Renda-se ao Absoluto

Renda-se ao Absoluto
Autor Paulo Tavarez - [email protected]
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O ego é um fazedor, ele gosta de estar no comando, acredita que tudo depende dele e, com isso, cria uma grande confusão. Ele sonha, deseja, planeja, investe, perde, cai e tenta se levantar. Enfim, com toda essa bagunça, torna-se responsável pelo sofrimento que experimentamos. Ele não conhece a paz nem a tranquilidade, vive agitado, pois nunca está satisfeito; é um vasilhame furado que ninguém consegue encher, mas vive tentando.

O ego pensa que é Deus, mas não é, por uma simples razão: o ego não existe como entidade, é apenas um personagem presente em uma trama qualquer, nada mais do que isso. Não tem a estabilidade necessária para conduzir nada, muito diferente da centelha divina que repousa em um campo eterno, imutável, indestrutível e que permanece em silêncio, mesmo diante de todas as turbulências criadas por ele (o ego).

É como se o ego fosse as ondas e o espírito eterno que habita em nós fosse o oceano. Podemos acreditar que somos ondas, podemos nos identificar com as formas que aparecem e desaparecem em um movimento infinito — e, claro, é isso que fazemos —, mas, na verdade, não somos essas ondas. Nossa natureza é o oceano, o silêncio, o infinito, tudo isso em perfeita integração com Deus e com a Natureza.

O ego é uma criação mental, mas nós não somos a mente, somos a Consciência. Nossa verdadeira natureza é o absoluto, e não o relativo.

Não podemos nos livrar do ego, mas podemos domá-lo, tirar todo o seu poder. Para isso, teremos que desenvolver o autoconhecimento, investigar, de fato, quem somos. "Quem sou eu?" — essa é a pergunta que precisamos responder. Uma vez que identificarmos aquele que está testemunhando todos esses processos mentais e nos identificarmos com ele, podemos nos render às suas proposições. Isso quer dizer que é preciso deixar de fazer, para que tudo seja feito; deixar de desejar e testemunhar as ações do próprio Universo com aceitação e gratidão; não brigar com a vida; livrar-se de todas as aversões. Com isso, o ego perderá força e Deus estará agindo através de cada um, equilibrando, equalizando, ajustando e promovendo a paz e a tranquilidade desejadas.

O espírito eterno que habita em cada ser já é tudo o que precisa ser, mas existe uma desconexão profunda com esse eu real. Essa desconexão foi criada em função de uma identificação com esse personagem volátil, criado para participar de nossos enredos mentais e que, na verdade, é apenas um personagem: não possui alma. Ele interpreta todos os papéis criados por nossos desejos; é filho da ignorância, brota da escuridão de nossa sombra, tenta resolver e ajustar o mundo para o seu conforto — e isso não pode dar certo nunca. É preciso soltar, abandonar os desejos, permitir que a vida assuma o controle, deixar de nadar contra a correnteza da existência, entregar-se de corpo e alma, deixando de controlar, fazer, imaginar, esperar. Nada disso: tudo já está sendo feito, pois é a vontade de Deus, e não a vontade do ego, que deve ser realizada. 

Texto Revisado


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Autor Paulo Tavarez   
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