Tem gente que, desde cedo, sente que nasceu em outro tempo.
Outro ritmo.
Outro mundo.
E não é só impressão.
É uma solidão que não se explica fácil.
Uma sensação discreta, mas constante, de estar sempre fora do lugar.
De ser o “quase” — quase compreendido, quase aceito, quase pertencente.
É como se todo mundo soubesse uma coreografia que você nunca ensaiou.
Como se a vida tivesse regras silenciosas que você não aprendeu a tempo.
Você já tentou.
Tentou sorrir no momento certo.
Se vestir de um jeito mais comum.
Se encaixar em conversas que não te dizem nada.
Já tentou caber. Mas, mesmo assim, algo em você sempre escapa pelas bordas.
E isso cansa.
Cansa não ser lido corretamente.
Cansa ser sempre o diferente, o intenso, o sensível demais, o distraído, o questionador.
Tem dias em que você começa a duvidar de si.
Será que sou eu o problema?
Será que estou quebrado, fora do prumo, do tom, do padrão?
Mas e se o problema não for você?
E se for o molde?
Talvez você não tenha vindo ao mundo para caber.
Talvez você tenha vindo para ampliar. Para transformar. Para lembrar que a vida pode ser outra coisa.
E, sim, ser diferente dói. Às vezes, muito.
Mas também é isso que te faz verdadeiro.
É da sua estranheza que nasce sua sensibilidade, sua criatividade, sua capacidade de enxergar além.
Você não é estranho.
Você é raro.
E se ainda não encontrou seu lugar, talvez seja porque ele está nascendo agora — com você, do seu jeito, no seu tempo.
Então respira.
Não se force a caber no que te aperta.
Não sufoque sua alma pra agradar o mundo.
O mundo precisa, mais do que nunca, de quem transborda.
De quem sente fundo.
De quem pensa diferente.
De você, exatamente como é.
E talvez o ponto não seja encontrar um lugar onde você se encaixe…
Mas permitir que você seja o lugar.
O espaço seguro onde sua verdade possa descansar.
Onde sua própria companhia seja abrigo.
Onde ser quem você é já seja suficiente.
Porque é.
Sempre foi.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Gi Garcia Criadora do SerenaVita Terapias, um espaço digital onde a psicoterapia, o tarot, o yoga e a radiestesia dançam com a escuta, o silêncio, o acolhimento e o sentir. Caminha ao lado de quem deseja florir por dentro, soltar pesos antigos e reencontrar a alma no passo mais leve de cada recomeço. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |