Eu tentei...

Eu tentei...
Autor Ana Carolina Reis - [email protected]
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gente, eu tentei...
(juro que) tentei...
ser essa pessoa dona de casa, que abdica das suas horas de trabalho para estar mais disponível para a família.

foi importante essa fase
(estava mto voltada pro externo - jeito workaholic de ser ... e pro mundo interno: mergulhada sempre em mil questões do autoconhecimento eterno...).

foi importante e necessário esse equilíbrio,
esse ajuste na balança
para saber a medida exata
de como é esse novo viver:
esse novo eu-mãe de 2 crianças!

minha principal referência materna é minha mãe que viveu no lar e havia abdicado do seu trabalho para cuidar de nós (3 filhas!).
meu pai trabalhava, trabalhava, trabalhava (o tal jeito workaholic de ser...) então, agradeço e honro demais esse sacrifício materno (que muito nos custou!). pois do contrário, não teríamos nem pai, nem mãe em casa...

pensei que pra ser dona de casa precisaria abdicar dessas muitas horas de trabalho (interno e externo) e estar mais presente, de fato.
de fato, realmente estive. mas essa falta de trabalho e perspectiva quase me levou a uma depressão!

sou aquela pessoa que AMA trabalhar, eu amo o que faço! diminuir meu ritmo e me dedicar integralmente ao lar (ao ponto de por muito tempo deixar aqui, inclusive na minha bio essa descrição!) me faz enxergar hoje que: não, eu não sou essa pessoa...
e não deixo de ser menos mãe (e mulher) por causa disso...

eu amo amamentar meu filho,
brincar com as brincadeiras intermináveis da Katie (embora canse, eu adoro!)
só não sirvo para ser aquela mãe que cozinha (já aprendi que não sirvo pra isso - pelo menos por enquanto - e está tudo bem!)
aquela mãe que tem as 24h do dia disponíveis, porque eu amo e preciso trabalhar!

então, aceitei que precisava de ajuda: uma babá, uma ajudante, alguém que fizesse comida pra nós... (todas tarefas de uma dona de casa exemplar - na minha cabeça)...

me senti, então, a pessoa mais incompetente da paróquia! afinal, "se todas as mulheres da minha família deram conta (com bem mais filhos!) porque eu não estava dando?"
até que me toquei que não sou "todas as mulheres" e que também não sou "tão incompetente" assim...
que tenho o meu valor, desse meu jeito que eu sou (que consigo e posso ser!).

que sou a transgressora, aquela que irrompe na má consciência um novo padrão familiar: e está tudo certo! (afinal, só se cresce no desconforto e na culpa, não é Sr. Bert Hellinger*?)
[*criador da Constelação Familiar.]

posso ser, enfim, a mãe, a terapeuta, a dona de casa que pode pagar (sim, graças a Deus!) outras mulheres (podendo gerar renda e aceitar ajuda) e (ainda por cima!) ser feliz no casamento, podendo ser mulher também...
[ufa! equilibrar esses pratinhos, definitivamente, não é uma tarefa fácil!]

já chorei, me revoltei, me resignei e agora, me apaziguei.
eu tentei não ser eu,
é impossível!
é por eu ser assim que meus filhos me escolheram (para me ajudar nessa nobre missão, tão linda que tenho!) e meu marido também (aliás, só o conheci por vir pra cá fazer um curso na minha área!).

eu vou aprender a amar cada parte desse meu ser: desajeitado, revoltado, impaciente, perfeccionista, mas que no fundo só quer ser uma pessoa melhor, pra si e pros que estão ao redor...

agradeço a Vida que chegou até mim, com as mulheres podendo ser assim.
posso ser quem eu sou, honrando tudo que foi e tudo que me foi confiado por Deus: meu destino, minha missão, meu coração - puro e simples.

amém!




Ana Carolina Reis

@aurorapachamama

www.espacopachamama.com




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Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina Reis    
Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Apometria, Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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