Desvendando os Tipos de Apego nos Relacionamentos: Como Entender e Fortalecer a Conexão

Muitos casais enfrentam momentos difíceis em seus relacionamentos, incluindo falta de comunicação, evitação, insatisfação e incompreensão sobre as reações do parceiro. Rotulamos esses problemas com frases como "ele não gosta de mim" ou "ela não está nem aí". No entanto, muitas vezes, a dificuldade pode residir na falta de autoconhecimento sobre o parceiro(a). Cada indivíduo é único, moldado por suas próprias experiências de vida. Portanto, todos têm seus próprios modos de lidar com as dificuldades e adversidades, e muitas vezes não estamos cientes de como nossas reações podem afetar negativamente nosso parceiro, repercutindo na relação.

Por exemplo, algumas pessoas têm dificuldade em lidar com emoções intensas e optam por minimizá-las. Essas são pessoas do tipo Evitativo. João, um homem do tipo evitativo, frequentemente se sente desconfortável ao discutir problemas com sua esposa. Ele tende a evitar conversas sobre a relação e costuma se retirar para assistir TV ou ocupar-se com outras atividades quando sua esposa tenta abordar questões emocionais. Maria, uma mulher do tipo evitativo, também enfrenta desafios em compartilhar seus sentimentos com o parceiro. Quando se sente sobrecarregada emocionalmente, ela tende a se fechar e evitar compartilhar seus sentimentos, o que cria distância em seu relacionamento.

Por outro lado, há pessoas que expressam seus sentimentos de forma livre e se deixam levar por eles. Essas são pessoas do tipo Ansioso. Ana, uma mulher do tipo ansioso, muitas vezes expressa suas preocupações e sentimentos com seu parceiro, Marcos. Ela pode ficar ansiosa se ele não responder rapidamente às suas mensagens ou se não parecer interessado em conversar sobre assuntos emocionais. Pedro, um homem do tipo ansioso, busca constantemente a aprovação e o afeto de sua esposa, Laura. Ele pode ficar ansioso e inseguro se Laura não demonstrar o mesmo nível de carinho ou atenção, o que pode levar a conflitos no relacionamento.

Existe também o tipo Seguro. Carlos e Sofia têm um relacionamento seguro. Eles se sentem à vontade para compartilhar seus sentimentos e preocupações um com o outro e trabalham juntos para resolver conflitos de maneira construtiva. Eles confiam um no outro e se apoiam mutuamente em todas as áreas da vida. Luísa e Tiago também têm um relacionamento seguro baseado na confiança e na comunicação aberta. Eles valorizam a independência um do outro, mas também reconhecem a importância de passar tempo juntos e cultivar sua conexão emocional.

Em muitos casos, falta solidariedade entre o casal. Para melhorar a relação, é necessário que ambos os parceiros tomem medidas importantes:

1. Aprender a desenvolver sua capacidade de empatia.
2. Compreender a forma como o outro "funciona", trazendo consciência sobre suas necessidades e dificuldades.

É importante lembrar que desenvolvemos nossa forma de apego na pré-infância, e essas características não são fáceis de mudar, pois já fazem parte de nossa identidade. No entanto, o conhecimento sobre esses padrões de comportamento pode ajudar os casais a se entenderem melhor e a fortalecerem sua relação. Conhecer a si mesmo e compreender como afetamos os outros e somos afetados por eles facilita a manutenção de relacionamentos mais seguros e saudáveis, algo que todo ser humano almeja.