Eu só posso me curar daquilo que eu me reconcilio.

Eu só posso me curar daquilo que eu me reconcilio.
Autor Ana Carolina Reis - [email protected]
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Eu só posso me curar daquilo que eu me reconcilio.
Agora vejo que no fundo, eu nunca aceitei ter depressão. Tanto que nunca tomei remédio, tamanha a resistência! (Não que eu não precisasse! Talvez minha vida teria sido até mais leve e confortável em muitos momentos difíceis)...

Por que tamanha briga e resistência, hoje me pergunto?
Parece que minha parte rebelde, no meu nível mental, sempre associou essa doença à fraqueza - pois perdi duas pessoas importantes da minha família por causa disso.
Como assim, a depressão pode matar? Pior que pode... Eu vivi isso na pele, fui uma sobrevivente de dois suicídios familiares... É difícil falar isso, eu sei.
É o maior tabu, dá vergonha.
E nunca quis ficar nesse lugar de "coitadismo", pois sempre me senti muito forte (apesar disso)... São forças e energias tão antagônicas dentro de mim, que só hoje, tendo essa compressão dos níveis do ser é que entendo a minha situação (assim como pode ser a de muitos)...
Como eu, que sou tão forte e conectada espiritualmente, tão capaz, tão corajosa (e orgulhosa também) posso ter uma doença tão debilitante?
Então, essa parte em mim resistente se levanta e diz: "Não, eu não! Eu não sou essa pessoa depressiva. Eu sou diferente da minha família, eu sou forte!"...
Só que não...
Não somos diferentes da nossa família, muito pelo contrário!
Somos exatamente iguais! E isso que mais nos choca...
Como um pé de abacate vai dar maçã? Como uma bananeira vai dar pêra?
"Ãin, quer dizer que estou condenada por uma doença só porque toda minha família tem?"
Sim e não.
Não dá para generalizar, cada caso é um caso (pra isso, existem terapeutas a se consultar!).
Mas, quanto mais eu brigo em ser diferente mais eu me torno igual... Nossa, eu demorei tanto para entender isso, mas acho que agora está caindo a ficha!
Posso fazer diferente sim, DEPOIS que eu me reconciliei com o que SOU. E o que eu sou se não a continuidade da minha família? Não só no nome, mas no próprio sangue, no DNA. É muito forte isso...
Fora a lealdade familiar que na visão sistêmica eu precisaria de um livro para explicar a vocês (que não caberia num único post aqui).
Então, o que é preciso para a cura?
Se reconciliar com sua doença, em primeiro lugar. Aceitá-la e não negá-la. Foi assim com a anemia que tive durante anos e não tratava. Quando a aceitei, busquei tratamento, mudei minha alimentação radicalmente (indo contra até meus princípios espirituais), compreendendo que o mundo físico também é divino é que pude me curar. No meu último exame eu nem acreditei que estava acima da faixa limítrofe.
E agora esse novo processo, que há tempos venho relutando em trazer para cá, porque me dá muita vergonha, eu confesso.
Mas, como posso me fortalecer tendo vergonha de mim, da minha história? É impossível!
É isso que eu sou, gente. É exatamente por tudo que vivi, que passei, que sou mesmo essa pessoa forte, eu entendo isso (e não tenho falsa modéstia).
Ainda assim, é difícil demais se expor. Talvez eu não precisasse, e por anos usei esse subterfúgio. Porém, como muitos de vocês já perceberam, eu também sou escritora. E minha escrita não diz respeito somente a mim. Quando me exponho e vulnerabilizo, dou voz a dores invisíveis, eu sei disso. Sempre recebo feedbacks fantásticos que sempre me motivaram a continuar, mesmo nos momentos mais desafiadores...
Então, é isso. Chegou o momento de integração total da sua luz com a sua sombra.

O que é que você nega?
Que é seu principal calcanhar de Aquiles?
Onde você se acha a diferentona/o diferentão da sua família? (haha essa dá vontade de rir mesmo, de gargalhar!)

Olhe para si, vá até o espelho e sorria para si mesmo. Entenda, de uma vez por todas, que você é uma pessoa única, íntegra, verdadeira.
Que não há ninguém como você, que já é amada, que não precisa agradar a todos, que tem um pai e uma mãe (que são imperfeitos como você)...
Enfim, minha querida/meu querido (a quem me lê) seja seu melhor amigo e não seu inimigo!
Se ame e se aceite do jeito que você é!
[sim, sou escritora de autoajuda mesmo, com muito prazer!] 
Que você seja feliz consigo, com sua própria companhia e faça as pazes com o passado, com a vergonha, com os tabus, com tudo isso que te assombra aí dentro...
Eu desejo que você se realize integralmente, com todo o seu ser! 
Amém! 

Ana Carolina Reis

@aurorapachamama

www.espacopachamama.com




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Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina Reis    
Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Apometria, Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais
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