Famílias narcisistas: será que é o seu caso? Parte 2

Famílias narcisistas: será que é o seu caso? Parte 2
Autor Andrea Pavlo - [email protected]
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Continuo a escrever esse artigo depois de ter passado por coisas demais. Uma desestruturação do meu próprio núcleo familiar, a descoberta (ou aceitação, depois de um período de luto) de um membro altamente narcísico. Não é fácil. Não foi e nunca vai ser. Mas acredito que tantas pessoas passam por isso, são tantos os relacionamentos adoecidos na sociedade que decidi fazer dessa uma bandeira. O padrão do transtorno de personalidade narcísica.
Segundo o DSM “o transtorno de personalidade narcisista é caracterizado por um padrão generalizado de grandiosidade, necessidade de adulação e falta de empatia. O diagnóstico é por critérios clínicos.” Não é considerado uma doença, não tem uma medicação, apesar de alguns estudos sugerirem que sim, existe uma modificação do padrão cerebral dessa pessoa. Mas, por enquanto, não há tratamento ou cura. Pois é, eu sei... mas não existe mesmo.

Passei anos tentando mudar não um, mas vários narcisistas. Isso porque, com um membro da família tão próximo e importante, meu padrão de amor e o desenvolvimento do meu próprio transtorno (transtorno de personalidade dependente) acabei atraindo muitos. Alguns dos meus relacionamentos mais longos foram com narcisistas, e a coisa ia ficando mais cruel a cada novo encontro, a cada novo par.

Mas como para o dependente existe sim um tratamento, hoje eu posso considerar que estou liberta do falso self que se formou para lidar com ela, sim, no meu caso uma “ela”. A confusão entre o papel e o transtorno, foi algo que demorei alguns anos para superar. Mas superei. Não matei o meu transtorno, mas sigo firme com ele (ou ela, a como eu gosto de chamar) sobre controle.

O problema é que sim, achamos que como são pessoas da família, poderemos controlar. Poderemos, como nosso amor, modificar aquela pessoa, aquele ser de luz. Vemos a pessoa real, lá dentro, enquanto o transtorno nos come no almoço e no jantar. Não adianta, é um transtorno, a personalidade não muda.

Mas e o que é um transtorno? De acordo, ainda, com o DSM “os transtornos de personalidade, também referidos como perturbações da personalidade, formam uma classe de transtorno mental que se caracteriza por padrões de interação interpessoais tão desviantes da norma, que o desempenho do indivíduo tanto na área profissional como em sua vida privada pode ficar comprometido”.  
Uma perturbação é o que gera a personalidade em si, ou seja, é impossível que isso mude. É impossível que um narcisista acorde pela manhã sentindo empatia ou sentindo culpa por coisas que fez a outras pessoas. Mesmo que essas pessoas sejam a esposa, a mãe dos filhos, o melhor amigo ou até mesmo os próprios filhos. Isso nos prova que o amor materno não é tão “incondicional” ou “inevitável” assim, mas esse é assunto para um outro momento.

Assim, o narcisista é o vilão da novela, dos filmes e dos seriados. Ele pode vir acompanhado de comorbidades como depressão, psicopatia e outros transtornos que nem vale a pena citar por enquanto, mas causa sempre muito mal. É uma personalidade fria e manipuladora, cruel e agressiva – de várias maneiras – e que sim, tem o poder de um buraco negro, que puxa tudo pra dentro de si mesmo, mantendo o funcionando a seu bel prazer.

A partir de agora quero mesmo dar uma boa ênfase nesse assunto, até mesmo para o meu próprio bem. Mas se você identifica alguém assim perto de você, fique atento. E continue seguindo meus conteúdos nas redes sociais e por aqui. 

Texto Revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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