada a fazer o que me propunha a fazer. Ao mesmo tempo, muitas vezes notava como minha mãe, uma acadêmica de sucesso, sempre tentava me manter pequena e feminina, menos atlética, menos franca, não tão progressiva, ambiciosa ou focada. Ela queria que eu me encaixasse e não fizesse os outros se sentirem mal, como se todas essas qualidades positivas, tão aplaudidas nos homens, não fossem desejáveis em uma mulher.

Mas ser nossa grandeza sempre nos leva de volta a nossa própria cura, a ir além dos pensamentos e preconceitos que nos limitam internamente. Se o meu sucesso tiver que depender de eu ser duas vezes melhor que um homem ou depender da superação das circunstâncias do meu sexo, ou gênero, terei que olhar profundamente para dentro e descobrir os pensamentos e crenças que me condenam a estar em luta permanente. Por que eu como mulher coloco minhas necessidades por último? Por que eu como mulher sempre tenho que fazer e servir o café? Por que eu como mulher me abandono na busca de aprovação? É para ser vista como uma boa moça ou como alguém que tem valor? Mas como esse abandono pode valorizar a minha humanidade? Não pode, porque estou concordando inconscientemente com minhas próprias crenças limitantes.
Será que um dia as coisas vão mudar? Realmente não sei. Em algum nível talvez mudem, mas a verdade é que estamos tendo uma experiência humana, então, em algum grau, devemos sentir essa limitação, devemos usá-la para nos desafiar a ir mais longe, usando cada aspecto que percebemos como falho como uma maneira de experimentar mais amor, mais aceitação e mais autoconscientização. No final, essas limitações são exatamente o que nos faz evoluir.

A verdadeira questão que precisamos nos perguntar é se queremos ser uma vítima das nossas circunstâncias aparentemente limitantes, sejam elas nosso sexo, cor, raça, preferências ou situação financeira, ou se queremos ser criadoras magistrais, que assumem total responsabilidade por nossas próprias vidas, indo além de todas as adversidades para nos curar profundamente e inspirar os outros a fazer o mesmo.
No instante que conseguirmos ser o melhor de nós mesmas, já teremos conseguido ser criadoras. Será que desejamos soltar todos os nossos preconceitos internos para podermos demonstrar com amor aos outros como viver com compaixão a partir de um lugar de unidade e compreensão? Fundamentalmente, a pergunta que faço é se desejamos ser um recipiente de amor através de nossa própria autorrealização.

Com amor, Isha Judd


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Conteúdo desenvolvido por: Isha Judd   
Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com
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