“Chupe minha língua!”

“Chupe minha língua!”
Autor Rosana Ferraz Chaves - [email protected]
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Pesquisei muito antes de escrever esse artigo, mas creio ser interessante abordar alguns pontos que podem ajudar a entender o estranho fato do reconhecido líder budista, em relação a uma criança.

Em magia aprendemos que ao citar o nome de uma pessoa ou mesmo escrever sobre ela, nos ligamos a essa pessoa e nesse momento, diante de centenas no mundo todo, conectados a esse senhor de forma muito negativa, me abstenho de citar seu nome, mesmo porque sei que você sabe de quem estamos falando aqui.

Assistimos um vídeo que mostra o Senhor D constrangendo uma criança, pedindo beijos e pedindo que chupe sua língua. Confesso que tive muito ódio ao ver a cena, principalmente porque consigo sentir exatamente o que ele sentia, quando o fato ocorreu. Era prazer. Se você consegue sentir a aura, basta rever o vídeo e se conectar. E fiz isso algumas vezes, para ter certeza de que não estava “sentindo errado”.

Nas redes sociais travou-se uma guerra, entre aqueles que dizem que quem contesta é contra o povo tibetano e não conhece os costumes deles, de mostrar a língua “para provar que não é escura”, que eles são do bem, conforme disse a monja. Alguns disseram que isso não passou de uma brincadeira e essa foi a pior desculpa de todas.

Pesquisei várias pessoas que já visitaram o Tibet ou moraram lá por um tempo e nenhuma delas jamais chupou ou foi convidado a chupar a língua de ninguém.

Contestar o assédio não demonstra que somos contra ou a favor do povo tibetano, porque assédio não tem nada a ver com política.

O evento ocorreu em fevereiro desse ano, na Índia e parece que por lá não haverá investigação alguma e nem queixa por parte dos pais da criança, que realmente deve estar traumatizada e isso sim é péssimo, porque esconder debaixo do tapete não elimina o que está escondido.

Não está correto, não é decente, não é monástico, mas me parece que também não é algo que tenha ocorrido por vontade consciente do Senhor D.

Pessoas abusivas não fazem abuso em público, muito menos quando são superfamosas. Já tivemos vários exemplos de religiosos abusivos e nenhum abuso ocorreu diante das câmeras, então isso me leva a crer na possibilidade de que o Senhor D tenha algum transtorno mental causado por alguma doença degenerativa.

Essa possibilidade é bastante plausível e não muda o contexto da agressividade do que ocorreu, mas justificarei a insanidade em público.

O Senhor D já está em idade avançada e pode estar sofrendo de demência, Alzheimer ou algum outro transtorno, que possa justificar essa atitude estranha.

Por outro lado, e sempre tem um outro lado, eu te faço uma pergunta. Se você hoje me conhecesse pessoalmente, do que me chamaria? Rosana, Maga Ro, professora, Dona, mestra, bruxa, terapeuta ou algum adjetivo do gênero, mas com certeza, jamais me chamaria de “Sua Santidade” e é assim que o Senhor D, o Papa e alguns outros são tratados.

Qual é a diferença deles para nós? O que os faz mais santos que os outros?

É isso que mais causa revolta nas pessoas, porque “Sua Santidade” não tem o direito de errar ou de ficar demente, já que é santo.

Suas Santidades jamais contestaram o modo como são tratados, bem como os Vossas Eminências, Vossas Reverendíssimas e o Senhores Doutores. Alguns até exigem ser tratados assim, mas somos nós que bancamos esses títulos fantasiosos.

Já passou da hora de parar de chamar gente como a gente de “sua santidade” e gente sem doutorado, de doutor.

Porque se nós conseguirmos enxergar todos no mesmo nível, a paulada dói menos, afinal, aqui embaixo, somos todos “baixos níveis”.

Já vi algumas pessoas aflitas, desesperadas, com medo da possibilidade de ficarem no “umbral” quando morrerem. Sim! Claro que vamos todos para os vários níveis de umbral, mas que vamos, vamos!

Eu e 90% da população mundial vamos para algum lugar umbralino quando nosso corpo morrer, porque somos criaturas umbralinas.

Gente que para sobreviver precisa se alimentar matando outros seres, não é evoluída. Aceite isso!

Em planetas evoluídos os seres se alimentam de energia, principalmente com plantas, máquinas, ou até com animais, mas jamais matam plantas ou animais para comer.

Tem gente que acha que por fazer caridade e rezar o dia todo, se transformou no último biscoito amanteigado do pacote, numa manhã fria de inverno, nevando muito lá fora, na Groenlândia, no dia de Natal. Só que não!

As colônias espirituais estão no terceiro nível do umbral, de baixo para cima, portanto, provavelmente nos encontraremos no umbral sim. O Nosso Lar fica no umbral!

Claro que lá para baixo tem lugares bem piores e desses, podemos escapar, mas subir para o quarto nível, é para poucos.

Voltando ao Senhor D, esperemos que consigam descobrir o que está acontecendo no cérebro dele, porque pode voltar a ocorrer.

Vamos mandar luz para ele, para a criança, para os pais da criança e para o mundo e deixar que as autoridades esclareçam o que ocorreu.

Não foi correto o que ocorreu, mas não cabe a nós atirar pedras. Crianças e mulheres são assediadas todos os dias, há anos e isso não causa revolta em ninguém, além daqueles que são assediados.

Não conheci uma mulher que nunca tenha sido assediada, de todas as formas possíveis e ninguém faz nada.

Matam mulheres todos os dias e ninguém toma uma atitude efetiva para mudar isso.

Líderes religiosos abusivos continuam abusando, principalmente porque seus seguidores os idolatram como alguém acima de todos, infalíveis seguidores de um deus que se importa mais com o comprimento do cabelo e das saias das mulheres, do que com o tamanho da falta de respeito que lhes é dirigida.

O mundo é feito de escolhas e a principal delas, é o formato que você faz do seu Deus interior.

Se você crê num deus abusivo, com certeza você será abusada por ele, mas se você crê num Deus justo e bom, não pode seguir abusadores.

Quem define os limites do que é divino, é você. Depois não reclame, quando suas santidades meterem os pés nas devidas jacas.






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Conteúdo desenvolvido por: Rosana Ferraz Chaves   
Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo.
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