A loucura extremista, desde Maria Madalena a Dalai Lama

A loucura extremista, desde Maria Madalena a Dalai Lama
Autor Nadya Prado - [email protected]
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Quem vê o mal em tudo, tem os óculos da maldade, ou seja, tem a mente maliciosa. Um beijo pode ser um sinal de amor ou um desejo sexual.
No oriente, em muitas regiões, a massagem terapêutica é vista sem os olhos perniciosos do ocidente, que até hoje ainda vê o massagista com uma conotação sexual. Culturas diferentes, visões diferentes.

Estava escutando um católico acusando Dalai Lama de ser marxista e um homem desprezível e pedófilo. Veja em que ponto ainda continuamos como humanidade. Aqui não é uma questão de será que é ou não é, mas de hipocrisia, em que um seguidor do catolicismo não vivencia os preceitos básicos.

Dalai Lama, líder espiritual do Tibet com 87 anos de idade é acusado por assédio. Nada mais grotesco e atual.

Aqui não quero fazer juízo de valor, apenas me detenho em fatos. Não estou aqui para julgar, condenar ou absolver.

Os extremos são a mesma coisa, mesmo que pareçam, superficialmente, tão diferentes. O final da noite é a madrugada do dia e o final do dia é o início da noite. As polaridades yin e yang se encontram nos extremos opostos. O Tai-ji traz a imagem yin e yang com seus extremos contrários dentro de si, representando que um complementa o outro e formam o Todo.

Estamos todos no mesmo planeta fazendo guerra e muros. Desde as religiões que não se abraçam até o outro extremo em que querem nos aniquilar como indivíduos diferentes uns dos outros.

Os extremos são doentios e eu vou explicar a você. Se hoje você escolheu um lado, isso não é problema. Você tem o direito de experimentar a sua individualidade.

O problema é quando você acredita que existe apenas um lado certo e começa a se mover para o extremismo, que quer apenas anular o outro lado. É impossível viver no extremo sem adoecer, sem se tornar um enlouquecido, enfurecido ou decepcionado.

O Tai-ji é o símbolo, que em minha opinião, representa da melhor forma o pensamento dualista e os extremos. Além disto, ele faz você ver a loucura que é tentar cindir o que não pode ser separado.

Esta é a ilusão que prende a humanidade na tridimensionalidade terrena. A falta de uma visão mais ampla sobre a realidade do Universo. O olhar curto e míope que mantêm as pessoas na ignorância.

A metáfora do ursinho de pelúcia é muito didática nesse sentido. Duas crianças, uma de cada lado, puxando o ursinho para si. Veja, se as forças forem iguais, em algum momento, o ursinho irá esfacelar. Se uma das crianças for mais forte que a outra, ela irá vencer a batalha, mas jamais irá cessar a guerra, porque são duas crianças querendo o mesmo ursinho.

A saúde mental de um indivíduo pode ser medida pela régua da cisão. Quanto mais cindido e polarizado sua visão de mundo e pessoal, maior seu grau de desequilíbrio.

Em uma régua imaginária com 10 centímetros, o 0,1cm é um extremo e o 10cm é o outro. Você coloca uma formiga num dos extremos e a visão de mundo dela será apenas aquela de onde ela se encontra. Ela terá muita dificuldade de enxergar lá do outro lado. Porém, à medida que ela caminha para o meio, o outro lado começa a ficar visível.

Se você procura ver os dois lados, é provável que você esteja no caminho do meio, está no centro da régua. Qualquer pessoa que não consegue ver os dois lados em uma unidade, seja de uma pessoa ou de uma moeda, está fazendo uma cisão que a coloca numa balança capenga, com um lado só. E quanto mais longe ela está do outro extremo, mais extremista ela se torna, entende?

Por isto é que os extremos são tão semelhantes, se não, são o mesmo lugar. No frio extremo de um campo nevado você pode se queimar, tal qual no calor extremo.

Não é um “ou” outro , o equilíbro é um “e” outro.

No âmbito transpessoal, olhamos para a régua de uma perspectiva mais ampla em que podemos ver toda a régua, numa visão do todo. Se você é capaz de ver a régua na totalidade, você está num estado de consciência desperta, acima do seu ego. Se você está no meio da régua, você está com seu ego saudável. Aí está a diferença entre as psicologias do ego e a psicologia transpessoal. Ela acolhe o seu ego e também o seu eu superior.

Em comum, ambas psicologias compreendem a cisão como um desequilíbrio,

Você pode transitar por esses dois eus , eles são necessários. Em alguns momentos você vivencia no meio da régua em seu ego e em momentos de meditação e de consciência expandida, você fica acima com uma vista panorâmica, no seu eu superior..

As pessoas que têm julgado outras por suas atitudes ou palavras ou mal feitos, estão fazendo o mesmo que há mais de dois mil anos atrás, jogando pedras em Maria Madalena.

Esta passagem de Jesus serve como orientação para todos os tempos terrenos, desde lá até o dia em que ele retornará para separar definitivamente o joio do trigo.

“Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”.

Dalai Lama não é de esquerda nem de direita, não é um santo ou um demônio, ele apenas representa o budismo tibetano. O perigo de exposição num mundo de juízes inquisidores é este, de ser apedrejado.

O conceito básico de psicologia é que projetamos no outro o que não admitimos em nós. O outro sempre será o nosso espelho e nós, deste modo, continuaremos a criticar, julgar e condenar espelhos. Algo mais insano que isto?

Namastê!

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Conteúdo desenvolvido por: Nadya Prado   
Psicoterapeuta Transpessoal Técnica Naturopata, com extensão em Psicopatologias Psicanalíticas e Psicossomática Contemporânea., estudiosa dos estados alterados da consciência e transtornos psicológicos, inclusive mediunidade transreligiosa. Atendimentos online no skype Informações e agendamento envie email para [email protected]
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