O querer e o vazio

O querer e o vazio
Autor TANIA ORLANDO - [email protected]
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Muitas vezes pensamos, ou fomos ensinados, a não querer, não desejar. Ultimamente, tem aparecido muitas linhas que ensinam e incentivam o querer, no sentido que estamos habilitados a conseguir, literalmente, o que quisermos.

Existem as filosofias orientais que falam sobre apego ao mundo e às coisas do mundo, como sendo algo improdutivo, ilusão. Cocriamos realidade e conseguimos literalmente o que quisermos. Será este um bom caminho a se trilhar?

Qual sua motivação? Quem é você?

Vamos ver alguns exemplos práticos, se ajudam a entendermos melhor como o Campo funciona.

Todos nós já almejamos intensamente alguma coisa, seja, roupa, acessórios, casa, carro, emprego, uma pessoa.

Você lembra daquela roupa, ou outro item, tão desejado e sonhado e você conseguiu? Quanto tempo durou seu entusiasmo ou sensação de vitória?  Uma semana? Um mês?

Provavelmente, está esquecido em um canto do guarda roupa, ou garagem, ou sobre um móvel ou um canto obscuro da sua memória.

E o que acontece, é que algo precisa ser preenchido dentro de nós e, então, partimos para o desejo seguinte. E o seguinte, e o seguinte, e o seguinte... sem nunca preencher totalmente aquele espaço vazio que habita algum lugar dentro de nós.

 Outra possibilidade é que, ao conseguirmos algo, nos agarramos tão fortemente com medo de perder, que a perdemos. É mais comum fazermos isto com as pessoas - filhos, cônjuges, amigos...

Tudo aquilo a que nos agarramos, no sentido de uma percepção de que não viveríamos sem, nós a perdemos. Por quê?

 Algo errado em querer? Algo errado no que queremos? Não, não creio. O que seria então?

O grau de identificação! Quando não temos clareza de quem somos, buscamos esta identificação no que queremos, ou conquistamos. A Vida (e suas histórias) são transitórias, lindas e frágeis. Não dá certo nos agarrarmos às pequenas pérolas que fluem por ela. Embora valiosas, quem somos não está nelas, ou em dominá-las. Está em nossa essência.

“Para ter Vida e ter prazer, você deve, ao mesmo tempo, abandoná-los”. Alan Watts
 
Texto Revisado


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Conteúdo desenvolvido por: TANIA ORLANDO   
Tania Orlando. Física com especialização em Astrofísica. Estudiosa da Ciência Sagrada, Filosofia e Espiritualidade. Mais sobre meu trabalho no site www.inteligenciaintegrativa.com
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